𝗶'𝗺 𝗮𝗹𝗹 𝘆𝗼𝘂𝗿𝘀

476 53 41
                                    

— Então, onde vamos? — estávamos de mãos dadas, nossos sapatos batiam contra o paralelepípedo das ruas de Paris.

— Bom, minha mãe costumava vir pra cá para negócios e ela me trazia, então conheço alguns pontos legais — ele sorri.

— Hum... — mordo os lábios e olho para baixo — Mas... onde vamos?

— Só confia em mim — ele diz.

Viu? Ele tira meu controle, isso me deixa doida.

— Já namorou alguma francesa? Nos verões que passou aqui? — pergunto.

— Já...

— Qual era o nome dela?

— Cléo. Loira, alta, olhos bem verdes — diz.

— Hum... ela parece bonita.

— Ela era. Mas tivemos que acabar — dá de ombros.

— Enjoou dela?

— Não, Betty. Distância — ele explica.

— Entendi...

— E se você acha que eu vou enjoar de você, tá muito enganada.

— Não sou sua namorada — me aproximo dele.

— E eu não vou te pedir em namoro. Minhas namoradas não duram e eu quero que você dure — ele junta nossos lábios.

Nosso primeiro beijo em público.

— Você mexe comigo, loira — ele sorri.

— Para de se declarar para mim, Jughead — olho em seus olhos — Sabe que não pode fazer isso...

— O que é feito em Paris, fica em Paris — volta a andar.

Ele me levou a um bar bem francês, tinham várias pessoas conversando alto, fumando cigarros e jogando sinuca. Sentamos em uma mesa ali.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias e sem relevância, bebíamos umas cervejas. Estávamos passando tempo um com o outro, nosso primeiro encontro talvez?

Onde sentamos em algum lugar, sozinhos. Conversamos sobre nossas vidas e ríamos um bocado.

— Bonne nuit Mademoiselle. Je n'ai pas pu m'empêcher de remarquer à quel point c'est beau. Je peux avoir ton numéro? — um cara se aproxima de nós e sorri para mim.

Ele acabou de me chamar de linda e pedir meu número. Jughead o olhou com o maxilar travado.

Não era perceptível que estávamos em um encontro?

— Oh, merci, mais je suis... engagé — contorno a situação, dizendo que estou acompanhada.

— Oh, Je suis désolé, je n'avais pas remarqué. Excusez-moi, passez une bonne nuit — ele se desculpa e sai com um sorriso sem graça.

— Cara bonito — Jughead engole seco e bebe sua cerveja.

— Ciúmes, Jones? — provoco.

— Claro que não... só comentando — diz.

— Que bom... não pode ficar com ciúmes de mim, eu não sou sua namorada — mordo os lábios.

— Disse que tá comprometida — retruca.

— Acompanhada... tanto faz.

— Quer ficar sério, comigo, Elizabeth? — pergunta com um sorriso divertido.

— Não... você não serve para isso.

— Eu sirvo para quê então? — ele pergunta incrédulo.

CANDY GIRL ༄ bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora