IV - Desvendando Mistérios

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Quando Pedro e Laísa entraram em seu quarto, ela se aproximou da cama para pegar seu bloco de notas e ver a escrita. Porém, quando a viu, o nome de Bernard havia sido apagado e, no lugar, estava o de Pedro.

— Pedro. — Chamou-o e mostrou-lhe o que havia visto. Ele arregalou os olhos, espantado.

— Quer dizer que eu vou ser o próximo a morrer? — Falou, em um tom um pouco desesperado.

— Acalme-se. Nós ainda podemos ir embora. — Pedro balançou a cabeça em concordância. Portanto, ele foi para seu quarto, enquanto ela pegava sua mochila para colocá-la nas costas.

Depois, Laísa desceu a escada a fim de esperá-lo em frente à casa. Quando percebeu que ele estava ao seu lado, segurando as chaves de seu carro, começaram a caminhar em direção ao veículo.

— Hora de dar o fora daqui. — Disse Pedro, clicando no botão que ligava o automóvel. Porém, não surtiu efeito.

— Acho que essa casa não quer que nós saiamos dela. — Laísa a fitava, com uma expressão de dúvida.

— Ou o carro que deu defeito. — Ele suspirou, quando viu a expressão dela, agora, incrédula. — Bem, o que sugere que nós façamos?

— Nós temos que pesquisar sobre essa casa.

— Como assim? — Laísa demonstrou um sorriso que apenas ele reconheceria a quilômetros de distância. Quando Pedro viu onde ela queria chegar, logo arregalou os olhos e balançou a cabeça em negação.

- Não, Laísa. Aquela área está proibida.

— Não temos escolha, Pedro. Esse é o único jeito de descobrirmos o que há com essa casa e, talvez, o único jeito de salvarmos nossos amigos, incluindo você. — Então, ele, aos poucos, foi cedendo.

— Tudo bem. — Assim, voltaram para a residência.


Então, subiram a escada, determinados, mas, ao mesmo tempo, receosos, e seguiram em direção à porta proibida. Eles se aproximaram e começaram a arrancar as faixas, jogando-as no chão. Depois do trabalho árduo, enfim, entraram.

Eles arregalaram seus olhos, quando viram que era uma biblioteca pequena, a qual continha prateleiras velhas e armários desgastados com vários livros e pastas antigos e aparentemente conservados, apesar do tempo que poderiam ter passado ali.

Eles arregalaram seus olhos, quando viram que era uma biblioteca pequena, a qual continha prateleiras velhas e armários desgastados com vários livros e pastas antigos e aparentemente conservados, apesar do tempo que poderiam ter passado ali

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— Procure nos arquivos dali, que eu procuro nos daqui. — Disse Pedro. 

Então, começaram a pegar várias pastas e a vasculhar papéis antigos.

— Achei alguma coisa. — Laísa falou. Então, Pedro parou sua pesquisa para poder olhá-la e prestar atenção. — A casa parece estar amaldiçoada por lendas e esses seres matam todas as pessoas que entram nela. — Ele ouviu as palavras dela diligentemente, portanto, chegou a uma conclusão.

— Por isso que nós não conseguimos sair daqui. — Ela balançou a cabeça em concordância.

— E, além disso, ela recolhe a alma das pessoas para assim se manter viva. — Eles ficaram surpresos.

— Então, você acha que existe possibilidades de Alicia e Bernard ainda estarem vivos?

— Sim, mas com a alma deles presa em algum lugar nessa casa.

— Você fez bem, Laísa. — Ela arqueou a sobrancelha. — Em virmos até aqui. — Então, sorriu. 

Depois, eles guardaram tudo nos armários. No final, Laísa pareceu sentir algo diferente percorrer seu corpo. Ela apenas confirmou quando se virou para olhá-lo, pois ele parecia vê-la, embora não realmente, como se ela tivesse virado um fantasma.

— Pedro. — Disse uma voz feminina atrás deles, cuja dona estava parada no vão da porta. Quando olharam, Laísa arregalou seus olhos, pois notou que era sua cópia.

— Laísa?! — Perguntou Pedro, incrédulo e confuso. — Mas como você foi parar aí?

— Sh... — Dizia a cópia de Laísa, enquanto colocava seu dedo indicador nos lábios dele. — Tudo vai ser explicado a seu tempo. Agora, eu preciso te confessar uma coisa. — Apesar de ser uma cópia, ela havia interpretado corretamente como a verdadeira faria, pois tinha falado com receio, ao mesmo tempo que se enchia de coragem.

— Pode confessar. — Disse Pedro, com seus olhos em expectativas.

— É um segredo que eu guardava há muito tempo. — Eles se entreolharam, enquanto a Laísa verdadeira os observava.

— Não, por favor, não conte isso a ele. — Pensou.

A sua cópia pegou a mão de Pedro e disse o que a verdadeira mais temia. 

— Eu estive pensando sobre meus sentimentos e percebi que gosto muito de você. — Ela colocou sua mão na boca, espantada, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

— Eu já sabia disso, Laísa. — Ele sorriu de canto. Embora estivesse chorando, a verdadeira ficou chocada pela sua confissão.

Algum tempo depois, as suas cabeças iam se inclinando e Laísa percebeu que sua cópia e ele iriam se beijar. Então, ela correu para impedir, porém, com um simples movimento de mão pela falsa Laísa, ela foi arremessada para trás e se chocou com os armários, o que fez eles se movimentarem e Pedro olhasse para trás. No entanto, quase ao olhar realmente, ela o virou, e, então, eles se beijaram.

— Não! — Apesar de estar dolorida, Laísa gritou. Porém, não havia surtido efeito para Pedro, apenas para sua cópia, que o abraçou, enquanto a encarava e sorria de deboche.

— Agora, ele é um dos nossos. — Laísa entrou em choque e se sentou. À medida que seus joelhos se dobravam, ela apoiava sua cabeça em um dos armários, enquanto choramingava silenciosamente. Entretanto, ao mesmo tempo, já bolava um plano em sua cabeça, pois não se aceitaria se perdesse Pedro para sempre.

Após, eles saíram daquele cômodo, deixando-a sozinha. Determinada, levantou-se e seguiu em direção a um lugar, para, enfim, depois de pensar muito, executar seu plano.

[Short History] A Lendária Casa Mal AssombradaOnde histórias criam vida. Descubra agora