💗CAPÍTULO VIII💗

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Capítulo Oito.


Alice se sentia diferente, pela primeira vez em mais de nove anos estava feliz. Se sentindo viva novamente.

Mesmo que estivesse um pouco insegura em relação ao Scott, não era sobre ele que ela estava insegura, mas sim, quando pensava em relação aos dois. Alice sabia que o Scott já teve muitas mulheres em sua vida, inclusive ela mesmo o viu com uma, e aí que batia sua insegurança.

Alice nunca se importou com sexo, sempre teve nojo quando o Klaus a tocava. Ela nunca fez nada, era ele quem fazia o que queria e depois saia como se tudo fosse normal.
Só que agora era diferente, ela queria agradar o Scott, assim como ele dava tanto prazer a ela, mas não sabia ao certo o que fazer e tinha medo dele desistir dela, por não ter experiência com sexo.

— O que está passando nessa cabecinha linda? — Scott perguntou, vendo que a Alice estava tão quieta.

— Não é nada! — Disse ela, tentando desconversar. Tinha vergonha de falar o que estava pensando. — O Kaleb e a Celina são sua única família? — Perguntou, sem nem saber o que estava dizendo. Ela só queria mudar de assunto e não falar o que estava pensando antes.

Scott respirou fundo, puxando-a mais junto dele, abraçando seu corpo tão pequeno.
Eles estavam deitados na cama, nus, depois de uma bela transa e foi por isso que a Alice se sentiu tão insegura. Ele era fantástico na cama, de todas as maneiras!

— Eles sempre foram minha única família! — Scott contou a ela, pensativo.

— Seu pai? Sua mãe? Você não tem mais ninguém? — Perguntou ela, erguendo a cabeça, olhando para ele.

Scott se sentia inseguro, em contar sua verdadeira história, mas ele queria começar um relacionamento. E começar com mentiras, não daria certo.

— Meu pai morreu quando eu era pequeno, depois disso, só tive minha mãe, ao menos é assim que chamam quem nos dá a luz, porque ela nunca foi uma mãe de verdade. — Scott começou a contar. — Ela era uma prostituta e meu pai se apaixonou por ela, se casou, a tirou daquela vida, mas acho que ela nunca o amou de verdade, foi apenas por interesse. — Scott falou, se lembrando de como sua mãe sempre foi uma mulher fria, amarga e sem sentimentos. — Ela queria mesmo o dinheiro do meu pai e ter um herdeiro era a única maneira de fazer isso, do contrário, eu nunca teria nascido. — Disse ele, respirando fundo.

Alice abraçou a cintura dele, para que soubesse que ela estava ali. Scott parecia tão perdido em pensamentos, contando sobre sua vida, e ouvindo a história que ele estava contando, Alice podia ver que não foi uma vida fácil.

— Ela me mandou para diferentes colégios, internatos. Nunca me quis perto dela. Cresci sozinho, nem mesmo festas de fim de ano, ia me buscar para voltar a nossa casa. — Disse ele triste, lembrando que era o único a nunca voltar para a casa. — Foi aí que eu conheci o Kaleb, num dos internatos. Ele também não voltava para a casa nos feriados, mas ele era porque não queria. Nos tornamos amigos, irmãos. Contamos tudo sobre nossas vidas um para o outro e ele me contou que seu pai iria deixá-lo no comando dos negócio da família. Desde então, eu sempre o segui. Ele cuida de mim e eu cuido dele. Quando o pai dele morreu, Kaleb tornou-se um verdadeiro líder. Ele mudou todas as regras, não queria seguir no comando como seu pai fazia, mesmo ele tendo feito do filho uma pessoa sem alma. Kaleb sempre quis o melhor para as pessoas que estavam trabalhando com a gente, diferente do seu pai.

— Como assim, mudou as regras? — Alice perguntou, sem entender direito.

