Sangue de Demônio

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Mary estava desesperada, ela olhava pra tudo naquela sala menos no olhos do capitão, ela estava tentando pensar em uma forma de se livrar daquela situação mais nenhuma idéia vinha a mente, ela estava a ponto de ter um ataque, seu coração batia desenfreado fazendo parecer que havia corrido uma maratona, estava começando a ter dificuldade pra respirar, e suas mãos tremiam agarradas ao lençol.

E agora? O que ela faria? Ela não podia falar tudo de uma vez, era muita loucura, até prós padrões do Novo Mundo. Barba Branca olhava para a mesma a espera de uma resposta e aprecia que não iria deixar passar.

- O que você quis dizer com isso Mary? - Perguntou ainda curioso, a menor voltou seus olhos pro mesmo os desviando para baixo rapidamente.

Ela abria e fechava a boca a procura de palavras, tentava falar mais não conseguia, as palavras estavam presas em sua garganta por conta do nervosismo. Ela respirou fundo, tentando controlar seus batimentos cardíacos e sua respiração. Quando de repente, a porta da infermaria se abriu, ao olharem, viram Ace indo na direção deles.

- Você se decidiu filho? - Perguntou Barba Branca, Ace soltou um suspiro e se sproximou de ambos.

- Ace? O que você tá fazendo aqui? - Questionou a mais nova.

- Vim doar meu sangue... - Respondeu. Nesse momento a boca da mais nova se abriu formando um O perfeito de tamanha surpresa, ela não imaginava que ele iria fazer aquilo...

Horas atrás...

Ace estava na infermaria conversando com Mary e Thatch sobre coisas banais e até sem sentido, quando uma infermeira se aproximou e o chamou pra conversar, após eles se afastarem do cozinheiro e da menor iniciaram a conversa.

- Sobre o que você quer falar? - Perguntou o sardento confuso e ao mesmo tempo curioso.

- Bem, enquanto olhávamos os registros dos membros a procura de uma doador para Mary, descobrimos que somente uma pessoa é compatível... - Iniciou a infermeira.

- Só um? Isso é inesperado... Mais porque você tá falando disso comigo? Não deveria ir falar com o Marco ou com esse membro? - Perguntou ainda mais confuso.

- É por que esse membro é você comandante... - Respondeu a infermeira, em seguida a expressão de Ace mudou de confuso para surpreso de depois pra raiva e medo.

- Como assim? Só eu sou compatível? Deve ser um engano. Não, só pode ser um engano! - Falou se alterando um pouco, como assim só ele era compatível? Como? Porque? Não podia ser, ele não podia doar sangue para ela, ele era um erro, o sangue que ele carregava era impuro e ela não merecia ter o mesmo sangue que um demônio.

- Se acalme comandante, estamos revendo os registros para confirmar, mais o que tudo indica, você é o único... - Disse a infermeira, Ace ficou parado pensando sobre, ele não sabia o que fazer ou falar, só ele poderia doar sangue pra ela? Mais ninguém poderia fazer aquilo? Ele não poderia fazer aquilo, não que ele não quisesse ajudar, ele tinha medo...

O que ela faria se soubesse quem ele era? Se ele doasse o sangue e depois ela descobrir que aquele sangue é do filho do Rei dos piratas? Ela o odiaria, talvez até o denúncia-se pra marinha! Eram várias as possibilidades, e ele não gostava de nenhuma delas.

Após a conversa a infermeira disse que o tempo deles havia acabado e após se desperdirem da mais nova, ele e Thatch saíram da infermaria retomando as suas atividades. O cozinheiro percebeu a mudança do sardento mais não conseguiu fazer o mesmo falar o porque da mudança.

Durante o resto da tarde, Ace esteve aéreo, ele não sabia o que fazer, toda vez que pensava em ir até a infermaria e doar o sangue que Mary precisava, uma voz o dizia pra não ir, que ele estaria a impregnando com aquele sangue imundo, e que se ela descobrisse iria o odiar. Ace não demonstrava, mais tinha criado um carinho especial pela mesma, um carinho que ele só tinha com seu irmãozinho Luffy, eles sempre estavam brigando ou discutindo, mais nada do que ele falava era verdade. Quando ele soube do que aconteceu a mais nova, teve vontade de encontrar o responsável por machuca-la pra tortura-lo e o fazer se arrepender de ter nascido.

Mudando o futuro (Em Reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora