Capítulo 02

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Quando ela entrou para equipe, ele já estava há um ano. Jason Gideon chefiava a equipe, porque David odiava papelada e ele não aceitou o cargo. Embora Gideon odiasse também, ele sabia lidar melhor com a política com argumentos mais precisos do que mandar o alto escalão tomar onde o sol não brilha.

Gideon pareou os dois, Hotch não gostou muito, disse que se ele tinha que ensiná-la, o BAU não era para ela. Gideon apenas deu as costas para ele e disse que não estava mudando de ideia.

— Você não gosta de mim — ela disse quando eles entraram no carro, eles foram mandados para entrevistar o namorado de uma das vítimas.

— Olha só, você é mais esperta do que eu pensei. — Ele não olhou para ela, apenas se concentrou em fazer uma curva.

— É por causa do meu sobrenome? Ou é por que eu sou mulher?

— Não seja ridícula.

— Geralmente são os caras mais durão que tem a masculinidade tão frágil.

Ele virou o rosto para encará-la e lhe lançou uma carranca, mas isso só a fez abrir um sorriso gigante.

Mesmo não gostando dela, seu sorriso deixou sua mente em branco.

— Papai!

A voz de sua filha o tirou de seus pensamentos. Sua mente tem o guiado muito para isso ultimamente.

— Oi, princesa. O que disse?

— Nós podemos visitar a mamãe e o Nathan na casa da vovó?

Seu coração apertou dolorosamente, como todas as outras vezes que seus filhos perguntavam sobre a mãe. Ele nunca sabia o que dizer. Ele esperava nunca dizer que sua mãe não ia voltar, pelo menos não para ele. Porque é claro que Emily ficaria com as crianças, o trabalho dela toma menos tempo e caso ela lutasse pela guarda, com certeza ela iria ganhar.

— Querida, já falamos sobre isso. A mamãe estava um pouco triste — Que eufemismo —,então ela saiu alguns para se divertir.

— E por que ela não levou eu e o Ryan? Ela não gosta da mais da gente? — Daphne estava quase chorando e Aaron se amaldiçoou por isso, porque ele nunca diz nada certo.

Que diabos!

Ele não podia dizer que Emily foi embora por causa dele.

— Sua mãe adora vocês, ela só levou Nathan porque ele ainda é um bebê — tudo bem, o garoto já tem um ano e sabe andar, mas para ele, Nathan ainda é um bebê — Se ela levasse vocês dois eu ficaria sozinho, então eu ficaria triste. Você não gosta de ficar comigo? — ele apelou para o lado emocional da filha, e ele sabia que não era justo, mas parecia sua única saída. A única saída que conseguia pensar.

— Eu gosto muito de ficar com você, papai — disse com um sorriso que fez Aaron ver Emily na sua frente. Daphne herdou toda beleza de sua mãe. Se Emily não fosse voltar, pelo menos isso o consolaria, ele sempre teria uma parte de Emily com ele — Eu só estou com saudade da mamãe.

— Eu também, querida.

Oh, e como estava.

Ele pegou sua filha e segurou contra o peito e apertou seus braços forte ao redor dela, mas não a ponto de machucá-la. Eles estavam no quarto de Aaron e de Emily. Aaron estava com as costas no colchão e Daphne estava com o rosto enterrado em seu pescoço. Cada dia que Emily passava fora, o buraco no seu coração aumentava.

— Promete que nunca vai crescer? Promete que sempre será minha garotinha? — ele falou de uma maneira tão desesperada e melancólica, mas Daphne ainda era muito jovem para perceber.

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