Capítulo 1

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        Sou Elena Sagatti Piero, sou diretora executiva das empresas da minha família. Os Sagatti são conhecidos no mundo dos negócios como: determinados e auto confiantes. Nossa empresa quase foi por água a baixo na década de 90, pelos rivais da minha família, os Bouvier.

        Semana passada, eu vi o filho de Jhonny e Wanessa Bouvier num café qualquer de Delaware. Rodrick era um rapaz muito bonito, e interessante, mas carregava nas veias, o sangue dos Bouvier, se não fosse por isso, eu já teria ficado com ele. O ódio de uma família pela outra, já vem desde a década de 40, eu só nunca soube o porque.

       Rodrick e eu, estudamos juntos durante oito anos, até que o senhor Martín, meu pai, me fez mudar para a Suíça aos dez anos de idade. Hoje com vinte e três, e formada, vejo que meu pai me fez bem. Sou rica, poderosa, e influente, mas nada disso me faz ser arrogante.

       De repente ouço a campainha do meu apartamento (não, eu não moro com os meus pais). Corri até lá, e vi que eram meus melhores amigos. Hugo era meu amigo desde que estudamos na Suíça, minha família e a deles, eram sócios de longa data, ele era muito bonito, tinha olhos cor de mel, um topete que o deixava mais bonito, era branco, e eu mesma namoraria ele, se não fosse por um detalhe importante, ele é gay, mas bem mais confiável e fiel que muita amiga por aí. Com Ana Letícia, era uma amizade mais recente, nos conhecemos na faculdade, ela é loira, seus cabelos são ondulados, ela é muito simpática, e tem uma pele bronzeada pelo sol.

-Huguinho! Ana Letícia! – gritei e os abracei.

- Oi pra você também sua doida! – disse Ana Letícia.

- Quase me mata sufocado Elena! – reclamou Hugo se esquivando do meu carinho, como sempre.

- Ai Hugo, você sempre carinhoso! – disse e sorri.

- Carinhoso como um gato! – brincou Ana. – Ele é um gato! Hora quer carinho, hora quer distância.

       Rimos do que ela falou, e Hugo concordou com ela assentindo com a cabeça.

- Entrem! – disse.

- Pensei que não ia dizer! – disse Hugo.

- Que cara mais chato hein!? – reclamou Ana.

- Eu terminei o MEU namoro tem só dois dias, ainda estou abalado! – disse ele dando ênfase a palavra meu.

- Abalado? Sei! – falei sorrindo.

- Viu ele novamente? – perguntou Ana.

- Claro que não! É a última coisa que eu desejo no momento! – falei fazendo uma careta.

- Quem vê pensa né! Um gato daqueles Elena! Isso de briga de famílias é tão Romeu e Julieta! Muito antiquado. – disse Hugo.

- Ela não pode decepcionar Martín e Angelina! – disse Ana.

Hugo a fitou com os olhos semicerrados.

- Isso! Meus pais são tudo pra mim, sem eles eu não posso dirigir uma empresa! – falei.

- Sem o apoio deles, você quer dizer! – disse Hugo.

- Como você está venenoso hoje! – falei e rimos.

       Foi a tarde inteira assim. Eram exatas sete da noite quando os dois se foram. Fui tomar um banho, combinei de sair com minha prima, Verônica.

       Após sair do banho, meu celular tocou.

- Alô! – atendi.

- Já estou aqui Elena! – disse Verônica.

- Espera uns vinte minutos, ou então sobe! – falei.

- Vou subir, destranque a porta! – disse ela.

- Tá! – respondi e desliguei.

       Fui correndo até a porta, e a destranquei. Voltei para o quarto, e vi meu vestido azul lindo me aguardando para vesti-lo. Pus um par de Christian Louboutin Lady Peep, na cor preta. Eu estava bem inspirada, confesso. Ouvi duas vozes na minha sala, logo eu estava pronta, levei menos de vinte minutos para me arrumar, peguei uma bolsa tiracolo nude, e saí do quarto.

- Olá! – disse Verônica animada.

- Oi! Cadê a pessoa que estava contigo? – perguntei.

- Desceram! – disse ela, mas percebi que ela estava nervosa.

- Como assim desceram? Pensei que só estavam você e um rapaz! Seu namorado imagino! – falei.

- Calma aí! Estavam precisando de ar fresco por isso desceram. – disse.

- Tá! Vamos logo! – falei sorrindo.

Abri a porta, e dei de cara com Rodrick.

- Elena!? – disse confuso.

- Rodrick! – falei surpresa.

- Esqueci meu celular no seu sofá! Com sua licença! – disse e passou por mim. Mas que descarado!

- Ei! Eu não te dei permissão pra entrar! – falei.

- Deu sim! Para com isso Elena! – disse Verônica.

- Ele é rival da nossa família! – falei.

- Eu não tenho nada contra vocês! – disse ele calmo.

- Mas eu tenho contra você! Vai embora! – gritei.

- Verônica, esquece nossa balada! – disse ele saindo.

       Verônica agarrou meu braço com força, e falou.

- Peça desculpas ou eu mesma acabo com você Elena! – disse ameaçadora.

- Desculpas Rodrick! – disse imediatamente.

- Como é que é? – perguntou. – Eu não ouvi bem! – e sorriu. Desgraçado.

- Desculpa! – falei me sentido humilhada.

- Tá eu te perdoo! Mas só pelo Rayron e pela Verônica falou!? – disse com um sorriso.

       Saímos, e em questão de poucos minutos, chegamos em uma rave.

- Elena! Rodrick! Vou com o Rayron rever alguns amigos! E você Elena, se comporte! – disse Verônica.

       Rodrick sorriu, e me encarou.

- O que você pretende senhor Bouvier? – perguntei.

- Não sei! O que você pretende senhorita Sagatti!? – perguntou irônico.

- Idiota! – falei e sai andando.

       Via muitas pessoas dançando, e bebendo, fora as que estavam se drogando (que desperdício). Andei um pouco, e vi que não tinha nada demais, ao voltar, vi Rodrick conversando com uma menina bronzeada e loira que parecia Ana Letícia...espera aí, era ela.

       Os dois se beijaram, e eu não sei o porque, mas me senti mal com aquilo. Senti um toque no meu ombro direito. Me virei rápido e vi Hugo.

- Elena o que faz aqui? – perguntou.

- Vim com Verônica, Rayron e... – hesitei.

- Quem mais veio com vocês três? – perguntou Hugo.

- Ele! – apontei, fazendo-o olhar para Rodrick.

- Ai meu Deus! – disse ele surpreso.

- Vou embora! – disse e saí correndo.

- Elena! Espera! – gritou Hugo.

       Tirei meus saltos e corri até o lado de fora. Respirei fundo e comecei a andar devagar, ouvi um trovão, e logo em seguida começou a chover. Eu não entedia porquê eu estava me sentindo assim, porque eu corri. Mas tenho certeza de que não gostei de Ana Letícia e Rodrick se beijando.

- Ei sua maluca! – disse Hugo me assustando. – Você vai se resfriar! Vem, vamos para casa!

       Fomos andando até o seu carro, e ele me levou para casa.

Lovers'N RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora