Capítulo 5

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Você estava dormindo, em um sono profundo, quase chegando ao ponto de sonhar. Porem, de certo modo, aquela sensação confortável que você tinha sentido quando azul te abraçou para tentar te acalmar, agora havia desaparecido

Você se remexeu um pouco, sentindo o chão frio e duro em seus ombros, causando certa dor no local. Desconfortável, você se levantou colocando as mãos no chão para se apoiar, bocejando levemente.

Você coçou os olhos e olhou em volta, vendo que azul já não estava mais perto de você, na verdade, ele não estava em lugar nenhum. Você parou para reparar e avistou uma lanterna acesa junto de uma bandeja, suspeita, colocada um pouco mais a frente de ti, no chão

Nela havia um sanduíche que aparentava ser (escolha o recheio) e uma lata de refrigerante. Seus olhos brilharam e sua barriga roncou. Você estava realmente morrendo de fome

Mas você não se mexeu. Aquilo era muito suspeito, seu senso de tripulante falava que ali tinha encrenca.

Você olhou em volta, mas não conseguiu enxergar muita coisa, ja que as luzes ainda estavam apagadas e a única fonte de luz ali era a lanterna ligada, ao lado da bandeja.

Você com cautela pegou um cano de metal que estava na maleta de itens do azul, e com ela, puxou somente a lanterna até você. Olhando ao redor, agora com a lanterna, o lugar não parecia muito diferente.

Você se levantou com as costas pressionadas na parede e seu coração disparou. Tudo estava igual, exceto o chão: nele havia arranhões profundos que se pareciam com garras, como se alguém ou algo tivesse sido arrastado brutalmente até a sala ao lado

Você apertou a lanterna, pretendendo seguir as marcas de garras, porem uma silhueta, que saiu de onde as marcas iam, te surpreendeu, fazendo assim, você derrubar a lanterna, que caiu girando

Seu coração disparou mais uma vez e você agarrou aquele cano não muito grande de ferro mais uma vez, como se aquilo fosse a única coisa que te protegesse agora.

Conforme a silhueta foi se aproximando da luz da lanterna, você foi aliviando seu aperto no cano, ja conseguindo ver, em pequeno feixes, quem estava se aproximando. A boa noticia é que aquela sombra misteriosa era preto, ja a má é que era preto

- o.oi - você disse ainda com a guarda levantada, vendo preto se abaixar para pegar a lanterna giratória

- sabia que sua cara de medo me fascina? - disse ele voltando a posição ereta, te olhando com um sorriso no rosto

Você fez uma cara feia, e apontou o cano para preto.

- o que vai fazer com isso? - ele perguntou tirando seu capacete, que agora que você notou, estava com alguns arranhões - cócegas?

- eu posso te bater - você disse apertando o objeto

- então vá - disse preto se sentando de pernas cruzadas ao lado da bandeja de comida - quero ver o quão forte você pode bater

- não... uhg... droga - você disse por fim suspirando e largando o cano de lado. Você não podia bater nele, porque um; ele não estava sozinho, dois; ele é mais forte que você e três; você ta com fome... Você não pode agredir um impostor de barriga vazia

Você suspirou e escorregou pela parede, ate finalmente se sentar de frente a preto, claro, com certa distância entre vocês

- onde esta o azul? - você perguntou, levantando uma sobrancelha

- quem sabe? - Preto deu de ombros e apontou para o prato de comida - você quer?

- como? - você engoliu a seco. Foi preto que trouxe aquilo para você? - b.bom, s.sim, eu quero, mas... por que?

Ultimo tripulante (Among us x Leitor)Onde histórias criam vida. Descubra agora