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ELA É LINDA pra caralho!
Sem dúvidas é a mulher mais bonita com quem já esbarrei na vida inteira.
Ela tem algo diferente que é um pouco difícil de decifrar. Não são suas características físicas. Primeiro porque ela estava sentada então não vi muita coisa além de seus seios turbinados sob o decote quadrado de sua blusa. Talvez tenha sido a forma doce que ela olhou para mim, a suavidade da sua voz quando falou.
Ou apenas sua coragem de assumir que não entendia nada de espanhol quando estava prestes a dar uma entrevista que teria como requisito principal a língua espanhola.
Foi simplesmente hilário ver isso porque nunca tinha visto antes alguém tão corajoso e incrivelmente sem noção.
O batom vermelho que pintava seus lábios chamou minha atenção no momento em que passei da porta e ouvi ela tentando falar Please, descuelpe-me!. Os olhos esverdeados me incendiaram por dentro e — quesefoda — eu precisava que ela conseguisse esse emprego só para ter a oportunidade de olhar para eles todos os dias.
Minha irmãzinha que lute para fazer dar certo.
De volta para a editora, após um almoço com uns amigos, eu saí do elevador na intenção de ir direto para sala de Betina, mas fui parado no meio do caminho.
— Como conheceu Amabel? — Elissa questionou, cerrando os olhos sobre mim em questionamento, as mãos fincadas na cintura e um pé batendo contra o piso.
— Ahn..., no Delta? — Eu falei a verdade porque sabia que Elissa era desconfiada com tudo.
Sua boca abriu em choque.
— Está me dizendo que acabou de conhecer ela e já ligou avisando que estava contratada?
— Eu a entrevistei. — disse, segurando seus ombros e tentando dar a volta no seu corpo magro e pequeno — Ela é excelente. O espanhol óh — fiz um gesto de ótimo com a mão em libras e pisquei para ela. — perfeito!
— Ravi! — ela repreendeu, ficando vermelha. Ela me conhecia melhor que qualquer pessoa aqui. — Você ficou foi afim da mulher, seu safado!
Eu já estava um pouco longe, por isso, andando de costas, fiz sinal de ofendido para ela, antes de lhe enviar meu sorriso conhecido como "sorriso de cafajeste" e virar para correr até a sala da minha irmã.
As paredes eram todas de vidro, por isso coloquei meus olhos sobre Amabel ainda quando estava me aproximando. Ela parecia apreensiva, encolhida em uma cadeira diante da mesa de Betina. As mãos estavam juntas e enfiadas no meio das pernas que se balançavam sem parar com nervosismo, enquanto minha irmã lhe explicava provavelmente sobre como será seu trabalho aqui.
É, vai ser hilário assisti-la por aqui...
Como quem não quer nada, dei duas batidinhas na porta com os nós dos dedos e abri a porta, apoiando minha cabeça no vidro, olhando-as presunçosamente.
