Passei as últimas duas semanas ensaiando para uma peça que não iria fazer e agora estava atrás do palco esperando para ver a garota que sempre me odiou fazer o papal dos meus sonhos com o garoto que gosto.
—Ei melhora essa cara Clary você tá tão bonita.
Izzy me elogia tentando me animar, apesar de dizer aos meus pais que eu serei só uma substituta eles insistirim que eu me vesti-se como uma verdadeira Julieta já que esse sempre foi o papel dos meus sonhos.—
Valeu Izzy você também não está ruim de uniforme.
Ela me olha com repreensão porque segundo ela parecia uma velha vestida com aquele uniforme
—Fala sério isso é muito injusto você que deveria fazer a peça só assim eu suportaria usar esse uniforme mas não vou ter que servir a vaca da Brenda e por falar nisso cadê ela?
—Eu sei lá deve estar terminando de se arrumar mas é estranho mesmo faltam só cinco
Faltavam dois minutos pra começar e nada da Brenda a nossa professora estava imensamente nervosa andando de um lado pro outro mais um pouco e ela faria um buraco no chão, depois de um tempo ela e Dylan lindo de Romeu vem em minha direção e fala:
—Clary graças a Deus você tá aqui não podemos esperar mais você vai ser a Julieta.
—O que?
Meus olhos se estatalam e meu coração disparam.
—Mas e a Brenda?
—Ela não chegou até agora e não temos mais tempo.
—Mas e se eu
—Ei você vai se sair bem.
Antes que eu termine de falar Dylan me responde segurando minhas mãos me passando confiança.
—Olho pra ele e pra professora e respondo:
—Ok eu faço .
A professora quase salta de felicidade e diz para nós posicionar que a peça já iria começar. Um minuto depois as cortinas se abrem e vejo meus pais e minha irmã bem na frente me olhando com orgulho por verem que sou eu no palco.
Quase uma hora depois estamos no finalzinho da peça eu me encontro deitada no tipo de sepúcro e Dylan está perto de mim falando:
—Em verdade o farei. Porém vejamos estas feições: o nobre conde Páris, parente de Mercúcio!
Que me disse meu criado, quando juntos caminhávamos para cá e minha alma atormentada não escutava
nada? Não me disse que Páris e Julieta iam casar-se? Não foi assim, ou terá sido sonho? Ou então, por
estar louco, pensei nisso, quando ele me falava de Julieta? Dá-me essa mão, ó tu que estás inscrito, como
eu também, no livro do infortúnio. Vou depor-te num túmulo glorioso. Túmulo? Não, mancebo
assassinado; uma lanterna, pois Julieta se acha deitada aí e sua formosura faz desta abóbada uma sala
régia, transbordante de luz. Repousa, morto, por um morto enterrado.
(Coloca no túmulo o corpo de Páris.)
Quantas vezes, no ponto de morrer, ledos se mostram os homens? É o clarão da despedida, dizem
quantos o doente estão velando. Oh! poderei chamar clarão a esta hora? Ó meu amor! querida esposa! A
morte que sugou todo o mel de teu doce hálito poder não teve em tua formosura. Não; conquistada ainda
não foste; a insígnia da beleza em teus lábios e nas faces ainda está carmesim, não tendo feito progresso
o pálido pendão da morte. Tebaldo, jazes num lençol de sangue? Oh! que maior favor fazer-te posso do
que com esta mesma mão que a tua mocidade cortou, destruir, agora, também, a do que foi teu inimigo?
Primo, perdoa-me. Ah! querida esposa, por que ainda és tão formosa? Pensar devo que a morte
insubstancial se apaixonasse de ti e que esse monstro magro e horrível para amante nas trevas te
conserve? Com medo disso, ficarei contigo, sem nunca mais deixar os aposentos da tenebrosa noite; aqui
desejo permanecer, com os vermes, teus serventes. Aqui, sim, aqui mesmo fixar quero meu eterno
repouso, e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas. Olhos, vede mais uma vez; é a
última. Um abraço permiti-vos também, ó braços! Lábios, que sois a porta do hálito, com um beijo
legítimo selai este contrato sempiterno com a morte exorbitante.
Ele docemente deposita um beijo no canto dos meus lábios e meu corpo se estremesse.
— Vem, condutor amargo! Vem, meu guia de gosto repugnante! Ó tu, piloto desesperado! Lança de um só golpe contra a rocha escarpada teu
barquinho tão cansado da viagem trabalhosa. Eis para meu amor.
Ó boticário veraz e honesto! tua droga é rápida. Deste modo, com um beijo, deixo a vida.
Ele cai ao meu lado e acordo pronta pra encerrar o meu tão sonhado papel nesse momento entra o personagem do Frei falando:
—Romeu! Romeu! Oh dor! Que sangue é este que mancha a entrada pétrea do sepulcro? Que quererão
dizer estas espadas sem dono, a estilar sangue e descoradas, neste lugar de paz?
(Entra no túmulo.)
—Romeu! Oh, pálido! Quem mais? Quê! Também Páris? E encharcado de sangue? Oh! que hora dura teve
culpa deste acontecimento lamentável? A senhora se mexe.
Nesse momento acordo.
— Ó meu bom frade, onde está meu senhor? Sei muito bem onde eu devia estar, onde me
encontro. Mas onde está Romeu?FREI LOURENÇO - Ouço bulha. Saí, senhora, desse ninho de morte, de contágio e sono contrário à
natureza. Uma potência por demais forte para que a vençamos frustrou nossos intentos. Vem, bem logo!
Teu marido em teu seio se acha morto; Páris também. Vem logo; vou levar-te para um convento de
piedosas freiras. Não percas tempo com perguntas; vamos; a guarda está chegando vamos
— Vai, que eu daqui não sairei jamais.
(Sai frei Lourenço.)
Que vejo aqui? Um copo bem fechado na mão de meu amor? Certo: veneno foi seu fim prematuro. Oh!
que sovina! Bebeste tudo, sem que me deixasses uma só gota amiga, para alivio. Ouço barulho. Preciso andar depressa. Oh! sê bem-vindo, punhal!
(Apodero-me do punhal de Romeu.)
Tua bainha é aqui. Repousa ai bem quieto e deixa-me morrer.
As cortinas se fecham e escutamos os aplausos.
Quinze minutos depois todos estão me dando os parabéns pela peça quando Dylan se aproxima:
—Ei Clar posso falar com você um minuto?
—Claro.
Vamos até um canto mais afastado e ele me fala:
—Queria dizer que você foi muito bem na peça.
—Valeu você também foi muito bem.
—Obrigada eu queria saber se você queria é ....
—Se eu queria?
—Sair comigo amanhã.
Meu olhos se arregalam com tal pergunta mas um singelo sorriso aparece no meu rosto e então respondo:
—Claro eu adoraria!
—Ótimo amanhã no parque as três.
—Ok.
—Certo te vejo lá.
—Tá tchau.
E ele sai deixando uma Clary paralisada com um sorriso bobo no rosto quando Izzy chega e pergunta:
—Iai o que ele queria?
—Ele me convidou pra sair.
Izzy e eu na mesma hora vibramos nem nos importando que estivesse cheio de gente em volta.
—Olha eu preciso da sua ajuda amanhã lá em casa 1:30 sem atraso.
—Ok.
E assim vou pra casa com a peça dos sonhos realizada e um encontro marcado com o meu Romeu!Roupa do Dylan
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Tinha que ser assim
RomanceClary uma menina de 16 anos que nunca se apaixonou , literalmente esbarra em seu futuro amor no primeiro dia de aula. Mas será que esse amor será forte o suficiente pra aguentar um acordo?