capítulo 32

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- o amarelo era... um pai para nós - disse roxo iniciando sua resposta, já que vermelho parecia não querer comentar sobre o assunto - quando nós precisávamos de algo, amarelo sempre estava lá, estendendo a mão para nós

- a vida de um impostor não é fácil - dessa vez foi a vez de marrom falar - nós temos que aprender desde pequenos que o melhor jeito de sobreviver é enganando outras raças, temos que ficar forte por cima do sangue dos outros

- mas com o amarelo as coisas eram diferentes - disse laranja com um sorriso bobo, parecendo se lembrar de bons momentos - ele não exigia nada da gente, ele queria que nós vivêssemos do jeito que nós queríamos

- por isso ele arrumou um lugar para morarmos - disse verde claro - longe dos problemas

- claro que... uns mantiveram os mesmos costumes - disse branco a olhar para preto - já outros resolveram ir contra tudo que aprendemos - falou o medico, se referindo a si mesmo

- ele parecia ser incrível - você abaixou a cabeça, tendo os flash back de rosa, a ultima vez que você conseguiu o ver, alguém de vestes amarelas estava a sua frente... uma alucinação poderia ser tão real ou te afetar de tão longe? ele não se parecia com o amarelo que eles descreviam

- yo! - você se assustou quando ciano chegou acompanhado por verde escuro - por que ta tudo mundo com cara de peixe morto?

- estamos distribuindo lembrancinhas - zombou marrom, a deixar seu capacete de lado- conseguiu arrumar a elétrica? 

- yeah - ciano deu de ombros e acenou para você, antes de ser puxado por verde escuro para um banco qualquer

- então - você suspirou, voltando a olhar para a janela - depois que essa nevasca passar, poderemos seguir nossas vidas normalmente? - você ouviu laranja concordar com você

Todos estavam gratos por tudo ter passado, claro que não duvidavam que poderia ter sobrado mais alguém por ai, por exemplo, rosa, que foi deixado vivo, mas isso era um problema para depois

- sim, mas...eh - falou marrom - só vamos ter que fazer uma longa vistoria

ele tinha razão, por agora, vocês tinham que focar em arrumar esses estragos e ver se não havia sobrado ninguém, e assim, voltar para suas vidas normais

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"me mate"

"me mate se quiser viver"

as palavras de amarelo ainda ecoavam na mente de rosa, o impostor, logo depois de se dar por vencido,  e ter cinza, marrom, verde claro, laranja e azul a se retirar de seu pequeno campo de guerra, encontrou amarelo. seu primeiro encontro com o homem, ou seja lá o que foi aquilo, tinha sido turbulento, mas rosa havia conseguido escapar com vida, já o segundo, não tinha escapatória para o mesmo

amarelo parecia saber disso

o impostor vulgo planta, praticamente implorou para que rosa o matasse antes que ele o matasse, mesmo que aquele não fosse realmente o amarelo que criou rosa e os demais, ainda era sua imagem e memórias. o frio já parecia estar fazendo um bom trabalho, observando as vinhas que murchavam até a morte, tanto a alucinação de amarelo, quanto a planta pareciam sofrer com aquilo

rosa não teve outra escolha quando aquilo começou a atacar, segurando firmemente o mesmo ferro que foi usado para perfurar seu peito anteriormente, o impostor acertou em cheio a cabeça de amarelo.

as imagens que rosa viu logo depois comprovavam sua teoria, a figura de amarelo tremeu ao se desfazer em um monte de vinhas enroladas, e da parte onde rosa havia acertado estava o centro da flor, uma linda flor vermelha e rosa que murchou a cair junto a neve

Ultimo tripulante (Among us x Leitor)Onde histórias criam vida. Descubra agora