Any Gabrielly
—Daniel: Você é minha entendeu!? -ele grita puxando meu cabelo até uma pedra grande no meio do riacho.
— Eu não sou sua seu idiota! Me larga! -grito e tento sair de cima da pedra, mais ele puxa mais ainda meu cabelo, o que fez minha visão escurecer por uns segundos.
Esta muito escuro aqui nem consigo ver o rosto dele direito, mais pela sua respiração e a força que ta segurando meu cabelo da pra ver que ele esta bem nervoso.
Ele esta por cima de mim aproximando se rosto do meu, pude sentir seu halito nem um pouco agradável, pois cheirava a um alcool bem forte.
Percebo que ele ta tentando tirar meu moletom que eu coloquei por cima da minha camisola, mais eu tento não deixar enquanto eu ainda fico me debatendo e gritando pra ele para e por ajuda, mesmo sabendo que não tem como alguém me ajudar. Quem estaria andando perto do rio quase meia noite?
Sinto uma queimação estranha na bochecha e um de sangue na boca, sinto que vou desmaiar mais tento resistir, tenho que tentar lutar pelo menos.
Sem eu perceber o imbecil tira meu moletom, o que fez eu começar a tremer pelo vento frio e pela chuva.
Eu queria gritar mais não conseguia, não conseguia, parecia que tinha um nó na minha garganta, o que me fez querer chorar mais ainda.
Ele colocou as mãos na minha cintura e apertou, colocou o rosto no meu pescoço e disse:
—Daniel: Voce sempre foi tão gostosa.. Voce acha que eu chamei você pra morar comigo porque? Porque eu te amava? Logico que não. -ele começa a rir- Imbecil.
— Me larga! Eu não quero.. por favor! -falo com o restinho de voz que me restava, tento sair mais ele lambe minha clavícula e mordeu, puxando meu cabelo, tentei me afastar dele. Quando consegui, sem deixá-lo pensar em alguma coisa, bati em seu rosto fortemente e ao ver que consegui distraí-lo com a dor mais ele prensou mais meu corpo entre ele e a pedra. Comecei a soluçar desesperada.
—Daniel: VOCÊ ACHA QUE ISSO É ALGUMA BRINCADEIRA VADIA? ACHA QUE EU VOU TE DEIXAR IR?! EU QUERO SEXO E VAI SER AQUI MESMO! -me desesperava cada vez mais, gritando para que ele parasse de tentar tirar a minha camisola- CALA A BOCA PORRA! -com raiva, pegou minha cabeça com uma de suas mãos e a bateu fortemente na pedra. Comecei a ver tudo embaçado graças as lágrimas que se acumularam nos meus dois olhos. A dor estava insuportável. E a chuva parecia ficar cada vez mais forte.
Minha cabeça parecia estar cheia de agulhas me machucando e chorei mais ainda por ser tão fraca ao ponto de não conseguir me defender e por saber o que estava por vir. Mas algo de repente aconteceu. As mãos do imbecil que estavam segurando fortemente minha cintura, agora não me tocavam, mas ele ainda estava perto de mim. Se eu estava confusa? Muito. Mas estava escuro, não dava pra ver nada. O que estava acontecendo? Gritei em desespero e com o grito, a dor em minha cabeça se intensificou. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, o corpo de Daniel foi jogado no chão.
A fraqueza venceu e eu estava prestes a desmaiar e cair no rio e me juntar ao corpo do porco nojento, se não fosse por mãos firmes, segurando minha cintura.
Tentei olhar para o rosto da pessoa que tinha me salvado de outro provável estrupo do meu ex namorado, mas a minha visão continuava embaçada e como eu disse, estava escuro. De certo modo eu não sentia medo. As mãos que me seguravam, me acariciavam por cima do tecido da camisola com um pouco de sangue. Sinto ele colocar alguma coisa pra me cobrir. Eu estava quase perdendo a consciência. Mas antes que eu o fizesse, esta mesma pessoa que me salvou pegou-me no colo. Pus minhas mãos em seu peito e ele me apertou mais em seus braços, o que fez eu deitar a minha cabeça no seu peito.
—Xxx: Esta tudo bem.. você esta salva agora. -escutei ele dizer, mas não conhecia essa voz.
Sem conseguir protestar, apaguei.
~
Se você que está lendo já sofreu (ou ainda sofre) abuso sexual, não se cale: denuncie!
E quem conhece alguém que sofreu o abuso, mas não denunciou, não seja omisso! Denuncie.
Você pode evitar que esse crime se repita com outras pessoas...
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𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 || ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ
FanfictionAny Gabrielly é uma mulher que sempre zelou por seus princípios e metas, aos 18 anos nunca foi do tipo de se intimidar até conhecer Daniel, seu namorado que virou sua vida de cabeça para baixo, despertou nela ansiedade e insegurança. Josh Beauchamp...