Chefão

Nascimento da Lenda

Heitor Schnuller nasceu no dia 13/04/1960 na Alemanha, sendo filho de pai e mãe judeus, quando bebê havia puxado os cabelos loiros de sua mãe, até que ele tornou-se cabelo castanho-claro como os de seu pai. Seus olhos eram esverdeados. O menino era péssimo no quesito aprendizado, tendo problemas comuns como falta de atenção, tendo de ser ensinado mais de uma vez sobre o mesmo assunto.

-Vamo filhão! Quanto é 1+1?
-11!
-Que sofrimento ensinar esse menino... - Disse a mãe dele tentando ensiná-lo aos 3 anos.

Heitor tem muita dificuldade, preocupados se ele conseguiria aprender no tempo certo. Uma pessoal normal teria cerca de 1 ano letivo para aprender tal matéria, por causa disso, aos 5 anos, seus pais fizeram de tudo. Deu no que deu, a criança ao fazer um teste de QI para sua idade, conseguiu tirar... Zero. O que é considerado humanamente impossível.

-Sinto muito por dizer isso, senhor e senhora, mas o seu filho é um idiota. Um macaco tem mais inteligência que o seu garoto.

Mesmo assim, eles não desistiram. Embora o garoto tivesse preguiça, ele queria aprender, mas nunca conseguia prestar atenção. Vindo de uma família pobre, eles não conseguiam investir em leitura para seu filho. O garoto sabe que tinha potencial, ele acredita em si mesmo, ele tenta novamente e fracassa, mas foi um bom fracasso.

-Leve isso consigo filho: As pedras no caminho, devemos juntar todas para construir o nosso castelo. - Seu pai lhe abraçou ao ver seu desenho tão infantil e rabiscado, sobre seu sonho de usar um foguete para ir até Marte.

O menino brincava e ria na escola, os pais não tinham dinheiro nem para o uniforme do garoto. Seu pai era desempregado, quando conseguia um emprego não conseguia ficar o tempo que queria com a família, ele fez um sacrifício para dar ao filho o que podia... Sua mãe era costureira, Heitor sempre ajuda sua mãe, é um garoto forte pra sua idade, parecia pilha de comercial, nunca fica esgotado. Heitor não se importa como se veste, mesmo que seja olhado com maus olhos ele nunca os entendeu. Ele brinca na rua, corre na rua, rala o joelho, mas está de volta rapidinho. O interessante e ao mesmo tempo estranho, é que ele nunca gritou quando se machuca, é como se a dor não existisse. É comum uma criança gritar quando toma uma vacina, mas ele... Não grita. Esse silêncio é estranho.
Na escola, ele sempre toma esporro dos professores por não prestar atenção nas aulas e isso lhe deu notas medianas, os professores tentavam meter o conhecimento e os estudos à força, quando ele estava sozinho, tentava se concentrar e nada... Mas ele nunca desistiu. Quando tinha 12 anos, sua mãe teve um desmaio, pelo esforço que fazia em casa. Ela acordou assim que o menino a encontrou no chão de sua casa. Ao chegar no ensino médio, seus professores lhe diziam que não seria ninguém na vida, um repetente! Não repetiu apenas uma, mas duas vezes por falta de atenção. Heitor agradeceu aos seus pais por tudo o que lhe fizeram, esta era sua hora de fazer as coisas por si só. Passou no ensino médio e seu esforço foi se tornando cada vez mais notável por seus pais que tanto se orgulham dele, conhecendo algumas pessoas e vivendo de abrigo, até que resolveu voltar para casa. Ele passava o tempo estudando, ele criou uma enorme admiração por Nikola Tesla e seu ideal de gerar energia gratuita para o mundo todo. Foi então que na faculdade, que havia ganhado desconto na bolsa pelo seu teste que pela primeira vez na vida, ele tirou um 10! A felicidade ao entrar no lugar estava estampada no rosto.
Heitor em sua juventude, tinha cabelos chegando aos ombros e sua barba ainda demora para começar a crescer. Lá ele encontrou uma aluna que se destacava, não só por ser inteligente, mas por seu nome... Heitor aproveitou que ela estava só no momento e foi conversar com ela.

-Hã, olá? Posso me sentar aqui?

A mulher nada respondeu. Heitor sentou-se ao lado dela.

-Soube que você é descendente direta de Albert Einstein, é verdade?
-O quê você quer? - Disse ela de saco cheio.
-Me desculpe se eu estou te incomodando, é que eu sou fascinado por... - Ele olha diretamente nos olhos daquela mulher e sua timidez ataca, fazendo ele parar momentaneamente. -Bem, você entende? Eu... Amo física.
-Não é o único, aqui estamos todos querendo nos formar em diversas áreas da ciência, então cai fora.
-Me desculpe se eu fiz algo de errado.
-Apenas sai daqui, está bem? Você não é especial.