*CAPÍTULO 3* - O sol se apaga -

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Aperto um botão que estava ao lado da porta e escuto um som ecoar pelo andar vazio, aperto novamente e nada.

- Com sua licença - abro a porta bem de vagar e vejo uma mesa do outro lado da sala, e depois me viro e vejo a mesa do chefe.

Ele estava com os olhos fechados e respirando profundamente. Parece estar cansado.

Entro e vou até sua mesa, quando vou pegar um papel para escrever um bilhete, ele segura minha mão com tudo e a ergue em sua direção.

Eu fico meio surpresa, ele deve ter o sono leve.

- O que está fazendo? - diz parecendo furioso.

- E-eu Apenas queria deixar um bilhete, senhor - digo puxando minha mão de volta, mas sem sucesso.

- Para que exatamente? Que tipo de bilhete?

- Era para dizer que eu estava o esperando lá fora...., Senhor está machucando - digo com um olho só aberto e o outro fechado suprimindo minha dor.

Ele olha para onde está apertando e deixa sua mão mais leve sobre a minha, mas não a solta.

- Me esperando? - o CEO está com uma sombrancelha erguida, e droga, como é lindo até mesmo fazendo um simples movimento com a sombrancelha.

- Sim, eu vim até aqui porque voc....o senhor me pediu que eu comparecesse, mas estava dormindo e eu não queria incomodar - ele ainda está com a mão sobre a minha, mas eu a puxo e a coloco sobre o peito apertando meu punho com a outra mão.

Ele se senta em sua cadeira e coloca as mãos entrelaçadas em sua frente, sem nenhuma reação em seu rosto ficou me olhando de cima a baixo.

- A chamei para dizer onde será sua sala de trabalho. - estou confusa, não era a outra moça que me esfaqueou com os olhos que estava mostrando?!.

- Mas... A moça.. - ele me interrompe.

- Sua sala será aqui comigo - estalo os olhos em sua direção - sua mesa é aquela do outro lado - agora entendi o do porque ela estar ali.

Sem questionar sua ordem eu me viro e vou até a mesinha que estava alí, olho para minha maleta e me lembro de entregar.

- Senhor - ando até ele novamente - aqui está a revisão do livro " O amor da morte pela vida" , eu já revisei tudo e arrumei o que estava fora de ordem, agora era só entregar para o senhor. - coloco sobre sua mesa e saio, e faço o meu trabalho.

*****

Já se passaram quatro horas desde que eu chegue aqui, estou com fome e sede, acho que vou almoçar.

Me levanto e vou até o chefe, tento me manter de pé, não comi quase nada hoje, geralmente como bastante.

- Senhor, posso sair para almoçar? - coloco a mão sobre a barriga.

- Não ! - o olho perplexa. Ele quer me matar de fome, com absoluta certeza. Quando abro a boca para falar ele me corta. - Já reservei um almoço aqui no escritório para nós, daqui 3 minutos irá chegar.

Um silêncio paira sobre a sala, então dou meia volta e me sento novamente. Espero que chegue logo.

Depois de quatro minutos chegou o almoço, eu me levantei em um pulo e fui até a mesinha que tinha no centro da sala.

Me sentei e comecei a separar a minha parte, ele se sentou ao meu lado, dei uns pulinhos para o lado me afastando e ele me olhou.

- Eu não mordo - coloca um pedacinho de carne cortado em cubo na boca.

Dou uma risada sem graça e começo a comer, geralmente nunca foi desconfortável comer na frente das pessoas, mas hoje eu me sinto estranha na frente dele.

Presa por um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora