Clara

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Com vestido branco e mãos tão macias
Clara, claramente me conduzia
E nossa dança era tão ensaiada
Um Maná vindo do ceu

Passei através da gruta da morte
Não esperava encontrar Clara
Um anjo apaixonado pela minha sorte

Senti meus pés o gramado diamantado 
Fontes e torrentes a meu favor
Um sol que não era assim como de costume

Clara, fita os olhos nos meus
Aroma castanho dos fios
É o espírito levitando os sentidos a cada arrepio

Meu par se deleitava a pura virgindade
Não me faltara vinho
Paixão não doentia
E despretensioso da vaidade

Era tão sonho para ser o fim
Eu queria mesmo era acordar
Voltar a não vida
Sentir que haveria uma despedida

Queria ter a tristeza
Digo triste não ter sido assim



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