6 - Mortos

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M

e jogar para os mortos? Era a conversa deles, imaginei que pelo menos um deles recusaria essa proposta mas ali era um pior que o outro e Lucas dava a entender que aquilo era a melhor coisa que já havia visto na sua vida, eu tremi temendo o pior.

Eu ia morrer, era óbvio.

E eles iam se divertir com isso.

— Escolha uma arma, você tem 5 minutos — Yuto me empurrou em direção à grande parede onde ficavam as armas. Um arsenal como o de meu pai.

Fiquei entre escolher e ficar ali parado, morreria de qualquer jeito mas imagino morrer tentando lutar pela minha vida fosse o jeito certo de morrer. Eu deveria ter uma honra. Também foi o que meus pais me ensinaram desde pequeno. Ser corajoso. Faria pelos meus pais, não quero os envergonhar de ter uma filho frango.

Me aproximei pegando o que melhor me parecia de opção, uma espada samurai decorada com coisas em tom de roxo. Diria que a cor me chamou mas gostava de como a lâmina afiada me deixou curioso. Usei uma dessas apenas duas vezes na minha vida, quando minha mãe usava.

Era diferente da que eu tinha em casa, que era verde e brilhante apenas pra enfeite. Eu poderia usar a katana. Era diferente da de Lisa.

— Olha só, temos um samurai! Bom com facas, luta e espada! É um menino de ouro! — todos eles riram enquanto eu me virava para eles, sério, não estava gostando daquela situação.

E de toda a atenção.

— Está pronto para o próximo teste, se sujar sua roupa temos outras limpas pra você. Não se preocupe.

Cautelosos e preocupados, que gracinha.

Fui levado em direção à uma porta longe dali, porém no mesmo espaço, do lado de fora podia ouvir eles, o mesmo barulho que ouvi na rua, e na empresa, dos mortos. Lucas abriu a porta me jogando dentro do local, quase derrubando minha espada, olhando em volta não acreditei no que vi. Pessoas, ou talvez não... Amarradas em correntes que eram presas na parede. Me pergunto agora quanto tempo eles levaram para fazer isso sem morrer.

Aquilo era doentio! Prender mortos e me jogar ali.

Eles tentavam me atacar, mas não me alcançando por conta das correntes, o espaço perfeito entre nós. Ouvia os gritos dos outros por trás da porta enquanto estava indeciso no que fazer. Eu deveria mata-los, isso é certo, mesmo sem saber exatamente o que são e porquê estão ali. Mas eu preciso parar de pensar e ser curioso e agora, era o que eles queriam enfim, um show. Eu não digo que era mole, mas que nunca matei alguém antes e para eles era algo fácil, só que aquelas pessoas ali não pareciam pessoas, pareciam animais.

Pra precisarem serem mortos, então deveriam ser monstros. Rapidamente me lembro de Irene sendo atacada de forma bruta e faço uma careta.

Ao todo eram cinco, quatro deles eram tão rápidos e afobados, pareciam estar mortos a mais tempo quanto o que restou, estava mais quieto, quase não tinha ânimo, foi o que estranhei de início, mas logo fazendo o que deveria fazer.

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