capitulo 24

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Hoje é niver da Mayura-chan! Feliz aniversário!
Bjs da autora!

(Imagem da capa feita pela waru-chan, que lindo o preto ficou nela >w<)

Foi difícil escrever capitulo hoje, ta frio, detesto escrever no frio, parece que os dedos congelam.

Mas neh, bora la

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*preto pov*
*momentos antes do elevador descer*

Aquele elevador descendo parecia que iria demorar uma eternidade, dentro dele, aquela humana peculiar, mantendo uma feição apavorada na face, quase que lamentável. Em qualquer outra circunstância, eu teria sorriso ao ver seu sofrimento, mas... eu não conseguia mais

Eu reconhecia aquele olhar de desespero, ele ja habitou no meu rosto uma vez, foi a um bom tempo atrás, na época que eu não passava de um pequeno parasita que vivia as custas de meus pais.

Minhas memorias não são claras, eu era jovem, mas esse tempo tranquilo que eu vivi com meus pais durou pouco, tão pouco quanto a vida deles, que terminou assim que eu a tomei com brutalidade...

Eu não queria ter matado eles, foi apavorante quando descobri uma força que não deveria estar la, tudo terminou em um acidente, eu perdi aqueles que me trouxeram a vida por ser ingênuo e não conhecer minha própria força

- droga, eles escaparam - falou um dos soldados enquanto corriam em minha direção - pelo menos pegamos o pior deles - Pior? Eu sorri com esse comentário, era verídico.

Eu era o pior

- só acaba com essa coisa! - falou um soltado enquanto seu companheiro apontava uma arma para minha cabeça.

Eu fechei os olhos, era assim que ia acabar meu caminho, minha trilha de sangue? Morto por salvar um membro da espécie que nós lutamos tanto para aniquilar?

- últimas palavras? - zombou o soldado, com uma piada, enquanto ele tentava engatinhar a arma, porem, isso me fez pensar

Últimas palavras?

O que eu diria?

Pra quem em diria?

Alguma vez alguém se importou? Se nem mesmo eu me importo...

Depois de matar minha família por acidente, alguns tripulantes me acolheram, cuidaram de mim e deixaram eu fazer parte de sua tripulação, mas, assim que descobriram o que eu era, tentaram me matar sem o menor remorso

Uma praga que eles não queriam junto

Não preciso explicar quem saiu vitorioso, eu peguei um por um. Mas tinha um problema de ter matado todos, que foi não saber pilotar aquela nave, assim, cavei minha cova naquele dia, a deriva no espaço, sozinho novamente.

Tive sorte do grupo do vermelho ter me achado alguns anos depois, bem quando a ultima lata de sopa tinha acabado e o ar podia ser o próximo.

E então, depois de tanto tempo, eu finalmente conheci a cinza. Já tinha me habituado a esse lugar, não esperava mudanças, matar humanos virou meu hobbie predileto, ver e ser o causador de sua dor era divertido... mas com ela foi diferente, por que foi?

Me lembro que a primeira vez que nossos olhos se cruzaram eu quis quebra-la, ela percebeu isso, eu vi que percebeu. Fiquei pensando qual seria a melhor forma de começar, e julgando pela timidez que ela agia aos apelidos de roxo, decidi que iria começar pisando em seu coração.

Mas então, o quanto mais eu interagia com ela, quanto mais eu tirava expressões e reações diferentes dela, cada vez me deixava mais e mais curioso sobre o que eu poderia tirar da próxima, o que viria a seguir? Eu não entendia esse pequeno fascínio que eu tinha obtido por essa pequena humana, mas era viciante

Ultimo tripulante (Among us x Leitor)Onde histórias criam vida. Descubra agora