*CAPÍTULO 4* - cinco dias de olhos fechados -

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Acordo com uma dor de cabeça insuportável e desconfortável, estou vendada e presa em algo.

Me balanço pra sentir o que é e vejo que estou sentada em uma cadeira de madeira, meus músculos estão um pouco dormentes.

Lembro do que aconteceu como um flash de tudo. Eu tento gritar, mas não consigo porque tem algo na minha boca.

Não sei explicar o que é, parece ser uma coisa redonda e dura, mas não sei distinguir o que é.

Me debato cada vez mais na cadeira fazendo com que faça barulho, resolvo parar e tentar sentir o chão com os pés, mas a única coisa que sinto é um vazio.

Eu mexo minha cabeça a esfregando no ombro para tentar remover a venda, mas só consigo deixar uma fresta de luz me possibilitando ver apenas metade da minha coxa.

Do nada sinto frio, muito frio, esse lugar parece úmido e gelado. Olho para minha perna de novo e não vejo a calça que eu estava.

Eu me concentro e simto que estou apenas de top e calcinha. Quem rancou minhas roupas, o que está acontecendo?!

Começo a chorar de medo. Nunca aconteceu isso comigo, o que será que a pessoa que me sequestrou vai fazer?!

Estou com medo , estou com medo, muito medo...

- Não adianta chorar - escuto uma voz grossa vindo atrás do meu ouvido.

Escuto passos em minha direção e passando por mim, até que o barulho dos passos param.

- Você não deveria ter mentido Mina - a voz é muito familiar. - Você deveria ter me contado a verdade quando eu perguntei.

Eu tento falar, mas eu não consigo por conta do objeto na minha boca. Sinto ele tirar aquilo e desvenda meus olhos.

Fecho o olho rapidamente quando uma luz vem direto nos meus olhos, tento me acostumar e o que vejo me assusta mais ainda.

Olho em volta com um pouco de dificuldade e me deparo com vários tipos de chicotes pendurados em uma parede preta.

Olhei para cima e vi algo parecendo uma grade presa no teto com uma corrente que a fazia descer no chão.

Várias correntes e cordas se destacavam em cima de um vidro iluminado, uma cama preta com vários buraquinhos ao lado para prender algo.

- Está surpresa Mina? - escuto a voz grossa chamando e me tirando da curiosidade.

Me viro para frente com os olhos fechados e respiro fundo, sinto meu corpo inteiro tremer e não era só por conta do frio, mas também medo e desespero.

- Abra os olhos - eu recuso com um gesto,.mas o que sinto é penas uma dor no rosto.

Ele me deu um tapa?! Meus olhos se abrem por conta própria pela força do tapa , viro meu rosto para frente novamente.

- Você... - lágrimas caem, mais e mais - porque?

- Porque será Mina? - ele passa a mão direita coberta com uma luva preta de couro por cima dos chicotes - porquê não pergunta a si mesma o do porque?

- Eu não te fiz nada, eu nunca te vi na minha vida antes, só agora...

- Não me venha com essa, não minta para mim de novo ou posso fazer algo que não ficará bom pra você - ele está furioso.

- Eu realmente nunca o vi antes senhor, eu jur-.... - antes mesmo de eu acabar de dizer, ele pega um chicote preto cheio de tiras e da com toda força em minhas coxas me fazendo gritar.

- Cada mentira será o dobro disso - eu quero sair daqui, eu estou com medo frio e dor, quero sair daqui.

- Por.... Favor, pare - escuto ele dar uma risada sinistra que faz meu corpo arrepiar - O QUE VOCÊ QUER DE MIM??? - grito com todas as forças.

Presa por um mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora