Love Through History

Capítulo II

Meu povo, não esqueçam de dar estrelinha.

De antemão só avisando que não sou historiadora então caso eu fale alguma bobagem relevem, porque isso daqui é ficção. Os museus citados existem mesmo em Alberta. E é isso. Espero que curtam.

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A semana passou voando para a Gibson, tudo aconteceu conforme sua agenda. Deu aulas, palestrou na Universidade de George Brown, teve reuniões com toda a equipe de professores do departamento de história e conseguiu escrever alguns capítulos do romance que alguns meses já vinha ganhando forma. Apesar de ter sido uma correria esses dias, a jovem chegava em casa sempre satisfeita, seu cansaço era mais mental mas nada que uma boa noite de sono não resolvesse.

Seus amigos até tentaram fazê-la sair na quarta feira para um bar, era dia de jogo do time que torcia o Toronto Raptors, porém ela não quis ir, com a justificativa de que sempre que assistia aos jogos o seu time perdia. No final ela aproveitou para descansar, assistiu um filme bem sessão da tarde e logo dormiu.

A professora tinha se acostumado a ficar só, sentia que a solitude desde muito cedo lhe pertencia. Esse sentimento se devia a perda dos seus pais quando tinha 9 anos de idade. Seu pai era historiador e arqueólogo assim como ela e sua mãe era linguista apesar de ter largado a profissão quando a teve.

Infelizmente não tinha irmãos, talvez por isso durante sua infância brincava tanto com o imaginário, tudo bem que seu pai ajudou muito nisso, sempre contava histórias de suas expedições, lhe apresentava todos os artefatos que conseguia trazer dos lugares que viajava e todo dia antes de dormir ele lia algumas páginas de Ilíada.

Sua mãe era uma figura bela, altiva e alegre, não parecia se arrepender de ter largado a profissão para cuidar da pequena Waverly, pelo contrário, ela amava ficar com a filha, sentia que só assim conseguia minimizar o vazio que seu pai deixava sempre que passava meses viajando.

Quando ficou órfã, pareceu que seu mundo tinha desmoronado, mesmo sem entender o quanto aquilo iria impactar em sua vida pelos próximos anos, a jovem que ficou com os cuidados da sua única tia, logo conseguiu se reerguer. As lembranças dos pais por mais que existentes somente por 9 anos foram todas muito bem vívidas e era nisso que a jovem se apegava.

A saudade deles tinha atingido em cheio essa semana, quando isso acontecia, ela sempre via algum álbum de fotos ou alguns vídeos que seu pai fazia nas suas expedições. Acreditava que estava se sentindo toda essa ansiedade misturada com saudade porque faltava 1 dia para sua primeira excursão e toda vez que lembrava, se perguntava o que seu pai lhe daria de conselho.

No dia seguinte a frustrante ligação com a guia turística, ela ligou para o responsável dela, que diferentemente da ruiva a tratou super bem. Esclareceu todas suas dúvidas mas claro no final da ligação não deixou passar batido como sua funcionária tinha falado com ela. O senhor disse que não era do feitio dela mas que iriam conversar. Depois de ficar algumas horas conversando com ele, a jovem até se animou para a excursão, tinha boas expectativas.

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A Gibson tocou os pés no piso de madeira gelado, a luz que atravessava o quarto pela fresta da cortina iluminando o quarto e o alarme que tocava na cabeceira direita ao lado da sua cama indicavam que mais um dia amanheceu.

Ela coçou os olhos e se espreguiçou, estava acostumada a acordar cedo, então não era uma dificuldade se levantar. Caminhou até seu banheiro, lavou o rosto e deu início a sua higiene matinal.

Diferentemente das outras sextas feiras, ela não estava se arrumando para dar uma palestra tampouco dar aulas na universidade, o dia de viajar para Calgary tinha chegado. Apesar de ser uma viagem de três dias, havia muita expectativa por parte dela, pois era sua primeira vez com seus alunos em um outro Estado e fazendo o que mais ama.