Era nove horas e as crianças estavam deitados juntos no colchão que Christopher tinha colocado na sala já que eles queriam tanto dormirem juntos.
- O que acha de contarmos histórias de terror? —Malú pergunta sorrindo.
- Mas eu tenho medo. —Arthur cruza os braços.
- Então você é um bebezão. —Lana diz se deitando no colchão.
- Não sou bebezão. Você que é.
- Podemos brincar de fazer desafios assustadores. —Benjamin diz enquanto pegava seu copo de achocolatado.
- É incrível o jeito que eles falam como se nós não estivéssemos aqui. —Chris fala olhando os amigos.
- Isso que eu estava pensando. —Angel arruma Dulce no colo e tira a mamadeira da boca da filha. — Prontinho. Acabou, anjo.
- Uh, não, mamãe. —Dulce diz com sua voz manhosa. — Quero mais. —Coçou um olhinho.
- Seu soninho está chegando, bebê. —Angel beija a testa da filha.
- Crianças nada de coisas assustadoras. E filha, não chame seu primo de bebezão mesmo todos vocês sendo. —Poncho fala olhando eles.
- Vocês não vão dormir? Está tão tarde para vocês estarem acordados. —Malú olhava eles.
- Ao contrário, mocinha. Vocês que deveriam estar dormindo. —Ucker levanta. — E eu não quero nenhum de vocês gritando de medo pela casa, escutaram!? Não é para falarem nada assustador, principalmente você, Malú.
- Tá, papai.
- Vish! Ela concordou rápido. Então já sabem, eles vão aprontar essa noite. —Any conhecia muito bem essa miniatura.
Christopher pegou Dulce no colo e olhou mais uma vez sua filha mais velha.
- María Luiza, se comporta.
- Eu sei, papai. —A mesma sorriu.
- Eu já vou subir. Vamos, amor? —Angel se levantou também.
- Sim. Vocês vão ficar? —Ucker pergunta aos amigos.
- Só mais um pouco. Vamos ficar de olho nas crianças. —Poncho responde.
- E claro, precisamos ver o final desse desenho. —May fala observando a televisão ligada.
Eles deram risada e Christopher subiu para o quarto junto da esposa e a filha.
- Ainda bem que a Dulce não vai ficar com nós. Ela sempre estraga tudo.
Anahí encara a sobrinha ao escutar. Malú sempre adorou a irmã mas ultimamente tentava a excluir em certos momentos. Isso não poderia ser ciúmes, ou poderia?
∆∆∆∆∆∆∆∆
Arthur desce devagar os degraus da escada e sorri para os primos.
- Eles já foram!
- Eba! A casa é toda nossa. —Malú se levanta animada. — Estão prontos?
- Tem certeza disso?
- Claro! Vai amarelar agora, bobão? —Malú provoca o irmão.
- Não, bobona. —Ben se levanta também.
Lana pega as duas lanternas que havia escondido debaixo do seu travesseiro e aproxima dos primos.
- Então, vamos!?
- Vamos! —Malú e Arthur falaram juntos.As crianças saíram sem fazer barulho da casa e as meninas ligaram as lanternas enquanto os meninos seguravam duas cobertas.
- Shii. —Lana fecha a porta silenciosamente.
- Shii. —Arthur a imita fazendo Benjamin rir baixo.
Eles começaram a andar evitando o máximo de barulho possível.
- Acho que deveríamos ter pegado almofadas.
- Não tem problema. É só nós tirar nossas jaquetas e fazer elas de almofada. —Lana diz prestando atenção no caminho.
Não demorou muito para chegarem aonde tanto desejavam. Na casa da árvore. Eles entraram na mesma e sorriram vitoriosos.
- Nosso plano deu certo!
- Gente, olha. —Benjamin joga a coberta no chão e logo tira quatro biscoitos de dentro do bolso da sua jaqueta. — Estão com fome?
- Eu quero. —Arthur diz enquanto pegava.
As meninas deram risada. Malú fecha a portinha da casa e encara eles.
- Vamos animar nossa noite. —Malú sorriu. — As histórias de terror vai começar.
Eles sentaram no chão e se cobriram.
Enquanto eles contavam suas histórias, os adultos descansavam pensando que os anjinhos se comportavam.
- Papai, eu quero a Malú. —Dulce diz subindo em cima do pai após ter acordado.
- Você vai mimir agora, bebê.
- Mas a Malú não deu beijinho, papai.
- Amor, ela não vai dormir até ver a María Luiza. —Angel se senta na cama. — Sabe que ela é apegada com a irmã.
- Eu sei. —Ucker se senta com a bebê no colo. — Ei, manhosinha. Sua irmã deve estar mimindo. Amanhã ela te dá vários beijinhos, ok?
Dulce começa a chorar. A mesma estava manhosa, principalmente por causa do sono. Ela só havia dormido um pouco.
- Filha, calminha. —Ucker levanta e a deita em seu colo. — Meu amor, não chore.
Christopher tentava acalmar a criança. Angelique suspirou cansada e logo se levantou também.
Não demorou muito para acalmar a filha e feito ela dormir. Christopher esperou sua esposa dormir também para poder sair do quarto.
Ao descer o mesmo observou a sala vazia e foi em direção a cozinha.
- Malú aprontou. Certeza.
Ele diz baixo e começou a procurar as crianças pela casa, no andar de baixo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Recomeço - 2° temporada/Concluída
FanficSe passaram mais quatro anos após a triste tragédia que ocorreu com Dulce María e tudo havia mudado mas a lembrança da mesma nunca deixou de existir. Christopher se casou com Angelique e tiveram uma filha que foi homenageada pelo nome Dulce, o que f...