No começo da noite, o sol levou consigo o tom alaranjado que coloria o céu, cedendo espaço à escuridão. O vento antes pacífico e suportável, se tornou gelado e cortante, o que era comum no inverno.
Jimin terminou o horário de bico no restaurante mais tarde do que o habitual, perdeu o ônibus e fora obrigado a caminhar todo o percurso até em casa. Faltava uma hora para estar na boate e ele tinha certeza de que chegaria atrasado.
Os músculos da sua perna queimavam no momento em que chegou em frente ao prédio e adentrou, apressado pelo hall — sem porta.
Seus pés pisaram fortemente no chão imundo e ele suspirou, cansado, pensando que não poderia cozinhar uma janta decente para Olívia devido à falta de tempo.
Ele se aproximou do seu apartamento e uma música altíssima soou pelo corredor.
Perguntou-se quem era o imbecil que festejava em plena quarta-feira, perturbando os vizinhos com o volume do som alto. Cogitou até mesmo reclamar com o administrador do prédio, mas parou ao notar que a bagunça acontecia em seu apartamento.
Jimin se aproximou, receoso.
A porta da frente se encontrava aberta e alguns homens fumavam na entrada. Eles pararam de conversar quando o garoto esbarrou neles para passar.
O menor franziu o cenho e pisou no tapete de boas-vindas. De onde estava, conseguia enxergar perfeitamente uma dezena de homens espalhados pelo grande cômodo que alojava a sala e a cozinha.
Alguns estavam sentados nas cadeiras da cozinha, outros em pé e a maior concentração de pessoas jazia ao redor da mesinha de centro da sala, onde havia uma roda de homens segurando cartas de baralho, fichas de poker e cervejas.
No meio da roda, estava Jongmin, sorrindo e bebendo.
Jimin apertou uma das alças da mochila nos ombros e sentiu a raiva se agarrando em si, era uma sensação terrível e corrosiva, que lhe causava falta de ar.
Sem controle, berrou:
— QUE PORRA É ESSA?
Silêncio.
Todos pararam o que faziam para olhar, confusos, o garoto inerte em frente a porta.
Jimin sequer se importou com a atenção que recebia, seus olhos furiosos foram em direção a apenas um rosto. Jongmin.
O miserável levantou de onde estava e curvou os lábios em um sorriso imenso.
— Esse é só o meu irmão, pessoal, podem continuar! — avisou, alegre.
— O stripper? — Uma voz desconhecida soou. — Faz uma performance para nós, amor.
Jimin ficou ainda mais irritado, os dedos apertaram com maior intensidade a alça da mochila e ele sentiu o corpo aquecendo devido à raiva.
Se Jongmin não tivesse lhe agarrado o punho, Jimin teria expulsado todos aos berros. Seu irmão o puxou sem delicadeza até o corredor que levava aos quartos e então o encarou impaciente.
O primeiro pensamento em sua mente fora sobre Olívia...
— Cadê a Olívia? — indagou, nervoso.
— Ela está no quarto. Fica tranquilo, aqui a chave. — Jongmin tirou do bolso o objeto e entregou a Jimin, que se já não estava colérico o suficiente, explodiu...
— Você deixou ela presa no quarto? — Desacreditado, soltou o próprio punho do aperto e o empurrou. — Como você pode trazer esses imundos para cá sendo que a Olívia está aqui também?

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The Stripper | Jikook
FanfictionSer stripper, não concedia um grandioso status a Park Jimin, pelo contrário, o garoto era constantemente alvo dos olhares maliciosos, assédios e bullying escolar. No entanto, vivendo em um bairro marginalizado com seus irmãos para sustentar, Jimin n...