PRÓLOGO🦋

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Jhonatan Fernandez

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Jhonatan Fernandez...

A primeira vez que eu vi Alícia, éramos apenas crianças! Eu ainda não sabia o que era o amor. Não sabia o que era paixão. Eu só sabia o que era amizade e carinho. Eu era moleque e só queria brincar no escorregador do parque, subir e virar cambalhotas no triângulo de madeira. Correr, soltar pipa e jogar bola.

Todos os domingos nós saíamos antes do pôr do sol e íamos ao Parque Santos Dumont, aqui em São José dos Campos. Eu e a Ju, minha irmã, adorávamos brincar lá e sempre fazíamos novos amiguinhos. Nossos dois anos de diferença nunca nos impediram de brincar juntos e mamãe sempre ficava feliz quando o fazíamos.

Nossa casa ficava próxima ao parque. Então era sempre rápida a chegada até lá, cerca de 15 minutos.

Eu adorava esse lugar, papai e mamãe gostavam de ficar no jardim japonês conversando e olhando as borboletas. Eu e minha irmã, brincávamos no parquinho toda vez.

Minha irmã saia correndo pra ir no balanço e eu sempre corria para o escorregador, só pra subir pelo lado que escorrega e atrapalhar os outros.

É, eu sei, eu era um tanto implicante.

Naquele dia eu corri até a casinha do escorrega e subi correndo, e na hora que eu ia colocar o pé no topo uma menininha bem espevitada cruzou os braços e parou bem onde eu ia pôr os pés. Me desequilibrei e escorreguei de barriga para baixo até o final.

— Hey! Você não viu que eu ia colocar o pé ai menina? Eu quase me machuquei!

— Ninguém mandou você subir pelo lugar errado! E sai daí que eu quero escorregar com a minha amiga Juliana!

— Alícia! Ele é meu irmão – me surpreendi por ela ser amiga da minha irmã — Jhonan, você tá bem? Quer que eu chame a mamãe?

— Não Ju! Eu to bem! – esfreguei a roupa pra tirar as poeiras da terra e levantei os olhos para onde estavam as duas.

— Tá bom, então! Vem Alícia, é a nossa vez!

Lembro que observei minha irmã e a sua nova amiguinha descerem juntas levantando as mãos e sorrindo uma para outra. Eu sorri com aquela cena, era uma menina muito espevitada, mas era alegre e linda. Sua cor bronzeada se destacava perto do branco da minha irmã e seus cachinhos que desciam até seus ombros balançavam levemente com a brisa que batia do fim de tarde.

Eu não sei quanto tempo fiquei parado ali, mas eu sentia uma paz ao observá-la. Eu tinha apenas 7 aninhos e não sabia que ali estaria o sorriso que iluminaria todos os meus dias de inverno.

Olhei para meus pais e eles estavam dançando ao som de um violão de um músico de rua que sempre tocava para eles quando íamos até lá. Daquela vez era a música, Como é grande o meu amor por você. Tinham borboletas voando sobre os dois e parecia que formavam uma coroa sobre a cabeça deles.

Aquela imagem ficou gravada na minha cabeça e fez eu entender por que meu pai chamava minha mãe de borboleta. Ela era a rainha das borboletas e suas asas abertas alegravam os dias de verão e inverno dele. Mamãe era a borboleta dele, e com as asas abertas, livres para voar por onde ela quisesse, ela o iluminava e por isso sempre queria ela voando como se dançasse ao som do vento que a levava.

Como cheguei a esse pensamento com tão pouca idade? Na verdade não cheguei, mas nunca esqueci aquela cena e muitos anos depois eu a entendi!

Corri para o balanço e me sentei nele para balançar. A amiguinha da minha irmã, nitidamente mais alta que ela, veio correndo e sentou no outro balanço ao meu lado. Me senti nervoso mesmo sem entender sobre sentimentos naquela época. Ela sentou e observei uma das borboletas que voavam perto de mamãe vir na direção dela. Ela estendeu o dedo e a borboleta pousou na ponta de seu indicador.

Ela sorriu! Eu sorri.

A borboleta bateu suas asas lentamente e voou sobre a cabeça dela.

Alícia sorria e enrolava os dedinhos levemente cumpridos nos cachinhos de seu cabelo. Eu suspirei e observei ela balançar.

Um barulho me tirou a atenção dela e percebi ser Juliana que caiu do escorrega e machucou o joelho. Ela veio chorando e mamãe foi atraída pela garganta da estrela da família. Logo ela se despediu da nova amiguinha e eu fiz o mesmo dando um beijo na bochecha dela sem nenhum motivo aparente.

— Eca! Puquê fez isso, "galoto"?

— Porque você foi legal com minha irmãzinha. Tchau!

Ela sorriu e a gente se foi.

Eu só não sabia que ela e a minha irmã seriam melhores amigas. E seu sorriso ficaria cravado em meu coração como uma linda tatuagem.

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🦋 Contém 800 palavras 🦋

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Oi meus amores. Estavam com saudades??
Eu estava morrendo!!!

Começamos hoje o segundo livro da trilogia e estou com altas expectativas.

Comentem e votem bastante pra ajudar a obra! E se quiserem podem me seguir no IG @cliches_da_iza para saber mais sobre os personagens!🦋

Obrigada por lerem!
Beijos no coração 💜

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