Capítulo 10 - João Pedro

450 42 2
                                    

Eliza me encara como se eu tivesse estapeado seu rosto. Eu esperava por isso. Desde o momento em que decidi o que faria, tinha certeza de qual seria a sua reação. Por isso, quis tocá-la primeiro, deixar que soubesse onde essa química e magnetismo absurdo que temos pode nos levar, e eu não estava errado, nem um pouco. Foi fodidamente delicioso, e eu apenas a toquei, só de me imaginar dentro dela, minhas bolas doem, porra...

Se ela não fosse virgem, eu já estaria enterrado no fundo de sua boceta, escorado em qualquer parede desse cubículo que ela chama de casa. Eliza franze as sobrancelhas e meneia a cabeça:

− O que você disse?

Cheiro sua pele e beijo seu rosto, acaricio sua cintura, planto beijos em seu colo e pescoço, ela reage, gemendo manhosa, se derretendo sob meus toques e carícias.

− Eu disse que quero contratar você... -A repetição das palavras a desperta, tirando-a da névoa de excitação em que estava e ela arregala os olhos para mim, balança a cabeça em negativa e começa a se movimentar, tentando sair do meu colo, mas eu não deixo. Prendo-a com meus braços firmemente ao seu redor.

− Me solta! -Diz, parecendo irritada.

− Não, porque nós vamos brigar agora. E eu já te expliquei como nossas brigas vão funcionar. -Respondo com simplicidade e seus olhos brilham em uma mistura de apreciação e desgosto.

− Você disse que tinha entendido que eu não sou uma prostituta, e nem me tornaria uma.

− Eu entendi. E não é isso que estou pedindo... -Volto às carícias lentas em seu corpo, aos beijos suaves e aos toques provocantes. Eliza se retorce em meu colo, sua pele arrepia-se, seus olhos se fecham brevemente, depois voltam a se abrir.

− Então você não quer transar comigo? -Pergunta com o olhar firme no meu e o que vejo, quase me faz rir.

− Ah, eu quero Eliza! Até te deixar dolorida e exausta, só pra depois, começar tudo de novo. -Sussurro em seu ouvido e ela estremece.

− E você quer me pagar?

− Quero também.

− Essa é a definição de prostituição, João! -Afirma, segurando minhas mãos em sua cintura para que elas parem de se mover, em uma tentativa óbvia de parar as sensações que estou causando propositalmente para desconcentrá-la. Suas sobrancelhas estão arqueadas, e sua expressão séria deixa claro o seu descontentamento.

− Não, não é... -Eliza bufa, então eu continuo: − A definição de prostituição é pagar por sexo, pelo corpo de alguém. E eu não quero pagar pelo seu corpo, esse você vai ceder pra mim porque você quer, e mesmo que tentasse resistir, não conseguiria. A prova disso é que se eu quisesse, poderia ter te fodido aqui, hoje, nessa pilha de gravetos que você chama de cama, e você teria dito sim. A qualquer momento, você teria dito sim, Eliza. Eu quero pagar pelo seu tempo, porque eu vou ocupar todo ele. Quero você a minha disposição vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Eu não tenho tempo para encontros, então pra fazermos isso, você vai estar comigo o tempo todo...

Ela abre e fecha a boca algumas vezes, buscando, em vão, argumentos para me contradizer, porque não vai encontrar.

− Eu não vou ser sua puta, João! -A escolha de palavras me faz sorrir e a expressão de Eliza se torna ainda mais grave, ofendida e raivosa. Eu pressiono meus dedos ao redor de sua cintura, puxo-a para mim, posicionando suas pernas abertas exatamente sobre a minha ereção. Em um momento de fraqueza, ela fecha os olhos brevemente, logo voltando a abri-los.

− Você sente isso? -Pergunto e impulsiono meus quadris para cima, esfregando meu pau duro contra suas pernas abertas ao meu redor, ela ofega, mas, bravamente, mantém os olhos abertos: − É pra você, Eliza! Foi você quem me deixou duro feito a porra de uma barra de ferro, então não se engane, você já é minha putinha! E não porque eu vou te pagar, mas porque você quer ser... E eu trato muito bem as minhas putas, você acabou de experimentar exatamente isso.

Contrato de PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora