Depois de ser revirada em alto mar, finalmente chegamos a terra firme.
Patrichar abre a porta de minha cela ou quarto, e traz com sigo duas moças, que acredito serem suas escravas pessoais.
Elas tiraram minha roupa, mesmo comigo resistindo, e me lavam, colocam vestes roxas exageradas em mim e me cobrem de jóias. Estou me sentindo um verdadeiro bibelô em uma loja de quinquilharias, sem falar da maquiagem exagerada.
Sou vendada e arrastada do barco. Me colocam no que parece ser uma carruagem e, após o que parece ser horas, nosso veículo finalmente para e minha venda é retirada.
O primeiro rosto que vejo é de Joshua. Ele acorrenta meus pulsos e me empurra para fora de nosso veículo atual.
Tem sol aqui e é muito quente para usar essas roupas que estou vestindo. É uma paisagem com bastante árvores e prédios, em maioria de pedras e madeira. Pelo visto estamos no palácio.
É uma arquitetura mais simples que o habitual, mas não menos luxuosa. Para ser honesta, é um lugar até que agradável aos olhos, tirando o fato de que sou uma possível concubina aqui dentro.
Eu até tenho um plano em mente para escapar daqui, mas primeiro preciso observar. Preciso ser silenciosa e deixar meus aprendizados com a casa das serpentes fluir. Preciso agir como uma espiã. É difícil fazer isso, já que estou louca para correr o mais longe possível.
Sei também que ninguém jamais vai vir em meu socorro. Se as pessoas que atacaram nossos acampamentos no meio da noite foram espertas, vão fazer parecer que fui assassinada.
Enquanto sou arrastada até uma escadaria muito alta, fico quieta e observo. Percebo que existem muitos guardas armados ao redor, mas, ao contrário do Reino da Lua, eles não estão ocultos, são visíveis a qualquer um.
Joshua puxa minhas correntes, me obrigando a caminhar mais rápido e me aproximar dele e de Patrichar.
Quando chegamos às escadas, vejo um homem vestindo um uniforme preto com uma capa por cima, no pescoço ele ostenta um colar prateado com um pingente que parece um dragão. Ele observa a comitiva dos mercadores de escravos até seus olhos escuros como o céu noturno se fixarem em mim. Ele é bonito e, sob outras circunstâncias, em outros tempos, ele poderia ser um de meus amantes, mas não daqui pra frente, agora ele é meu inimigo e futuro carcereiro. Vai ser uma pena ter que ferir um rosto tão belo.
- Mercadores de escravos! O que os traz aqui? - O homem de preto pergunta ainda me encarando.
- Fang! É bom rever você meu amigo - Joshua fala - Chegou aos nossos ouvidos que seu imperador estava em busca de uma concubina e essa mercadoria tão valiosa chegou a nós justo nesse tempo - ele estica o braço e aponta para mim.
Fang não fala nada.
- Ela é bonita não? - Joshua prossegue - Acho que seu imperador vai adorá la.
- Vocês mercadores de escravos são escória e não são bem vindos aqui - diz Fang - Agora, com relação a garota vou apresentá-la ao imperador e, se ele gostar, ela fica. Já vocês, - ele aponta para os dois, deixando claro sua repulsa na voz - nunca mais voltem aqui.
Joshua o encara embasbacado, mas não responde nada. A tensão que se instala no ar é palpável.
Fang aproveita o silêncio e prossegue.-Aliás, Pierre Joshua, jamais me chame de amigo novamente a menos que queira perder a língua. Agora me entregue a garota.
Joshua abre a boca para responder mas, antes que tenha oportunidade de falar, Patrichar retruca em seu lugar:
- Capitão Kunming Fang, você já foi mais educado - fala de maneira ríspida. Seu olhar desdenhoso é perceptível - Qual vai ser a garantia de que vamos obter pagamento se você levar ela para dentro?
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Dragões da Lua, A cronica de moon empire
FantasyNascida em Lunam e correndo em sua veias o sangue dos Dragões da Lua, criada para ser inigualável entre todas as lâminas, Dracarys a Flamma Ardenti Draco é uma general de respeito cuja a qual desconhece a palavra fracassar, perder nunca foi uma opçã...