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—Bom dia mãe- disse assim que acordei depois de sentir os lábios dela em minha bochecha.

—Bom dia, anjinho. Annie está na porta, vai lá falar com ela.- respondeu docilmente antes de se retirar do quarto.

Levantei animada. Annie é minha melhor amiga, nós brincamos todos os dias.

—Annie!.- falei abraçando a loira que não via a um dia.

—{s/n}.- disse com aquele seu sorriso enquanto me olhava.

Depois disso nós fomos para uma praça que tinha lá por perto e começamos a brincar. Tempo depois a Rico chegou. Rico é a menina que eu gosto. Shh não contem para ninguém.

Annie e Rico não se dão muito bem. Annie diz que Rico não é uma pessoa confiável e que ela não me merece. Não entendo muito essas coisas, ainda sou nova e Annie é 3 anos mais velha que eu.

—Vamos embora, {s/n}.- disse olhando com fúria nos olhos de Rico.

—Por que, Nini?- a olhei confusa e a chamei pelo seu apelido favorito.

—Por causa disso.- apontou para Rico.

—Anniee!.- a olhei tristonha.

—Nã- antes que Annie pudesse falar alguma coisa um titã fez o chão estremecer e todas nós nos assustamos.

—{s/n}, eu protego você.- Rico disse me puxando para atrás dela.

—Não. {s/n} é a MINHA prioridade, não a sua.- Annie me puxou para perto de si.

—Deixe de ser idiota e- Rico nem pode terminar de falar pois Annie interrompeu jogando-a no chão e fugindo comigo em seu colo.

—NINI, O QUE ESTÁ FAZENDO?. RICO VAI MORRER.- disse chorando e me debatendo no colo da loira.- NINI POR FAVOR, BUSQUE A RICO. ELA BATEU A CABEÇA FORTE, ESTÁ MEIO FORA DE SI. VOCÊ SABE QUE EU A AMO, NINI, POR FAVOR.- Annie ignorou todos os meu pedidos e continuou correndo na direção oposta do titã e da Rico.

Não demorou muito para o titã alcançar a criança que estava meio desnorteada no chão e agarra-lá em suas mãos enormes. Rico parecia mais consciente e notou que estava a beira de sua morte.

—{s/n}! OBRIGADA POR TENTAR, eu amo você.- e em segundos eu vi o meu primeiro amor ser devorado bem na minha frente. Primeiro sua cabeça explodiu pela forte pressão que o titã fez com seus dentes sobre esse local, e depois mastigou o resto de seu corpo.

—Rico...- disse ainda em choque com tudo que tinha acabado de acontecer.

__Flashback off__

—{s/n}? Ei, {s/n}. {s/n} volte para terra.- ouvi uma voz familiar me chamando.

—Apenas diga, Annie.- disse no tom mais firme e autoritário possível, por mas que a minha vontade fosse de chorar.

—Eu não posso apagar o passado, {s/n}. Não posso mesmo. Não tem um dia que eu não deseje voltar no tempo e ter feito tudo diferente. Não só com aquele negócio da Rico...mas com...você sabe o que, não vou entrar em detalhes agora, sei que você não está preparada para reviver tudo aquilo. Eu fui uma criança idiota e ridícula, mas acredite, eu mudei. Sinto saudades de tudo como era antes, {s/n}. Sinto falta do seus abraços, dos seus apelidos fofos-estranhos que você sempre me dava, sinto falta de ouvir "{s/n} é a única que consegue tirar um sorriso do rosto dessa garota" pois significava que você ainda estava lá do meu lado e me apoiando.- suspirou e fechou os olhos, logo os abriu novamente e voltou a falar.-{s/n} você é minha irmã mais nova e sempre vai ser. Eu sinto que preciso de proteger e cuidar de você o tempo todo e foi por isso que eu acabei assassinando a pessoa que você amava. Isso não justifica nada, eu sei, mas tudo o que eu queria era te ver viva. Você sabe que naquela época a Rico estava com a perna quebrada e isso nos dificultaria muito. Por favor, eu preciso sentir seu abraço de novo. Preciso te ter por perto de novo, {s/n}... você é a única coisa que me restou no aspecto "família"...eu não quero te perder também.

Droga, Annie, eu te odeio. Todo o choro que eu estava segurando saiu como uma avalanche. Acabei cedendo a emoção e me entreguei nos braços de Annie, chorando como se não tivesse amanhã.

—Shh, está tudo bem agora.- senti a loira acariciar os meus cabelos durante o abraço.- Me perdoa, por favor.

Annie deixou um selar na minha testa e eu não respondi nada. Fiquei apenas naqueles braços quentes nos quais eu não sentia há anos.

—Vou entrar.- disse desfazendo o abraço se secando minhas lágrimas.- Até mais, Annie. Nos vemos pelo quartel.

—Até mais, {s/n}.- a loira disse e simplesmente sumiu do mapa. Nunca vi alguém tão misterioso quanto Annie.

Entrei na festa mas não consegui aguentar muito tempo dentro daquele salão. Pessoas me oferencendo bebidas e petiscos a cada 20 segundos, barulhos altos de música e conversa e etc. Estava muito sobrecarregada, precisava de um ar fresco.

[autora's pov]

Você sai para pegar um ar em um jardim que ficava na parte externa. Para sua felicidade, Hange tinha notado a sua saída e foi atrás de você, com medo de que algo muito ruim tenha acontecido.

Você estava olhando as estrelas e tentando se acalmar um pouco quando ouve uma voz.

—{s/n}?- você vira para ver quem é, e assim que você percebeu que quem estava ali era a Tenente Zoe logo respondeu.

—Ah. Oi, Hange.- você disse sorrindo e logo voltou a encarar as estrelas.

—Você está bem, princesa? Eu vi você correndo para fora, parecia muito angustiada.- disse enquanto caminhava em sua direção.

— Não se preocupe, está tudo bem.- você tentou dar o melhor sorriso possível, mas falhou.

—Não, princesa, consigo ver que você não está. Vem aqui.- puxou você para os braços dela.- Vai ficar tudo bem, ok?.

—Obrigado, Hange.- você deitou sua cabeça no ombro da menina.- Você sempre esta aqui quando eu preciso. Sempre me ajuda. Eu amo você.

A mais velha não te respondeu, ela apenas colocou as mãos em seu queixo e deixou seus rostos a centímetros de distância um do outro. Ela olha para o seus olhos em uma troca de olhares apaixonados maravilhosa até que a tenente passou a olhar apenas para os seus lábios.

Ela aproximou o rosto dela com o seu fazendo com que as suas bocas se encostassem ligeiramente e antes que você pudesse reclamar de algo, Hange tomou os seus lábios em um beijo calmo e romântico. A língua quente da tenente explorava cada detalhe de sua boca e movia junto com a sua em uma sincronia surreal.

As mãos da tenente vagaram pelo seu corpo até chegarem em sua cintura onde ela apertou levemente. A sua cintura era a parte do seu corpo favorita dela e isso era bem nítido. As suas mãos foram até a nuca da mulher e de vez em quando você dava uns puxões bem fracos no cabelo da mesma, que sorriu durante o beijo por causa desse ato.

—Isso é uma forme de dizer "eu também te amo".- disse assim que nós nos separamos pela falta de ar.

//s/n's pov//

—Mais que isso.- ela sorriu e me puxou de volta para outro beijo.

Estávamos em um momento único e inesquecível quando ouço uma voz familiar dizer:

—Mas que porra é essa?.

𝘿𝙚𝙙𝙞𝙘𝙖𝙩𝙚 𝙮𝙤𝙪𝙧 𝙝𝙚𝙖𝙧𝙩-𐂡.      Onde histórias criam vida. Descubra agora