𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄 || ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ

｡004

Josh Beauchamp

— Mãe! -chamo minha mãe assim que piso dentro de casa- Mãe! Joalin! Caralho, alguém!?

—Úrsula: Meu filho o que aconteceu? -escuto sua voz descendo as escadas.

—Joalin: Porra Josh, é meia noite o que você quer!? -Joalin vem atrás dela- O que.. -ela para de falar assim que vê a garota nos meus braços- Meu Deus.-ela coloca a mão na boca e se aproxima- Meu Deus, mãe! É a Any! -ela passa a mão no rosto da garota e fico confuso, como ela enxergou quem é a garota? Está escuro e as luzes estão apagadas, como ela reconheceu? 

—Úrsula: Meu Deus, filho, o que aconteceu!? 

— Eu não sei. Sai pra respirar um ar puro, não estava conseguindo dormir, então eu escutei a voz de uma garota pedindo socorro, então eu comecei a andar até a voz e ela estava no riacho, um imbecil estava tentando estuprá-la. -vejo elas se entreolhando no escuro confusas- Da onde vocês conhecem ela!? 

—Joalin: Ela é minha amiga. 

—Úrsula: Josh, leva ela até o quarto da Joalin, ela precisa de um banho. -assinto e subo as escadas evitando cair, ja que a luz estava apagada.

— Alguém acende as luzes! -grito mais não recebo resposta- Caralho aonde que ta a merda do interruptor desse quarto. -sem encontrar coloco a garota na cama e tento observar seu rosto no escuro.

—Joalin: Josh? O que esta fazendo? -me levanto da cama e passo a mão no cabelo.

— Nada. -dou de ombros- Aonde está o interruptor? 

—Joalin: Interruptor de que? -reviro os olhos e ela pega uma roupa dela no guarda roupa, certamente para a garota.

— Do seu quarto, do que mais seria? -pergunto irônico e logo minha mãe entra no quarto. 

As duas começam a conversar sobre o tal homem que estava tentando estuprar a garota e me ignoram. 

— Como vocês conseguem enxergar no escuro?

—Joalin: Que? -reviro os olhos.

— Esquece. -resolvo não questionar mais e vou até o meu quarto. 

Any Gabrielly

Acordo em cima de um lugar macio, abro os olhos mais logo os fecho novamente, meus olhos estão ardendo e minha cabeça está latejando. 

Passo a mão no rosto e me sento na cama, resolvo abrir os olhos mais uma vez, e dessa vez dói menos do que a primeira.

— O que.. -olho para o lado e vejo duas pessoas que eu conheço- Joalin? Tia Úrsula? -um pequeno sorriso cresce em meus lábios assim que as vejo- Meu Deus eu pensei que nunca mais eu iria vê-las novamente. -Joalin pula em cima de mim me dando um abraço.  

—Úrsula: Aqui Any, tome que vai melhorar sua dor de cabeça. -Joalin se afasta o suficiente pra mim conseguir tomar o remédio e depois vem pra cima de mim em abraçando novamente. 

Tia Úrsula se deita ao meu outro lado da cama e me abraça também, ficamos um tempo nós três abraçadas. 

—Joalin: Foi o Daniel? -ela pergunta baixinho e eu demoro um pouco pra responder.

—Úrsula: Pode falar Any, não precisa ficar com medo. Você está segura aqui conosco. -levanto meu olhar pra ela meio dificultada pelo abraço, e sorrio.

Desde quando eu vim morar aqui com Daniel, Úrsula foi como uma mãe pra mim. Assim como Joalin foi como uma irmã. 

Éramos muito próximas, porém depois Daniel me proibiu de sair e ver elas. 

— Sim. Foi o Daniel. -sussurro desviando o olhar para as minhas mãos. 

—Úrsula: Seus machucados no seu corpo.. também foram ele? -ela pergunta meio insegura e eu assinto.

—Joalin: Filho da puta! -ela levanta irritada da cama e passa a mão no rosto, depois de respirar fundo várias vezes ela volta para o abraço- Por que você não nos contou Any? 

— Eu tinha medo. -sussurro sentindo meus olhos arderem e elas me apertar mais no abraço.

—Úrsula: Vai ficar tudo bem.. -elas depositam um beijo nos meus cabelos e eu deito a minha cabeça no peito da tia Úrsula me aconchegando e sentindo Joalin agarrada na minha cintura. 

—Joalin: Eu vou pegar um lanche pra você, -ela diz se levantando novamente- você deve ta com fome. -me sento na cama e Úrsula também. 

— Não precisa, não estou com muita fome. 

—Úrsula: Precisa sim, você ficou quase dois dias sem comer. -franzo o cenho.

— Como assim dois dias? 

—Joalin: Você chegou antes de ontem de madrugada, e foi acordar só hoje. Já é sexta feira. -arregalo os olhos. 

— Meu Deus, como assim? -me levanto e me sento novamente ao sentir uma tontura. 

—Joalin: Se você não acordasse hoje íamos te levar para o hospital.

—Úrsula: Any? Você está bem?

— Estou, foi só uma tontura. Já passou. -abro meus olhos e elas se entreolham.

—Úrsula: Joalin, ajude Any a tomar um banho que eu vou terminar o jantar, depois vocês descem. -assentimos e ela me da um beijo na testa antes de sair do quarto. 

— Quem que me trouxe pra cá? -pergunto assim que passo um dos meus braços por cima dos ombros de Joalin para irmos até o seu banheiro. 

—Joalin: O Josh. 

— Josh? Quem é Josh? 

—Joalin: Meu irmão. -olho pra ela- Eu nunca te contei sobre ele? -nego e ela arqueia as sobrancelhas- Meu Deus. Ok, bom, -ela me ajuda a tirar minhas roupas- ele tem vinte e quatro anos, está solteiro, -ela da um sorrisinho maroto e eu reviro os olhos- ele é um gato.. -caminhamos até o chuveiro- romântico, bem chato as vezes -ela diz fazendo uma careta e eu solto uma risada fraca, pela dor de cabeça- ele nasceu em março. -assinto começando a passar agua pelo meu corpo- Meu Deus!

— Meu Deus o que? -franzo minha testa olhando pra ela que está com os olhos levemente arregalados- Fala logo Joalin! 

—Joalin: O Josh! O Josh nasceu em março, o que significa que ele é do signo de aries! 

— E..? -pergunto ainda sem entender. Desculpa, sou uma pessoa lerda demais.

—Joalin: E que você é do signo de libra, e libra combina com aries!! -ela praticamente grita e eu faço uma careta.

— Como você sabe disso? 

—Joalin: No Google, mas isso não importa -ela faz uns movimentos com a mão e eu rio- Vocês combinam cara. -ela diz parecendo não acreditar e eu balanço a cabeça- Já teve o fato de que ele ouviu você praticamente de madrugada, agora mais essa. -ela diz encarando o box.

— Isso pode acontecer com qualquer um. 

—Joalin: Sim, mas ainda acho que é uma conhecidencia ou fato do destino. -ela da de ombros e eu desligo o chuveiro.

— Acho que não.