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Acordou sentindo uma mão pequena fazendo carinho no meu rosto abro um sorriso quando vejo que é minha prima

- Titia Acorda vai mamãe tá chamando pla comer

Que fofura meu Deus

- Tá meu amor vai andando que a titia já vai tá

Ela saiu do quarto correndo vou mim levanta da cama mim apoio numa mesinha mesmo com dor por causa das costelas eu vou andando devagar até a porta abro ela deixo aberta vou em direção a escada parou um pouco pra recuperar o fôlego e volto a andar desso a escada devagar degrau por degrau isso é uma tortura mais querendo ou não tenho que melhorar rápido não seia onde aquele fdp está mais não demora muito ele aparece

Falando no diabo a minha raiva só aumenta cada vez mais mais ainda sim o medo uma mistura de sentimentos vazios não sei explica

- Antônio: Que bom que voltou

Ele se aproxima de mim e mim da um beijo na bochecha  sinto nojo pena que foi fraca de mais  ainda  mim seguro na parede já que ficou tonta ele da um tapa na minha cara e puxa meu cabelo e sussurra no meu ouvido

- Antônio: Se você conta algo do que aconteceu para sua tia aquiloo que aconteceu não vai ser nada comparadoao que vou fazer com você e com aquela pirralha

Meus olhos se encheram de lágrimas mais engole o choro não posso ser fraca ficou aflita que ele possa machuca ela não posso deixar não vou permite ele sair de perto de minha bochecha ainda arde do tapa mais escondou a marca com o meu cabelo já que eu estava de moletom assim que chegou na cozinha minha tia vem mim abraça e pedi pra mim sentar mais tô aflita não posso deixar que ele machuque elas

Comemos todos calados cada um foi pro seu lugar eu subir pro meu quarto queria fica sozinha com a minha única melhor amiga minha lâmina

Vou escrever um pouco no meu diário faz tempo que não escrevo nele

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    Temo que em algum momento eu possa fazer algo contra mim. Estar sozinho com meus pensamentos é um risco, ainda mais quando lembranças e sensações se chocam umas com as outras, formando assim um bomba de sofrimento que explode o meu ser.

  Estou abatido, exausto de meus próprios sentimentos, não sei se alguém conseguirá entender o que ando sentindo mas é doloroso o sentido, não tanto para uns mas para mim parece a borda dum precipício. Esse tempo isolado me fez estar mais próximo a mim, junto ao meu ser e aos meus pensamentos, refletindo sobre a vida até mesmo lembranças do passado que tenho vontade de extinguir, mas sinto que é impossível as apagar sem antes eu me destruir.

  Leio romances, escuto músicas, tento fazer alguns deveres e até converso com algumas pessoas, tudo isso para tentar amenizar essa aflição, não irei negar que isso tem me ajudado, mas não o suficiente para interromper a angústia dentro de mim.

  Me sinto frustrado por estar vivenciado isso mais uma vez em minha mente, as sensações e memórias de algo tão infame que me faz querer nunca ter existido. Posso entender sobre o ocorrido a ser recordado primeiro e sinceramente já perdoei, só que ainda me sinto enojado por tal fato. Hoje, do mesmo jeito que o primeiro acontecimento tenho lembranças opacas como se uma névoa cinza tapasse algo, que mesmo tendo pouca visão sinto desprezo, me deixando em completo desconforto,  angustiado, cansado e em prantos. Eu não sei mais o que fazer, não posso acreditar que eu tenha passado por tal coisa por alguém desprezível e impudico, é incômodo, desagradável, sujo e bárbaro. Ainda me questiono motivos que levam alguém agir de maneira imprópria e imoral.

  Sentado em frente ao espelho olhando aos olhos meus minto, do mesmo modo que digo a você afirmou em voz alta a mim que estou bem, com um leve sorriso falso logo vejo minhas lágrimas caírem sem parar e  sinto aquela mesma e repetitiva vontade de me dizimar, meu coração aperta, meu corpo gela e minha cabeça dói, parece que eu nunca vou esquecer, sinto que lembranças sempre vão ocorrer, meu coração sempre vai doer e minha mente me torturar até eu morrer.

  Apenas quero me sentir normal, não tendo mais essa vontade intensa de sumir, não mais chorar e me odiar, ser alguém que não sente mais dor por tais lembranças, quero ser melhor, ser alguém feliz, vivo.

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  Assim que temino meu cll toca sei que é o carrapato mais não quero fala com ninguém e  acabou desligando ele só quero pensar é pensar mais não sei até onde esses pensamentos vão mim levar só quero da um fim nessa dor mais não posso ser egoísta eu os amos de mais

Ficou perdida nós meus pensamentos tenho medo
Mim apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha

Em busca Do Amor Verdadeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora