𝘁𝗵𝗮𝗻 𝘄𝗲'𝗿𝗲 𝗻𝗼𝘁 𝗴𝗼𝗶𝗻𝗴 𝘁𝗼 𝗯𝗲 𝗮𝗻𝘆𝘁𝗵𝗶𝗻𝗴!

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Betty Cooper P.O.V

— Então acho que podemos falar sobre isso, é o tema mais fácil — explico.

Estávamos fazendo um trabalho de geografia na casa do Jughead hoje, eu estava meio nervosa de vir aqui sozinha com ele. Mas confio em mim mesma e sei que consigo me controlar.

Depois de ter me dado carona ontem, Jughead ficou meio distante, eu não sei o porque disso, eu não disse nada demais. E, algo bem esquisito também aconteceu, vi um dos anéis de Jughead no dedo de April Young.

Talvez eles tenham anéis iguais.

Foi o que pensei primeiramente, mas as perguntas e inseguranças martelavam em minha cabeça insistentemente.

Hoje ele estava muito estranho, como se não estivesse aqui, meio aéreo.

Não parece tão arrumado como sempre está, usa apenas um conjunto de moletom preto com tênis. Sem anéis, o que é praticamente como se ele estivesse saindo pelado, sempre está cheio de anéis em seus dedos.

— Jughead... o que aconteceu? — paro de explicar o tema que ele também não estava prestando atenção.

— Desnecessário, fazer esse trabalho — ele se recosta na cabeceira.

— Vale 50 pontos! — exclamo.

— Não ligo — ele dá de ombros.

— Jughead — falo séria e ele continua com o mesmo semblante — Tá... Vamos fazer uma pausa.

Sento do lado dele na cama, ele estava com olheiras... nunca via Jughead com olheiras. Parecia que não havia dormido a noite. Seu semblante sempre exibia confiança, mas hoje estava cansado, exausto até.

— Você dormiu com a April? — apenas soltei a pergunta, sem muito o que dizer.

Ele me olha com uma cara de ponto de interrogação enorme.

— Young?

— Sim — me ajeito.

— Há um tempo... por que?

Meu estômago dói de leve, merda eu estou com ciúmes de novo. Eu não posso ter ciúme de Jughead, ele é galinha, vou viver sofrendo.

— Ela estava usando um anel seu ontem — olho para baixo.

— Ah, eu esqueci na casa dela e disse que ela podia ficar.

— E eu aqui achando que era a única que ganhava joias — rio irônica. Não consegui segurar.

— Pelo amor de Deus, Betty! — ele ri, olhando para meu rosto, como se esperasse que estivesse brincando — Eu rodei Paris atrás daquela porra de colar!

Olho para ele, seus olhos estavam cheios de verdade e de indignação. Não acredito que ele possa ter feito algo assim para mim, pensei que ele só havia visto em um loja e lembrado de mim.

— Porra, Betty — ele suspira alto.

— Tanto faz — lato.

— Qual é o seu problema? — ele está bravo

— Nenhum! Qual é seu?

— Você, por uma vez na sua vida, pode reconhecer que eu tentei fazer algo legal para você?

— O único problema Jughead, é que não importa o quão legal seja, você já vai ter feito com outras vinte garotas — fico brava também.

— Claro que isso tinha que voltar para minhas ex namoradas! — ele ri desacreditado.

— Eu não quero ter que competir com todas as elas o tempo todo, Jughead. Não quero ter essa voz no canto da minha mente me dizendo que não sou boa o suficiente!

— Você não tem que competir com ninguém.

— Talvez eu não seja tão especial para você, mas eu vou te carregar para o resto da minha vida — digo direta — Você foi minha primeira vez.

— É, mas eu não fui — ele exclama — Você dormiu com o Reggie!

— Quando meus filhos perguntarem sobre perder a virgindade eu vou contar sobre Paris, não sobre como fiquei caída de bêbada e acabei  em um motel de canto de estrada! — grito.

Ele para por um momento, me fitando e provavelmente pensando sobre o que responder.

— Talvez eu só seja mais uma garota que cai aos seus pés, mas você é especial para mim — digo firme, minha barriga revira em ansiedade.

— O quão burra tem que ser para não ver, você é diferente! — ele parece impaciente.

— Sou? Sou mesmo, Jughead? Para mim isso só parece que sou mais uma tentativa desesperada por atenção e afeto!

Ele fica quieto, um nó surge em minha garganta, meu sangue ainda está fervendo em minhas veias.

— Eu sou doido por você, Betty — aproxima-se de mim.

De repente ele ataca meus lábios e eu me separo rapidamente, incrédula que ele tenha me beijado.

— Não, Jughead — digo. Seus olhos estão tristes e desesperados, como se precisasse daquele beijo para viver.

— Você não quer me beijar — ele olha nos meus olhos.

— Não é isso... somos ruins um para o outro — digo sinceramente.

— Eu não ligo... — ele olha para baixo — Eu só... quero que esse vazio pare, quero me sentir vivo de novo. Como me sentia quando estava com você — seus olhos estão cheios de dor, de um jeito que nunca os vi antes.

— Jughead... — meus olhos enchem de lágrimas — A gente não funciona — minha voz arrasta.

— Mas eu quero funcionar, eu não sei o que fazer se a gente não funcionar. Você é a minha única chance de um dia tentar ser feliz então por favor não me deixa — ele acaricia minha bochecha.

— Jughead, somos amigos. Só amigos — me levanto, pegando minhas coisas.

— Esse é o ponto, Elizabeth! Eu não quero ser só seu amigo — diz.

— Então não vamos ser nada! — exclamo alto, brava comigo mesma por não conseguir controlar minhas lágrimas de escorrerem por minha bochecha e saio do quarto.

Enquanto a água quente acalma meus músculos eu penso sobre hoje a tarde, não devia ter falado aquilo. Fui muito dura com ele, me arrependo de o ter feito. Eu também quero ele, quero muito.

Assim que saio do banho, decido mandar uma mensagem me desculpando, já eram umas onze da noite então não esperava uma resposta imediata. Ele poderia estar dormindo ou em alguma festa, considerando que hoje é sexta feira.

Você: Desculpa, por hoje mais cedo. Podemos marcar de sair? Quero conversar.

Claro que eu quero o Jughead também, quero poder ficar abraçada a ele enquanto nós assistimos um filme, beija-lo na frente de todos, segurar a mão dele, fazer amor com ele também, quero o pacote completo.

Assim que tento me deitar para dormir, minha lista de afazeres vem a minha cabeça. Penso sobre a Broadway e imediatamente sobre Jughead, comigo assistindo um dos lindos musicais. Sei que Aladdin é o musical hit atualmente, adoraria vê-lo.

Decidida, abro meu computador, vou até o site e compro dois ingressos para sábado, nas fileiras mais próximas que consigo com meu cartão que ganhei de aniversário da minha avó. Mesmo que tenha sido caro, sei que valerá a pena.

Pedirei para minha mãe para passar o final de semana em Nova York com Jughead amanhã, espero que ela deixe.

Eu ainda nem sei se ele vai querer olhar na minha cara após termos brigado hoje, mas não custa nada perguntar se ele quer ir.

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a merda tá vindo...
semana que vem é meu aniversário!!! :))))

CANDY GIRL ༄ bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora