Planos do acaso

Capítulo 7

Fingir não se importar com alguém é uma tarefa impossível quando esse alguém é a pessoa que seu coração decidiu amar, Noah estava sentindo-se imcompleto aquela manhã, algo faltava e ele sabia que quando sentia assim, uma caminhada, espairecer um pouco e quem sabe iria compôr alguma de suas canções. E pensar que depois de tudo que ouviu, viu na noite anterior, seu coração ainda dizia que aquela história não se dera por terminada e de uma coisa ele sabia, o russo havia feito algo ruim com Apolline, de tal forma que afetou profundamente, afinal de contas ele nunca havia a visto chorar e numa brincadeira boba, chegou a duvidar se aquilo fosse realmente possivel.

Se amanheceu neblinado para Noah, para Apolline não diferiria, uma neblina estranha que surgia atrapalhando seus coloridos pensamentos, a neblina, o desânimo, a falta de inspiração. Tudo como se faltasse algo a que pudesse ser completado, recém-chegado à cidade, ainda não conhecia a floresta ou ao menos parte dela e ao que ouviu dizer por entre as pessoas, havia de ser um lugar estranhamente misterioso e solitário. Mistério era uma de suas palavras favoritas, embora sabia que esse mistério seria o toque que faltava para o seu dia ganhar cor outra vez.

Determinado a sair de casa, conhecer novos lugares o que signficaria que ele iria à floresta e provavelmente tinha um leve interesse na misteriosa cabana. Talvez ele pudesse a fazer uma música sobre isso, Noah é daquelas pessoas que se apenas respirar, está escrevendo poesias, compondo músicas e hoje, nada dessas coisas ele conseguia fazer. Sua mente não pensava em outra coisa que não fosse Apolline, não de um jeito bonito e romântico, mas de um jeito demasiadamente preocupante.

Enquanto saía de casa apressadamente, não conseguia pensar em muita coisa que não fosse a floresta, a cabana ou qualquer outra coisa. E seus olhos sequer notara que uma nuvem escura parecia se aproximar cada vez mais da cidade, exatamente como nos primeiros dias de sua chegada ali. Nuvens escuras encobrindo o céu, um sopro de vento gelado e o tinlintar das àrvores quando tivera suas folhas sendo balançadas de um lado para o outro. O frio tomava conta do lugar e Noah, ignorando aquela brisa, senta-se ao fim de uma árvore grande e robusta, seu caderninho em mãos, sua mente vazia agora não para de brotar ideias, talvez estivera pensando em fazer uma poesia a respeito do clima gélido do lugar. Nunca saberemos.

Na floresta, Noah escrevia. Na cidade Apolline desenhava, não que ela fosse a maior e melhor artista do planeta, tampouco fora soberba com seu talento. Apesar de todo o ego que possuía, a moça era modesta com seus rabiscos. Seus pensamentos logo após a chegada de Erik Pavlovasky perturbou todos os seus sentidos, ela com toda certeza não mais o amava, o que deixa o Noah em uma certa vantagem, contudo, Apolline não gostava do Noah, não queria gostar dele nem por um segundo.

— Line?

—Oi! Josh, eu estou.

— Quieta. — respondeu ele, o tom de preocupação cabia em sua voz e sem olhar para ele, Apolline responde.

—- Eu não posso simplesmente ficar quieta um segundo? O que vocês têm que nós precisamos sempre estar tagarelando? Francamente! eu não posso ser aquilo que esperam de mim, por isso vivo do meu jeito e o que veio fazer aqui? — indagou ela, embora não soubesse, Josh havia notado haver algo errado e ele próprio conhecia a história de Line, apenas não achava necessário do Noah saber daquilo, se ele teria que saber, deveria ser ouvido dela e não dele.

 —- Eu soube do Erik. Como você está? — agora em silêncio, o homem puxa uma cadeira, sentado-se ao lado de Apolline, seus olhos acastanhados logo se voltaram à belissíma pintura, havia tempos que ela não tocara em pintura, se dedicava mais à livraria/biblioteca — não sei bem como definir isso — de sua familia. A arte sempre correu nas veias dos Wright, embora Apollo Wright fora o único que não tinha esse talento para artes e quando falo de arte, seria pintura, escultura, dança, canto, desenho, escrita. Se bem que qualquer prova de retratar seus pensamentos e sentimentos é uma forma de arte, quando se falo com o coração.