𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 - 𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋

Um Anjo do Senhor

A pedido e dedicado a eterna Samantha (Sammy), minha amiga sammywinchest3r

Entrei na sala do mapa e logo recebi a revirada de olhos de meu tio, Dean Winchester.

_ Também estou muito feliz em ver você, titio! _ sejo irônica na cada dura.

Podem imaginar meu sufoco. Antes de me mudar para o Bunker, eu vivia aos cuidados de Crowley, no inferno, e até então ele tem sido um pai pra mim. Mas aí Sam, meu verdadeiro pai, resolve que vai começar a agir como tal depois que descobre que a amada demônio dele teve uma filha, Ruby.

_ Sério, até quando ela vai ficar aqui? Já estava sendo criada por Crowley, que ficasse lá!

_ Ela é minha filha Dean! Por tanto, a responsabilidade é minha _ Sam rebateu o irmão.

De certa forma eu gostava de causar essa intriga entre eles, deixa as coisas mais interessantes.

_ Não! Ela é filha daquela filha da puta! Você tá lembrando o que ela te fez fazer, beber sangue de demônio Sam! _ e Dean insistia em jogar na minha cara indiretamente toda a minha situação.

_ Olha como você fala dela, seu imbecil! _ ousei enfrentá-lo.

Eu estava cansada dessa palhaçada toda. Nem sei porque cheguei e vim pra esse lugar, no inferno eu estava mais feliz do que aqui!

_ Rapazes eu... _ uma voz desconhecida chamou nossa atenção, fazendo com que todos olhasse para o portador dela. _ Ah, deveriam ter me avisado da nova... Integrante?

Não vou ser orgulhosa a mim mesma, aqueles olhos chamaram minha atenção.

_ Não, ela tá de passagem _ meu tio começou se novo. _ Provavelmente não vai ficar tanto tempo.

_ Por que não? Vai me matar igual fez com a minha mãe. _ provoquei.

_ Tá, já deu vocês dois! _ meu pai se levanta da mesa, largando o livro.

Eu conseguia sentir todo o ódio de Dean em mim, e eu nem tinha tido a chance de fazer algo para que ele me odiasse direito.

Saio dali bufando, subindo as escadas e indo para fora daquele lugar. Quando finalmente estava sozinha, me sentei no chão mesmo próxima a porta do Bunker e ali fiquei.

Bom, eu estava sozinha, até sentir outra presença, e não era de Sam ou Dean.

_ Não deveria ligar para o que Dean fala, ele não teve uma boa experiência com a sua mãe _ Castiel.

_ Eu não ligo, quem disse que eu ligo? _ agora eu estava mentindo para mim mesma.

Por mais que eu não quisesse que aquilo me afetasse, afetava.

Ouvi os paços de Castiel se aproximarem, até que ele se sentou ao meu lado. Ele não me olhou, apenas admirou a vista a sua frente.

_ O que você é? _ perguntei curiosa.

_ Eu sou um anjo do senhor _ respondeu ele, agora sim me olhando e me lançando um sorriso gentil.

Um anjo, claro.

_ Conheci sua mãe _ continuou. _ Mas não posso dizer que ela era uma boa pessoa, sempre manipulando seu pai a fazer o que ela queria. Mesmo com isso, não vejo maldade em você. Você é uma pessoa difícil, posso sentir, criada sem o amor de uma mãe e de um pai que realmente fosse seu e isso é triste, mas você não é mal. Eu vejo que lá no fundo você pode ser boa, é a sua parte humana se manifestando aos poucos. Você mantém essa parte afastada para não se deixar ser atingida ou se tornar fraca, mas não pode evitar para sempre que você tem uma alma e um coração.

Eu estava perplexa. Como ele pode me interpretar tão bem sem nem me conhecer? Chegava a ser assustar e bom ao mesmo tempo. Pude até me sentir atraída por ele, o que eu não sabia explicar.

Aquele olhar sincero, aquela boca, aquele rosto angelical. Meu Deus!

_ Nossa, você acertou em cheio _ me mantive controlada.

_ É estranho sentir tanta aproximação em você.

_ Por que? Por eu ser um demônio?

_ Não! Isso não vem ao caso. É como se tivéssemos uma certa ligação, e isso fez com que eu te compreendesse até bem de mais _ explicou ele.

Uma conexão. Uma ligação. Como podia haver uma coisa dessa entre eu e o anjo?

Eu não sabia o que dizer, era como se todas as palavras tivessem sumido, como se tudo não existisse mais. A não ser, aquele par de olhos azuis me encarando.

De uma forma boa, eu me sentia a vontade com Castiel, ele me trazia essa sensação de que eu poderia ser eu, e não me esconder como ele disse, mantando meu lado de fora da jogada.

_ Obrigada Castiel _ agradeci com sinceridade, o abraçando em seguida.

Ele retribuiu o abraço, o que foi surpreso para mim, mas eu não liguei, apenas queria ficar ali para sempre.