💗CAPÍTULO II💗

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Capítulo Dois.

Só existia um lugar no mundo todo, em que o Scott se sentia bem. É o único lugar que ele gostava de estar, que realmente se sente em casa. E ele precisava entregar o presente, para a pequena que tem todo seu amor.

— Oi, titio. — A pequenina garotinha, com uma linda trança e um vestido rosa correu de braços abertos para ele.

— Oi, amor da minha vida. — Scott falou, se abaixando, pegando-a em seus braços. — Senti tanta saudade. — Disse ele, abraçando-a com todo seu amor e carinho.

— Eu senti mais. — Disse ela, agarrando o pescoço dele em um abraço apertado.

Kaleb e Celina chegaram abraçados de lado, até onde Scott estava, no jardim, com a pequena Daiana em seus braços.

— Olá, Scott. — Celina o cumprimentou, sorrindo com alegria em vê-lo.

— Olá, Celina. — Scott falou, sorrindo docemente para ela.

Kaleb apenas sorriu para o amigo, feliz em tê-lo em sua casa.

— Olha só o que o tio Scott, trouxe para você. — Scott falou, pegando uma pequena caixinha do bolso e entregou a ela.

Scott a desceu no chão e Daiana abriu a caixinha rapidamente, eufórica pelo presente.

— Olha mamãe, é outra princesa. — Disse ela toda alegre, correndo para sua mãe colocar o pingente junto às outras em sua pequena pulseira.

Daiana ama as princesas e sempre que viaja, Scott manda fazer uma especialmente para ela.

— Você mima demais essa menina, Scott. — Celina falou, colocando o pingente junto a pulseira. Tinha várias princesas penduradas.

— Tudo para a minha linda sobrinha. — Disse ele, se abaixando e abrindo os braços, Daiana foi correndo e se jogou nos braços dele.

— Obrigado, titio Scott. — Agradeceu ela, olhando os pingentes em sua pulseira.

— Você não está esquecendo de nada, senhorita Daiana? — Celina perguntou a ela.

— Verdade mamãe. — Disse ela nervosa, querendo descer do colo do Scott.

Scott a colocou no chão, rindo ao ver como ela ficou preocupada.

— Fica aqui titio, já volto. — Disse ela e saiu apressada, segurando a mão da Celina que foi junto com ela.

— Estarei aqui quando voltar! — Scott falou sorrindo, olhando a Daiana puxar a Celina pela mão, toda apressada.

— E aí meu amigo, como você está? — Kaleb perguntou, querendo saber como ele estava se sentindo, depois da viagem.

— Vai indo! Não é como se a morte dela fizesse alguma diferença na minha vida. — Scott falou, sem muita importância. — O pior mesmo, foi ter que ouvir aquele idiota do marido dela falando em como ela foi perfeita, uma boa esposa, uma mãe maravilhosa. Aquilo me deu ânsia de vômito. — Scott falou, se sentindo enjoado.

— Sei que deve ter sido difícil, mas você precisava dar um último adeus, apesar de tudo, ela era sua mãe. — Kaleb falou, vendo como Scott estava. Ele não parecia nada bem.

— Apenas me deu a luz, mas aquilo nunca foi minha mãe. — Scott falou, com raiva. Lembrando de como foi sua vida antes de ser independente.

Kaleb entendia perfeitamente seu amigo. Sabia da sua vida, em como ele sofreu pelo abandono da mãe e o quanto sofreu por nunca ter tido uma família de verdade.

— Nunca vou esquecer das tantas vezes que ela me disse, que eu não passava de uma coisa insignificante. — Scott falou, se lembrando das palavras maldosas de sua mãe. — Em como ela me tratava com desprezo... — Desabafou, pensativo.

Os dois caminharam até a parte de trás do jardim, se sentando nas cadeiras, em volta da mesa. Uma das empregadas levou a eles algumas bebidas em uma bandeja e deixou sobre a mesa.

Kaleb conhecia bem a história do seu amigo. De como a mãe foi uma verdadeira “vaca” a vida toda com ele. Ela só teve o Scott por causa da boa vida e do dinheiro que o pai dele tinha. Quando o pai do Scott faleceu, ela o trancou em colégios, internatos. Sempre o tratou mal, não tinha como o Scott esquecer tudo que ela fez, ou melhor, o que ela nunca fez como mãe, dar carinho, amor, cuidar e proteger.

— Olha tio. — Daiana voltou correndo, com um pequeno cartão nas mãos e entregou a ele.

— O que é isso, minha princesa? — Scott perguntou, pegando o pequeno cartão, vendo que era um convite do seu aniversário. — Quatro anos, já? — Scott falou, fingindo estar assustado. — Minha princesa é quase uma adulta agora. — Falou brincalhão.

Daiana riu com a brincadeira, se divertindo pela encenação dramática do seu tio.

— Você vem, né tio? Vai ser das princesas que eu ganhei. — Contou ela, mostrando a ele, sua linda pulseira.

— Não perderia por nada! — Scott confirmou a ela, sorrindo alegremente em vê-la tão empolgada.

— Viu só o trabalho que você me dá, Scott? Agora ela quer as princesas da pulseira que você deu a ela. — Celina falou rindo, ao ver sua filha tão feliz, em falar do seu aniversário.

— Para isso servem os tios. — Scott comentou, divertido, dando de ombros.

Depois do delicioso almoço, Scott foi embora, deixando sua única família, a qual ele sempre considerou e sabe que eles o aceitam como ele é. Não apenas por conta do dinheiro, como sua mãe.
Scott já escolheu eles uma vez e não se arrepende disso. Faria tudo novamente!

Saindo pelo portão, ele olhava, Kaleb, Celina e a pequena Daiana dando tchau a ele, sorria sozinho dentro do carro, feliz por ter aquelas pessoas em sua vida.

Mesmo que sua mãe tenha sido uma vaca com ele a vida toda. Nunca o tratou com carinho, nem mesmo um abraço ou um beijo de conforto. Uma coisa ela deu a ele, quando encontrou Kaleb em uma das tantas escolas que ela o obrigou a ir, conheceu seu melhor amigo e hoje o considera família, alguém com quem sempre poderá contar.

Scott seguiu até a boate,  para resolver alguns assuntos, mas parece que a novidade, em ter uma garota em seu apartamento, já havia chegado antes dele.

— E aí chefe, como a garota é? — Erick , um dos seguranças da boate perguntou.

— Você é bem curioso, não é mesmo Erick? — Scott falou, olhando a empolgação do homem, querendo detalhes.

— Todos são chefe, mas só eu sou corajoso em perguntar. E aí, ela é bonita? Gostosa? — Continuou, querendo detalhes.

Scott riu do comentário e ficou pensativo, em dar uma resposta. Não tinha uma opinião formada sobre a Luna, não da maneira que ele queria saber.

— Não é como se ela fosse meu tipo. Você mesmo sabe que gosto de mulheres gostosas, com peitões, uma bela bunda para dar uns bons tapas. — Scott começou a contar a ele.

— Sim chefe! Sei sim. — Falou, empolgado com a conversa.

— Aquela garota… — Disse ele, se recordando da Luna. — Tá mais para um minion. — Falou e acabou rindo por sua comparação. — Ela é pequena, parece frágil e não sei se aguentaria uma boa pegada. Se é que me entende? — Scott comentou, lembrando de quando pegou a Luna em seus braços desacordada, indo até a clínica do Lorenzo.

—  Entendo chefe! — Erick  afirmou, sabendo do que ele estava falando.

— Não que ela não seja bonita, isso ela é! Aqueles olhos verdes, seu cabelo tem uma cor bonita, parece chocolate, aquela boca… Com toda certeza ela é uma bela mulher. — Falou, empolgado demais até.

— Mas vai ficar com ela? — Erick  perguntou,  olhando para o Scott descrevendo a Luna com tanto entusiasmo.

— Ela vai ficar no meu apartamento até se recuperar, depois, veremos o que vai acontecer, mas não penso nela de outra maneira. Só quero ajudá-la. — Scott falou, por fim. Querendo acreditar que era apenas preocupação seu interesse, por ela.

— Devia ficar com ela, chefe. O Oscar nos contou que ela é muito linda mesmo. — Erick  falou encorajando-o.

— O Oscar é um linguarudo. E por falar nele, manda ele para minha sala agora. — Scott falou, querendo acabar com aquele assunto. Não queria ficar pensando muito na Luna.

Scott foi para sua sala, pensando na conversa que acabou de ter com o Erick . Ele não podia negar que a Luna era realmente bonita, mas não era alguém que despertava o prazer nele. Ela era muito pequena e frágil.

— Me chamou, chefe? — Oscar perguntou, parado na porta, que estava aberta.

— Entre e feche a porta. — Scott falou.

Oscar fez o que ele mandou e foi até a cadeira em frente do Scott, sentando-se.

— Quero que você descubra tudo sobre a garota. Onde ela vive. Quem é sua família. Se ela está fugindo. Quero saber tudo sobre a vida dela. — Scott explicou a ele, tudo o que queria saber.

— Pode deixar chefe. Desconfia de algo? — Perguntou ele, curioso.

— Não acredito que ela não tenha família. Acho que ela está fugindo de alguém e quero saber quem é essa pessoa. — Scott falou, pensativo.

— Vou investigar e até o fim de semana, acredito que já tenho alguma coisa, chefe. — Disse ele, se levantando.

— Obrigado Oscar. — Scott agradeceu.

Oscar saiu da sala, deixando Scott perdido em pensamentos. Ele não entendia aquela preocupação toda, do porquê saber da vida daquela garota, mas ele estava realmente preocupado com a pequena "minion". Só com o pensamento, ele sorriu ao pensar nela.




MINHA PEQUENA REDENÇÃO. Parte II.Onde histórias criam vida. Descubra agora