— O pai do Kaleb era dono de todo o contrabando de armas e das boates daqui, mas o Kaleb mudou tudo. As armas continuam, mas as garotas, não são mais obrigadas a se deitar com os clientes, como o pai dele as obrigava. A boate ainda continua dando lucro, mas agora, as garotas dançam e servem bebidas. Se saem com alguém é porque elas querem, não porque as obrigamos. — Scott contou, esclarecendo algumas lacunas na mente da Alice.

Alice ouvia sua história com muita atenção. Ela estava feliz que ele confiava nela, para contar seu passado.

— O pai do Kaleb era um verdadeiro monstro. Torturou o próprio filho, para que aprendesse a não ser fraco e nunca ter misericórdia e nunca amar alguém. Ensinou a matar, torturar… — Scott falou, lembrando de como Kaleb foi se transformando ao longo dos anos. — Kaleb contava tudo para mim, e desde então, decidi que sempre estaria ao lado dele para o que der e vier. Nos tornamos uma verdadeira família.

— Mas ele pareceu tão amoroso com a Celina. — Alice falou, lembrando de como Kaleb parecia tão diferente do homem que Scott estava lhe descrevendo.

— Ela conseguiu domar aquele brutamontes. — Scott falou, rindo. — Quando ele conheceu a Celina, eu mesmo me surpreendi. Nunca o vi tão nervoso, muito menos preocupado com alguém. Tínhamos acabado de torturar um homem que nos devia dinheiro, mas ele estava preocupado se a Celina ia sobreviver. Era só o que importava para ele. — Scott contou, se recordando da noite que a Celina estava fugindo do Jorge.

— Ela estava doente? — Alice perguntou assustada. Ela não sabia da história da Celina.

— Na verdade, ela estava fugindo do padrasto dela, porque ele queria obrigá-la a se casar com um velho. Ela tinha cortado os pulsos e desmaiou quando nos encontramos. Ela estava fraca e tinha perdido bastante sangue. — Disse ele e percebeu a Alice ficar tensa em seus braços.

Scott sabia que ela estava se recordando dela mesma, já que estava olhando seu próprio pulso. Ele abraçou seu corpo apertado, para que ela soubesse que ele estava ali, seria seu protetor.

— No começo, foi tudo um acordo, mas a Celina acabou domando aquele desalmado. E hoje, os dois são minha visão de uma vida, uma família perfeita. — Scott falou, sorrindo alegremente ao lembrar de como os dois são perfeitos juntos.

— Os três são realmente uma família linda. — Alice falou, se lembrando do aniversário da Daiana. Com toda certeza naquela casa tinha muito amor. — Quando eu estive lá, senti que naquela casa existe muito amor.

— Quando a Celina foi sequestrada, eu vi como o Kaleb a amava. Ele perdeu o controle, se arriscou, ficou tão desorientado. Teria dado a própria vida, para salvar a dela. — Scott contou a ela, lembrando daqueles momentos pavorosos.

Scott foi contando os detalhes de tudo o que aconteceu e em como ele escolheu a vida da Celina em vez da Helena.

— O Kaleb era minha única família e a Celina também fazia parte. Quando eu vi que a Helena ia atirar nela, eu atirei primeiro! Nunca me arrependi do que fiz! — Contou ele, tendo toda a certeza do que estava contando. Nunca se arrependeu pela escolha que fez!

— O que sua mãe disse ou o seu padrasto? — Alice queria saber.

— Eles nunca ficaram sabendo da verdade. Eu queria contar, mas o Kaleb e nem a Celina deixaram. Colocamos toda a culpa no bastardo que sequestrou a Celina. Dissemos que ele sequestrou a Helena pedindo dinheiro e quando entramos no armazém, ele se apavorou e acabou matando-a. — Scott contou o que fizeram depois de salvar a Celina.

Scott estava preocupado no que a Alice iria pensar sobre ele agora, mas não podia mentir, seria pior a mentira do que dizer toda a verdade.

Alice ergueu sua cabeça, olhando nos olhos do Scott, que olhava para ela tão triste. Ela sabia que ele estava preocupado, mas ela não era ninguém para julgá-lo. Não deixou em nenhum momento de gostar dele, por tudo que contou.

