Errado

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Adrien pensava que ficaria trancado em seu quarto após a discussão com Marinette, mas ele precisava pensar, precisava de ar livre. Decidiu descer para o jardim da mansão, ficar na companhia da estátua de sua mãe.

P.O.V ADRIEN

Um gatinho no telhado... tá sozinho sem sua gata... - suspiro, mais lágrimas caem de meus olhos - Um gatinho no telhado... tá sozinho sem sua gata... - tento manter os pensamentos sobre a discussão afastados da cabeça, mas não consigo mais - Completamente sozinho... Não é como se Marinette fosse voltar a falar com você depois disso. - coloco minha cabeça entre os joelhos, e continuo a chorar.

Não me importo em estar numa área comum da casa, não é como se meu pai fosse perceber que eu estava mal, ele nunca percebe, nunca sai do escritório, nunca para de trabalhar. Já me perguntei várias vezes se uma empresa da tanto trabalho assim. Tudo bem, ela a administra. Mas virar noites? Várias noites seguidas? Não conseguir o mínimo de tempo nem para seu próprio filho? Isso é estranho.

Tiro meus questionamentos sobre meu pai da cabeça, tenho coisas mais importantes a pensar. Levanto meu olhar para a estátua de minha mãe.

— Eu fiz errado, não é mãe? - mesmo com os olhos inchados me forço a olhar bem nos olhos de minha mãe - Eu fiz tudo errado. Sempre faço. Me diga, por favor, o que eu faço agora?

Eu perdi tudo. Poucas coisas são importantes para mim, e eu consegui perder a maior delas, a mais importante. Não há como consertar agora. Está quebrado, em pedaços tão pequenos que não é possível simplesmente colar com cola, ou fita.

Precisaríamos de tempo, o tempo que não temos, e a força de vontade que já se esgotou. Não creio que Marinette tenha a mínima disposição para ficar perto de mim, ou tentar novamente. Eu faço tudo errado.

Deveria ter seguido o acordo inicial, não tentar, nem ter nada ate Hawk Moth ser derrotado.

Hawk Moth, o causador de tudo. De toda a dor, todo o sofrimento, todo o desespero, toda a briga. Apenas mais um problema. Curiosamente o que causou todos os outros.

— O que você faria no meu lugar, mãe? Eu sei que errei... Deveria ter escutado o que ela tinha a falar, não tinha o direito de gritar com ela. My lady, como sempre sensata, mal aumentou o tom de voz. - consigo sorrir em meio a toda dor. Me lembrando dela...

Concentro minha atenção na grama. Como é verde, um verde limão. Faz um tempo que não chove, por isso está ficando amarela. Assim combinam as flores do canteiro, amarelas como o sol...

Flores amarelas. O símbolo da amizade. Destruí a minha, pétala por pétala, exceto por uma... Nino. Parece que posso falar com alguém que realmente possa me dar conselhos.

— Te amo, mãe. Mas vou entrar, tive uma ideia. - Parece que ainda posso ter uma ponta de esperança. Me permito sentir isso.

Corro até meu quarto, mas antes que eu possa chegar Nathalie me chama.

— Adrien? - pergunta ela, me fazendo parar, antes de chegar no meu quarto. Droga!

— Oi, Nathalie. - tento parecer calmo.

— Está bem? Você está com uma cara meio pálida. - continua ela. Foi por isso que ela me parou? Agradeço a preocupação, mas não é algo que posso falar com ela abertamente, e estou com pressa.

— Sim, tudo certo. Eu só tenho que pegar mais sol. - uma resposta meio idiota, mas a primeira coisa que veio em mente.

— Ah tá, vou marcar um horário amanhã às 16:00 para você pegar sol. - óbvio, é a Nathalie, claro que eu teria um horário marcado para tomar sol. Quase que ri. Antes disso, ela continua - Seu pai precisa falar com você, ele está te chamando na sala dele.

O que meu pai poderia querer comigo? E tinha que ser agora?

— Okay, Nathalie. Já vou lá. - subo até meu quarto com a intenção de mandar a mensagem para Nino, mas acabo achando melhor esperar até depois da "reunião" com meu pai. Se eu bem conheço meu amigo ele viria para cá na hora, e eu tenho que falar com meu pai primeiro.

Aproveitei que estava no meu quarto e passo uma maquiagem para parecer mais corado, e menos... Com cara de quem estava passando mal.

Desço até o escritório, e bato na porta.

— Entre. - escuto meu pai falar, e adentro o escritório. Havia uma mesa ali, nunca tinha visto aquela mesa.

— Quando que você botou essa mesa aqui? - pergunto

— Há umas semanas, nunca tinha visto? - Não, a resposta é não. Mas eu apenas fico em silêncio e sento em uma das cadeiras.

Parece que meu pai entende isso como o sinal que quero passar, e se senta também.

— Então, o que quer falar comigo? - me ajeito na cadeira, e tento parecer o mais interessado possível, mesmo que só queria ir ligar para Nino.

— Eu consegui fazer uma parceria para a empresa. - grandes novidade, já temos várias. Sério que ele me chamou aqui para isso? - Mas essa é uma extremamente importante. E eu gostaria de começar a compartilhar um pouco mais da parte dos negocios com você. já que imagino que vá assumir a empresa um dia.

Ótimo, mais uma obrigação.

— E também, estou te avisando isso, porque agora meu trabalho irá dobrar. Ele, o chefe da... - pigarreia - empresa, é bem exigente - sorri de canto, um pouco trêmulo - me entende?

-- E, eu não vou participar dessa parceria? Não ver seu trabalho nem nada? - pergunto.

-- Como? - parece um pouco nervoso.

-- Você disse que gostaria de começar a compartilhar um pouco mais do seu trabalho com a empresa e coisa do tipo - falo, calmamente. Mesmo meu pai não parecendo.

— Ah sim, claro. Mas, - se ajeita na cadeira, desconfortável. - essa é uma parceria muito importante, e prefiro começar com uns trabalhos menos complicados. Também com que eu me envolva mais... - noto suas olheiras e traços cansados. Se ele nem está se envolvendo tanto, por que seria tão importante?

— Por que você não se envolve tanto? - pergunto ao invés disso, começando a ficar mais interessado. Finalmente poderei descobrir um pouco a mais do trabalho do meu pai. O trabalho que faz ele ficar ocupado 100% do tempo.

— É que, ele, sabe... Ele já tem um plano... Quer dizer, já tem tudo planejado - responde, massageando a própria testa.

— Ele não te disse esse planejamento? - continuo

— Não, ainda não. Ele me falará em três dias. Vou até sua casa, quer dizer, escritório, e nos conversaremos. - responde afinal.

Estranho que tenha dado tanta ênfase no "ele"

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vish galera, passamos da metade da fic já-

eu mesma tô com medo doq vai rolar

espero q estejam gostando

deem uma olhada nas minhas outras fics

comentem e votem se gostaram
bjosss, até o próx capp

Always for AlwaysOnde histórias criam vida. Descubra agora