Bird Blue ( Em Breve Novos Capítulos)

2560 dias (edit)

* dica para quem gosta de ler ouvindo música, recomendo nesse cap • PARANOID - Chase Atlantic •, ja está na playlist do livro no Spotify por isabellyo418 - Bird Blue e também esta anexada no cap *

Espero que gostem, boa leitura! ❤️ ( Foi editada, complementei com mais algumas coisas, para quem leu e não entendeu porque retirei a publicação)

POV Skyler Woen

Segunda-feira, eu poderia dizer que é meu dia favorito na semana, porque eu tinha sempre a breve ilusão que de alguma forma eu poderia mudar quem eu sou, por ser o "primeiro" dia da semana.

Mas não era assim que acontecia, nunca era, eu sempre acordava mais exausta, principalmente pelo fato agora de meus pais estarem me ignorando, por causa do ocorrido de sábado.

Meu pai, ainda não se importava muito com o que aconteceu, afinal ele concordava comigo, mas não tínhamos assunto suficiente para mantermos uma longa conversa.

Justin me trouxe até aqui sábado e todo o momento respeitou o meu silêncio, e eu combinei com ele que eu iria ficar devendo uma, apesar de ele negar, acabou aceitando que eu ficaria o devendo um favor.

Levanto e faço o mesmo processo de sempre e logo em seguida ja estou para fora de casa caminhando para o colégio.

Hoje Toronto havia amanhecido sem chuva ou neve, quase um milagre nessa época do ano, mas o frio ainda estava ali.

A maior parte do tempo me sinto em um filme de terror, mas os demônios que me atormentavam vivem dentro da minha mente.

E não importava o que eu fazia, eles permaneciam ali, se alimentando de qualquer mínima força de vontade, esperança, expectativas, felicidade, sugando tudo e me deixando sem nada.

Eu me pergunto quando isso vai deixar de acontecer, mas a verdade é que, talvez, isso nunca mude.

Para alguém mudar, ela precisa tentar, e a verdade é que isso eu ja desisti faz tempo, eu apenas me engano com falsas promessas mentais, dizendo que vai ser diferente ou que estou melhorando.

Mas sabe a verdade, mais uma vez? Eu estou tão imersa em minha cabeça, me afogando em meus próprio medo, angústia, tristeza, que de alguma forma meu corpo se acostumou.

Levando o não sentir, a ser uma melhora, quando na realidade, é só uma anulação que me afunda cada vez mais.

Eu sempre amei concertar o que esta quebrado, principalmente as pessoas quebradas, mas eu nunca consegui concertar a mim mesma e quando eu acho que estou perto de estar bem, as paredes desmoronam e eu sinto que há algo sobre meu peito impossibilitando que eu me mova, ou respire.

Como eu me sinto não é algo que eu costumo falar para as pessoas, não que eu não confiassem nelas, mas porque eu cheguei a conclusão que eu não devo por a obrigação de tentar me salvar, consequentemente, nas pessoas.

Eu ja estou no fundo, não a quem me tire de la, é como se fosse um oceano e agora todo o meu pulmão ja estava repleto de água e meu corpo totalmente gelado e sem vida e somente eu tenho a obrigação de me salvar.

Palavras alguma poderia me tirar de la, Ana e Mia ja escutaram pelo menos um pouco de como eu me sinto, e por um momento escuta-las dizerem que não estou sozinha, me confortou, mas teve um momento que isso não adiantou mais, eu ja estava cansada de falarem que eu ficaria bem, que as coisas ficariam bem, de começo era maravilhosa a sensação de escutar aquilo, mas depois, virou um inferno, porque esse dia das coisas ficarem bem, de eu ficar bem, nunca chegou.

E apesar de eu ver as pessoas ao meu redor, não consigo senti-las ali, eu só vejo eu e minha mente lutando uma batalha, que sabemos quem vai vencer, mas vou adiando, adiando, adiando, até finalmente nenhuma célula do meu corpo aguentar.