Capítulo 3

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Era nove horas e as crianças estavam deitados juntos no colchão que Christopher tinha colocado na sala já que eles queriam tanto dormirem juntos.

- O que acha de contarmos histórias de terror? —Malú pergunta sorrindo.

- Mas eu tenho medo. —Arthur cruza os braços.

- Então você é um bebezão. —Lana diz se deitando no colchão.

- Não sou bebezão. Você que é.

- Podemos brincar de fazer desafios assustadores. —Benjamin diz enquanto pegava seu copo de achocolatado.

- É incrível o jeito que eles falam como se nós não estivéssemos aqui. —Chris fala olhando os amigos.

- Isso que eu estava pensando. —Angel arruma Dulce no colo e tira a mamadeira da boca da filha. — Prontinho. Acabou, anjo.

- Uh, não, mamãe. —Dulce diz com sua voz manhosa. — Quero mais. —Coçou um olhinho.

- Seu soninho está chegando, bebê. —Angel beija a testa da filha.

- Crianças nada de coisas assustadoras. E filha, não chame seu primo de bebezão mesmo todos vocês sendo. —Poncho fala olhando eles.

- Vocês não vão dormir? Está tão tarde para vocês estarem acordados. —Malú olhava eles.

- Ao contrário, mocinha. Vocês que deveriam estar dormindo. —Ucker levanta. — E eu não quero nenhum de vocês gritando de medo pela casa, escutaram!? Não é para falarem nada assustador, principalmente você, Malú.

- Tá, papai.

- Vish! Ela concordou rápido. Então já sabem, eles vão aprontar essa noite. —Any conhecia muito bem essa miniatura.

Christopher pegou Dulce no colo e olhou mais uma vez sua filha mais velha.

- María Luiza, se comporta.

- Eu sei, papai. —A mesma sorriu.

- Eu já vou subir. Vamos, amor? —Angel se levantou também.

- Sim. Vocês vão ficar? —Ucker pergunta aos amigos.

- Só mais um pouco. Vamos ficar de olho nas crianças. —Poncho responde.

- E claro, precisamos ver o final desse desenho. —May fala observando a televisão ligada.

Eles deram risada e Christopher subiu para o quarto junto da esposa e a filha.

- Ainda bem que a Dulce não vai ficar com nós. Ela sempre estraga tudo.

Anahí encara a sobrinha ao escutar. Malú sempre adorou a irmã mas ultimamente tentava a excluir em certos momentos. Isso não poderia ser ciúmes, ou poderia?

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Arthur desce devagar os degraus da escada e sorri para os primos.

- Eles já foram!

- Eba! A casa é toda nossa. —Malú se levanta animada. — Estão prontos?

- Tem certeza disso?

- Claro! Vai amarelar agora, bobão? —Malú provoca o irmão.

- Não, bobona. —Ben se levanta também.

Lana pega as duas lanternas que havia escondido debaixo do seu travesseiro e aproxima dos primos.

- Então, vamos!?
- Vamos! —Malú e Arthur falaram juntos.

As crianças saíram sem fazer barulho da casa e as meninas ligaram as lanternas enquanto os meninos seguravam duas cobertas.

- Shii. —Lana fecha a porta silenciosamente.

- Shii. —Arthur a imita fazendo Benjamin rir baixo.

Eles começaram a andar evitando o máximo de barulho possível.

- Acho que deveríamos ter pegado almofadas.

- Não tem problema. É só nós tirar nossas jaquetas e fazer elas de almofada. —Lana diz prestando atenção no caminho.

Não demorou muito para chegarem aonde tanto desejavam. Na casa da árvore. Eles entraram na mesma e sorriram vitoriosos.

- Nosso plano deu certo!

- Gente, olha. —Benjamin joga a coberta no chão e logo tira quatro biscoitos de dentro do bolso da sua jaqueta. — Estão com fome?

- Eu quero. —Arthur diz enquanto pegava.

As meninas deram risada. Malú fecha a portinha da casa e encara eles.

- Vamos animar nossa noite. —Malú sorriu. — As histórias de terror vai começar.

Eles sentaram no chão e se cobriram.

Enquanto eles contavam suas histórias, os adultos descansavam pensando que os anjinhos se comportavam.

- Papai, eu quero a Malú. —Dulce diz subindo em cima do pai após ter acordado.

- Você vai mimir agora, bebê.

- Mas a Malú não deu beijinho, papai.

- Amor, ela não vai dormir até ver a María Luiza. —Angel se senta na cama. — Sabe que ela é apegada com a irmã.

- Eu sei. —Ucker se senta com a bebê no colo. — Ei, manhosinha. Sua irmã deve estar mimindo. Amanhã ela te dá vários beijinhos, ok?

Dulce começa a chorar. A mesma estava manhosa, principalmente por causa do sono. Ela só havia dormido um pouco.

- Filha, calminha. —Ucker levanta e a deita em seu colo. — Meu amor, não chore.

       Christopher tentava acalmar a criança. Angelique suspirou cansada e logo se levantou também.

          Não demorou muito para acalmar a filha e feito ela dormir. Christopher esperou sua esposa dormir também para poder sair do quarto.

   Ao descer o mesmo observou a sala vazia e foi em direção a cozinha.

- Malú aprontou. Certeza.

       Ele diz baixo e começou a procurar as crianças pela casa, no andar de baixo.

O Recomeço - 2° temporada/ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora