Familiar

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Já faz uma semana que infelizmente eu virei uma Deusa ativa por causa da raposa, e não parece ser uma experiência muito prazerosa, ao menos eu afasto as trevas e ele me protege, a diferença é que uma Deusa acabou de ser lembrada na mente das pessoas me fazendo ter que atender milhares de orações, meus poderes não chegam nem aos pés dos atuais Deuses, estou no fundo do poço.

— Nojenta, inadequada, sebosa, descabelada, mal organizada, sem modos — murmura Ren.

— Você vai mesmo ficar assim por ter que cozinhar? estudou as obrigações de um familiar antes de entrar nessa vida?

A deusa estava encarando Ren enquanto lia diversos papéis provavelmente mais orações de adoradores.

— Sim diferente de você EU sou organizado e sei minhas obrigações,o problema é um familiar ter que fazer todas as obrigações enquanto a qualquer momento um demônio pode atravessar a parede e tentar te matar sendo que eu um familiar vou ter que te proteger — cortando legumes.

— você fica tão fofo me gritando de avental — sorrindo de forma provocante, pisca para ele.

— Sebosa,porca, fedorenta, incrédula, prostitut-

— Sua mãe... — continua lendo as orações.


As brigas estavam frequentes, nada agradava os dois ao mesmo tempo, se um queria comer bolinho de arroz, o outro gostaria de comer bolo, e por assim em diante, sempre discordavam e sempre brigavam.

— Ele odeia ela... — Silk comenta, embaixo de uma das árvores cristalinas do templo

— Eu acho tão fofos — solta gritinho olhando para a irmã.

— Tenho medo dele mesmo matar a senhorita deusa — diz a Silk.

— Quieta, eu apoio que a gente faça ambos se juntarem! — Sindy põe as mãos na cintura e da sorrisinho cheio de malícia.

— Irmã você me decepciona.... fala isso mas foi você que contou a ele o único jeito de se libertar sem
ajuda — olha com raiva para Sindy.

— A Deusa já tem uns 2000 anos por ai e nunca aproveitou os prazeres da vida, só tô colaborando com o destino querida — joga o cabelo para o lado.

— Ontem ele quase invade o banheiro enquanto a deusa tomava banho por falarmos que teria que obedecer
ela — continua a encarando.

— Assim que é bom! Bem animal.

Silk olha com toda fúria cabível em seu pequeno corpo, para a irmã e taca uma pedra na cabeça da mesma.

Uma idosa se aproxima subindo as escadas.

— A.. — ambas ficam observando em silêncio.

Ela fica cantando baixo enquanto se aproxima do templo com papel dourado na mão,escreve com tinta no mesmo,se senta orando por alguns minutos e deixa o papel preso a uma das janelas indo embora.

— Hm? — som de sinos chegam aos ouvidos da Deusa.

— Provavelmente uma nova oração senhorita Deusa — falando em tom irônico a Kori.

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