OH, DEAR MIAMI

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              Já fazia quase uma hora desde que Tyler escutou a repentina descarga de tiros vindo do lado leste do albergue. Ele olhou para o relógio de pulso com impaciência.

Quase uma maldita hora sem nada. Seu rosto empalidecia nas sombras, o rapaz era açoitado por aquela familiar mordiscada do medo. Consciente de que estava sozinho novamente. Tyler havia estado sozinho dentro de um daqueles quartos desde que se separou da família Boyce. Eles foram perseguidos pelo que Tyler acreditava serem monstros, pessoas sedentas de sangue e famintas por carne, que abocanhariam qualquer coisa que entrasse em seu caminho sem qualquer remorso.

Por sorte, ele conseguiu se esconder em um local com água potável. Dentro de sua bolsa ainda continha três barrinhas de cereais, que teve dificuldade em manter intactas. Mas, agarrando-se a pequena chance de sobrevivência, ele deduziu que os tiros poderiam ser um sinal de que algum Boyce havia sobrevivido.

Se fosse esse o caso, então ele precisava parar de se esconder como um rato assustado. Eram vários os cenários que passaram pela sua cabeça. Ele tinha medo de ser devorado vivo, porém também não queria apodrecer sozinho e foi com esse pensamento rondando sua cabeça que o fez decidir se aventurar pelos corredores, determinado a encontrar alguém e lutar por sua vida.

O garoto atordoado espiou pelas frestas das janelas, banhando-se na luz fraca da tarde, e o que viu ali o fez paralisar. Com um brilho de espanto em seus olhos azuis, viu as horríveis feições de cadáveres em decomposição se projetando ao redor do edifício.

Um pulso constante vibrou através de seus dedos trêmulos que seguravam uma navalha, ela levantou a navalha e gesticulou para cima. O pequeno corredor escancarado, abrindo-se diante dele de forma assustadora em cada pequeno detalhe, e com o coração batendo forte, ele começou a se esgueirar para chegar do outro lado do albergue... Mal sabia Tyler que o destino até aquele momento ainda reservara uma aventura peculiar para ele.

               No leste do albergue, não muito longe dali, Christian manteve o olhar na extremidade mais distante da janela, onde podia ver o caos irromper do lado de fora do prédio

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               No leste do albergue, não muito longe dali, Christian manteve o olhar na extremidade mais distante da janela, onde podia ver o caos irromper do lado de fora do prédio. Ele tinha acabado de subir os degraus que levava para o primeiro andar, pouco antes se ofereceu para pegar Camila do chão e carregá-la em seus braços fortes até o quarto.

Lauren, em seu momento de inquietação e temor constante, havia varrido a cama com as mãos, jogando os cobertores e travesseiros no chão, ajudando Christian a colocar Camila ali, tomando cuidado para não machucar a perna ensanguentada da advogada, que ainda esguichara sangue do estreito ferimento.

Christian ficou de costas para as mulheres em respeito a elas, enquanto Lauren puxara as calças da advogada para baixo, evidenciando o corte, não muito grande, no entanto, profundo o suficiente para que pudesse ver a cor da carne rasgada.

Os gritos de Lilah instantaneamente se intensificavam em um lamento contínuo e irritante. Pobre criança, o sentimento de culpa pesava muito em seu pequeno coraçãozinho. Infelizmente, seus gritos atraíam cada vez mais a atenção daquela vizinhança indesejada de cadáveres do lado de fora do edifício.

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⏰ Última atualização: Mar 25 ⏰

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