Bindering seguro!

318 27 30
                                    

Saihara tinha orgulho de constantemente poder dizer o quão inteligente Ouma era, e ainda é. Seu namorado era, sem dúvidas alguma, uma das pessoas mais inteligentes que já teve o prazer de conhecer. O detetive admirava do fundo de seu coração o quão incrível o menor era.

Porém, apesar de inteligente, seu namorado conseguia as vezes ter uma péssima memória, como por exemplo; colocar um copo em cima da mesa e depois esquecer aonde pôs, mandar mensagens via Whatsapp para Saihara, reclamando por ter perdido o celular-e dica, ele estava segurando o celular, etc..

Ou, chegar em casa exausto depois de um dia cansativo de aula, e simplesmente se jogar na cama e capotar no sono, sem se preocupar em trocar de roupa ou principalmente tirar seu binder antes de dormir.

Ah, sim! Ouma é trans. A única pessoa que genuinamente não havia o respeitado depois de sair do armário como trans foi Hanamura, mas isso logo acabou quando Harukawa ameaçou-o de morte, e Hanamura nunca mais ousou sequer dirigir uma única palavra a Ouma novamente.

"Isso é bom," pensou Ouma, se jogando nessa vez na sua cama de casal que ele e Saihara dividiam, seu suspiro audível ecoando por todo o quarto. Ele lentamente rastejou até o travesseiro na cama, especificamente os do lado do detetive, abraçando um deles, procurando conforto no cheiro do seu amado, "nunca mais vou ter que ver o rosto dele, mesmo."

Sentiu alguém o abraçar por trás, colocando seus braços ai redor de sua cintura, e um beijo gentil em sua nuca, o fazendo estremecer.

"Aconteceu algo, mel?"

Reconheceu a voz. Era como se Saihara conhecesse todos os seus pontos fracos, que o deixavam completamente vulnerável e de coração quentinho em apenas alguns segundos.

"Não, Shumai," sorriu, sentindo o namorado subir sua mão por baixo da camisa de Ouma e começar a gentilmente desenhar pequenas estrelas e corações com seu dedo indicador na barriguinha do pequeno líder, algo que acredite ou não, era extremamente relaxante, "só cansaço."

"Se você diz," beijou o topo da cabeça de Ouma, escondendo seu rosto nos cabelos roxos do garoto, "ei, meu neném?"

"Mm?" Ouma olhou para ele.

"Você já tirou seu binder? Deveria trocar de roupa, também. Acho que se você vestir um pijama fresquinho você vai se sentir melhor." Saihara sugeriu.

"Ah," Ouma fechou os olhos, sentindo o cansaço invadir seu corpo, "não, mas eu tiro já já. Eu tô com muita preguiça por agora."

Saihara sorriu e deu um último beijo na nuca de seu namorado, para então, preguiçosamente, se levantar da cama e caminhar ao armário de Ouma, procurando pelas gavetas um pijama macio e confortável para o líder.

"Você vai me fazer trocar de roupa de qualquer forma, não vai?" ouviu um pequeno resmungo vindo da cama, vindo logo com um pequeno puff, cujo assumiu ter sido o namorado escondendo o rosto em um travesseiro.

"Mhm," Saihara murmurou, fechando as gavetas com o que queria em mãos, "você sabe que eu vou."

"A sua sorte é que eu te amo..." Ouma ouviu passos gentis em direção a cama, para então cuidadosamente sentir duas mãos o envolvendo, e ajudando-o a se sentar na cama, "se não, eu já teria mandado minha organização do mal atrás de você!"

"Eu sei, querido." Saihara entregou as roupas a Ouma e beijou sua bochecha, para então caminhar até o outro lado da cama e se deitar, de costas para o menor, para que ele se sentisse confortável. O líder sorriu e lentamente tirou seu binder, suspirando em alívio, e a bermuda que usava, rapidamente colocando as calças do pijama, e a blusa quê-

...Ah, era uma blusa de Saihara. Ouma sorriu, vestindo-a e então se deitando. Seu namorado, de fato, estava certo: ele se sentia muito melhor, apesar de ainda exausto.

Saihara corou ao sentir Ouma o abraçando por trás, e envolvendo sua perna por cima da cintura do detetive. Tinha certeza que se alguém entrasse no quarto deles agora, pensariam que Saihara estava usando uma mochilinha.

"Eu te amo," Ouma disse, sonolento, fechando seus olhos, "tanto. Obrigado por ter entrado na minha vida, Shushi."

Saihara riu baixinho com a tentativa de Ouma de pronunciar sushi, ficando um pouco sonolento também. O detetive nunca foi acostumado a dormir cedo, mas seu namorado o deixava tão calmo e relaxado com tanta facilidade, "eu também te amo, muito, muito mesmo. De nada."

Ouma se aconchegou na nuca de Saihara, escondendo o rosto lá mesmo, sentindo sua mente lentamente ficando mais e mais nublada. Apenas ouviu um, "boa noite, neném," antes de cair no sono, sequer sendo capaz de retribuir o gesto.

Saihara gostaria de ter o enchido de abraços e beijinhos antes de dormir, como forma de o repreender por ser tão descuidado, mas, parece que seu namorado havia o capturado primeiro. O detetive fechou os olhos e, quase instantaneamente, caiu no sono junto com seu amado.

Abraços e beijinhos quentinhos!Onde histórias criam vida. Descubra agora