Ela se aproximou, beijando os lábios dele com carinho. Ele acariciou o rosto dela, feliz em saber que ela não estava se afastando dele, julgando-o pelo que fez.

— Já que você foi tão sincero comigo, quero te contar no que eu estava pensando… — Começou ela, ainda um pouco envergonhada. — Eu tenho medo que você se canse de mim. — Admitiu, seu verdadeiro medo.

— Por que está dizendo isso? — Perguntou ele, sem entender seu medo.

Alice estava envergonhada com aquela conversa, mas também queria ser sincera.

— Como você mesmo sabe… eu só tive um homem antes de você e não era como se eu gostasse de estar com ele. — Alice falou, se estremecendo por lembrar do passado.

Scott ficou olhando para ela, meio confuso com aquela conversa.

— Eu gosto do sexo que a gente faz. — Disse ela, ficando vermelha de vergonha. — Você me fez sentir prazer, algo que nunca senti antes. — Contou ela, lembrando dos orgasmos maravilhosos que teve.

— O que quer dizer? — Perguntou ele, ainda confuso, sem entender direito.

— O que estou tentando dizer é… quero ser a melhor mulher com quem você já se deitou, assim como você é para mim. Sei que já teve muitas mulheres, mas eu quero ser a melhor. Quero te dar prazer,  que você goste de estar comigo. Quero aprender coisas novas com você. — Disse ela, tudo de uma vez antes que perdesse a coragem.

Scott sorriu, ao ver que ela estava tremendo. Alice estava tão nervosa e ele sabia que ela estava realmente preocupada em ser a melhor para ele. Em resposta, Scott se virou, ficando sobre o corpo dela.

— Você é a melhor, Alice! Não tem com que se preocupar. — Scott falou docemente.

— Mais eu me preocupo. — Disse ela, tímida.

Ela não conseguia olhar para ele, era vergonhoso olhar para ele depois de falar tudo o que pensava.

— Olhe para mim. — Pediu ele, e ergueu o rosto dela com as pontas dos dedos para olhar para ele. — Você é perfeita assim. Não quero que fique pensando nessas coisas! As mulheres que passaram em minha vida, nenhuma me importei, nenhuma delas dormiu nos meus braços ou mesmo nesta cama. — Contou ele.

Scott queria que ela não se preocupasse e o que dizia era verdade. Nunca dormiu com mulher nenhuma na sua cama. Trouxe uma ou outra no seu apartamento, mas nenhuma delas chegou ao seu quarto. Ele nunca quis ninguém na sua cama, mas com a Alice era diferente, ele queria a sempre ao seu lado.

— Você é perfeita. — Disse ele, sussurrando no ouvido dela. — Você é a melhor! Você me dá prazer, minha menina. Você me deixa louco. — Falou, afastando as pernas dela, se encaixando entre elas. — Acha mesmo, se não me desse prazer eu estaria assim? — Perguntou, provocando-a.

Scott se encostou nela, para que sentisse seu membro duro, mostrando a ela o quanto a desejava.

— Você me tem, como nenhuma outra já teve. Eu sou seu, Alice! Sou todo seu, minha menina. — Disse ele, sussurrando próximo ao rosto dela.

Alice estava mais que feliz em ouvir aquelas palavras, se sentia muito melhor. Ainda mais agora, com ele provocando-a. Ela adora a maneira como ela a faz sua, em como seu corpo se entrega a ele, de uma maneira maravilhosa.

Ela abriu mais as pernas, recebendo-o e ele que foi entrando calmamente.

— Você é muito gostosa, Alice. — Disse ele, tentando controlar seu próprio gemido, ao senti-la tão pronta para ele.

Scott tentava se controlar para não machucá-la, não queria ser bruto, queria mesmo era fazer amor com ela, sem pressa, tomá-la para si com carinho, com amor, mostrar a ela que não era apenas sexo, com ela, ele queria tudo!

MINHA PEQUENA REDENÇÃO. Parte II.Onde histórias criam vida. Descubra agora