A garota estava determinada em chegar logo em seu destino, queria contar a amiga sobre o ocorrido, ela assim esperava que seus pensamentos em relação aquele menino que ela nem sequer sabia o nome fosse passageiro.Enquanto pedalava pelas ruas de Weaver, notou que o tempo na cidade ensolarada estava querendo se fechar, para um temporal. A loira pedalou o mais depressa que pôde, para tentar escapar dessa chuva vindo. O que ela nem fazia ideia era que essa chuva não chegaria hoje, talvez quando o gurdião da cabana soubesse que chegou o momento de um novo ciclo se iniciar.Apolline desceu da bicicleta, a encostando na parede, passou a mão nos cabelos loiros em parte azul, respirou fundo e ficou a observar a vista. Um estacionamento bem grandinho do outro lado da rua com uns dois carros parados, voltando a atenção ao local que havia chegado, que tinha uma cor de lavanda, uma porção de janelas e uma porta roxa, tinha também uma placa grande o suficiente para se ler Celestine's.
A confeitaria da cidade era bem graciosa, atraía as pessoas por vários motivos como a boa localização, quase que no centro da cidade e seus doces eram os mais saborosos e com uma excelente aparência. Além de tudo isso, a dona Reaven Jersey pode ser considerada como a pessoa mais bem humorada de todos ali, com seu jeito carismático e sorriso cativante.Era até estranho uma moça tão gentil ter amizade com Apolline, uma garota que não gostava de padrões, tampouco de conversar com outras pessoas, mas, isso tudo é bem justificado já que Reaven e Apolline são melhores amigas desde sempre e a própria Reaven sabia mais do que ninguém os motivos dela ser assim, odiar principalmente o amor.
Depois de um tempo observando o estacionamento quase que vazio, Apolline Wright decidiu entrar e comer alguma coisa.— Trouxe Pizza? — perguntou uma garota, de estatura mediana, cabelos ondulados e cor de rosa.— Eu esqueci, tive um problema com um garoto.— Apolline Grace, que garoto? Eu conheço? Será que agora você para com essa besteira de odiar tudo que vem do sexo oposto?— É aquele que me afrontou e se meteu em nossa conversa.- respondeu ela revirando os olhos.— Hmm. — Reaven estava se lembrando do que o garoto disse, que sua amiga o fascinava.— Não venha com Hmm, olha só o que ele me fez? — disse ela se afastando do balcão, para que a amiga pudesse ver o estrago de seu vestido.— Nem foi tão ruim.- Comentou Reaven com um sorriso, para se mostrar otimista. — Ele parece que quer tentar ser seu amigo ou algo, além disso.
— E é desse jeito que se faz amizade? Me sujando de tinta, francamente Reaven. — parou de falar, enquanto olhava para seu vestido. — Eu pensei que estaria do meu lado.— Ah! Meu deus, você precisa parar de pensa que todos os garotos querem te fazer mal.— Eu bem que gostaria, sabe quando você tenta fazer um bolo e dá errado, logo você tenta e tenta de novo só que sempre da errado. Vai continuar fazendo o bolo? Ficando no prejuízo dos ingredientes?- quis saber ela.— Eu não.— É a mesma coisa. — suspirou a loira. — Eu não vou ficar tentando fazer um bolo que dá sempre errado.Ela estava com medo de se machucar novamente, havia criado uma espécie de escudo contra sentimentos e prefere se afastar quando parece que algo começa a surgir em seu coração.
— Então me conta, sobre o garoto da motocicleta. — perguntou Reaven que andava entre as mesas com uma bandeja de cupcakes, servindo os clientes, ela logo retornou para junto da amiga.— Ele deve ter pensado que sujar meu nariz ganharia minha amizade, eu também o sujei. — respondeu ela com um sorriso.— Carl, me traz um chocolate? — o senhorzinho de cabelos brancos como as nuvens fez que sim com a cabeça, entregando um enorme pedaço de bolo de chocolate a ela.— Já trago também seu milk-shake.- Respondeu o senhorzinho de forma gentil.Reaven se senta em um dos bancos ao lado dela, querendo saber mais sobre o garoto, de onde ele viera, qual seu nome, por qual motivo estava em Weaver e se ele ficaria muito tempo. Enquanto sua bela amiga, pouco se importava quem era ele e o que estava fazendo ali.
— Então você o sujou? Como foi? Se divertiram em meio o colorido? — brincou ela.— Se jogar um balde de tinta na cabeça dele você considera que é diversão ao colorido.Aquelas palavras saíra friamente da boca dela, fazendo sua amiga respirar fundo para que não pudesse surtar. Carl retorna com o milk-shake de chocolate e uma fatia de bolo.— Esse bolo é muito bom. — Apolline esperava mudar de assunto, quando o Josh entra na confeitaria. A menina sentada se ergue para ver se logo viria atrás o garoto com quem cruzou mais cedo e falhou, já que ele não estava presente.
Josh entrou sozinho, com um belo arranjo de jacintos e ela estava com uma certa curiosidade para saber a quem aquelas flores estavam endereçadas.— Reaven? Oi! Apolline. — ele entrou um tanto sem jeito e deixou as flores no banco, do lado esquerdo da Apolline.— Hey Josh, para quem são?— Apolline.— Espera um pouco, por quê? Quem mandou? — com a boca cheia de bolo, seu desespero, ela queria saber quem havia mandado aquelas flores, as flores que significavam um pedido de desculpas em alguns lugares do mundo.— Wow, calma sua gulosa. — Josh estava brincando apenas e esperou a menina de nariz azul terminar de comer.— Aqui nem tem nada escrito. — ela pegou o ramalhete de jacintos roxos e começou a observar atentamente.
Assim que ela procurava um cartão ou qualquer coisa, Josh se afasta, indo falar com a Reaven que estava um pouco afastada, observando a amiga com aquelas flores.— Eu também queria umas. — brincou ela— Te darei quantas quiser.— Ah! Josh. Eu sei para quem você gostaria de dar as flores. — piscou ela. E ele, para mudar assunto comentara sobre Noah, ainda que indiretamente.— Ree, meu amigo chegou na cidade e logo vai inaugurar sua loja, ele meio que não conhece muita gente e eu estou convidando as pessoas. É bom que ele já conhece todos de uma só vez e a Apolline também está convidada. — apontou para ela com a cabeça.
— Achei. — ela veio em direção aos dois com um cartão em mãos que dizia o seguinte:''Eu sinto muito pelo ocorrido com as tintas, espero vê-la em breve''
Ao ler aquele bilhete, Apolline amassa o cartão e joga numa lixeira próxima.— E diga para ele que eu fiquei sim, com os jacintos.Ela estava achando tudo aquilo uma coisa péssima, detestando aquele cara que parece querer resolver as coisas. Tantas garotas na cidade e ele fora querer ter alguma coisa logo com a mais dificil de todas, bem como dizem que a rosa mais espinhenta de uma roseira, é a mais formosa de todo o jardim.

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Planos do acaso
RomanceUma maldição. Um assassino. Um ciclo vicioso. Eis a história daquele que estava predestinado à unir duas almas incompatíveis, para redenção de seus pecados ao plano mundano. Será possível que Apolline Grace caia nas tentações misteriosas que o desti...