Cap 6: One Day - Tate McRae (part 3)

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Tradução: One Day

É impossível
Tirar você da minha mente
Penso em uma centena de pensamentos
E você é noventa e nove
Eu entendi
Que você nunca será meu
E tudo bem
Estou apenas quebrando por dentro

É impossívelTirar você da minha mentePenso em uma centena de pensamentosE você é noventa e noveEu entendiQue você nunca será meuE tudo bemEstou apenas quebrando por dentro

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Nicolas:

Cheguei em casa a tempo de encontrar meus pais ainda a mesa tomando café da manhã. Por isso entrei em silêncio, parei ao lado de meu pai e coloquei o pacote com a camisinha sobre a mesa.

- Nicolas! - Minha mãe se exaltou em choque.

- Seu troféu - Disse com ódio, porém, não recebi qualquer tipo reação.

O observei continuar a tomar seu café indiferente sem nem lançar um olhar para mim

- Não se esqueça de pagar Felipe e Igor. Eles fizeram um ótimo trabalho.

Deixei a cozinha, ainda mais irritado, indo direto para o meu quarto. Entrei no cômodo, bati a porta com força atrás de mim e me joguei sobre a cama.

Me sinto cansado e frustrado.

Tirei do meu bolso um pequeno guarda-chuva de copo. O analisei por um tempo, abrindo-o e fechando enquanto relembrava. Este era o enfeite do primeiro drink que pegamos juntos. As memórias da noite anterior ainda estavam vivas em minha mente. Apesar de estar bêbado, sabia que seria impossível me esquecer. Não foi um sexo qualquer, foi minha primeira vez. E foi bom.

Gostei tanto do sexo quanto dele. Mas assim era melhor, deixa-lo apenas como uma boa memória, junto como minha atração por garotos. Devo aceitar que não poderei assumir isso. Não podem saber... eles nunca permitiriam.

Ao pensar nessas coisas, uma dor se infiltrou em meu coração e um nó se formou na garganta. Rapidamente, puxei o travesseiro para cima do meu rosto, escondendo minhas lágrimas que insistiram em rolar.

Eu só queria poder ser o que eu quisesse ser, sem temer, sem chorar ou me culpar.

Chorei por um bom tempo deitado na cama. Sentia que quanto mais eu chorava, menos de mim sobrava, como se com minhas lágrimas também se fosse o pouco de esperança que me restava.

Ouvi passos se aproximando da minha porta, seguido de 3 batidas leves. Sentei na cama assustado. Definitivamente não era minha mãe, mas certamente também não era meu pai, sendo que ele nem se quer bateria na porta.

- Quem é?

- Sou eu... Felipe.

Felipe? Por que ele está aqui?

Sequei minhas lágrimas com as mãos e me cobri com a colcha da cama, deixando apenas meus olhos para fora, e enfim respondi:

- Pode entrar.

O garoto abriu a porta devagar, como se estivesse inseguro, e a fechou assim que entrou. Percebi que suas mãos estavam escondidas em seus bolsos, enquanto os olhos focavam o chão.

Ele está nervoso.

- O que foi? - Perguntei.

Felipe abriu a boca várias vezes como se quisesse começar a falar mas desistia antes de começar.

- Eu... queria te pedir desculpas por ontem.

Não consegui controlar minha expressão de surpresa, isso me pegou desprevenido.

- O que?

- Eu queria te pedir desculpas por ontem, pelo modo como tratamos você. Igor não deveria ter agido daquela forma...

Tirei o cobertor de cima de mim, sentei-me na cama ainda encarando a figura de Felipe no centro do meu quarto.

- Eu não queria ter te colocado naquela situação.

Suas palavras me acertaram com força. O que Igor fizera comigo noite passada realmente tinha me magoado. Estou acostumado a pensar que tudo o que ambos fazem e por conta do meu pai, mas ainda sim me magoo quando certas coisas acontecem. Gostaria de pensar que apesar do dinheiro, eles ainda são meus amigos.

- Eu não estou bravo com você - Respondi.

Felipe levantou a cabeça me olhando surpreso.

- Na verdade, eu fiquei sim, mas foi ontem. Isso passa, sabe que não guardo rancor.

O garoto pareceu ter ficado um pouco aliviado, mas seu nervosismo não havia passado. Ele se aproximou devagar e sentou-se ao meu lado.

- Posso te fazer uma pergunta? - Seu olhar curioso sobre mim me fez sentir um pouco de receio.

- Pode - Respondi.

- Você é gay?

MERDA!

Por um momento senti meu corpo todo travar e congelar. Meu coração disparou contra peito em batidas fortes. Parecia que meus pulmões haviam desaprendido a respirar. Tentei ao máximo controlar minhas expressões e minha voz para responde-lo.

- Por quê acha isso?

- Não é muito difícil de suspeitar disso, Nick. Mas está tudo bem se você for.

Como pode estar tudo bem, Felipe? Meu pai jamais aceitaria isso, como pode estar tudo bem?!

- Não sou gay - Tentei soar confiante, mas ele ainda parecia não acreditar. Suspirei e tentei novamente - Eu fiz. Eu fiquei com uma garota ontem - Percebi a desconfiança em seu rosto diminuir, dando lugar para uma expressão confusa e curiosa - Depois que nos separamos eu encontrei uma pessoa e ... aconteceu.

Eu realmente havia encontrado uma pessoa, e eu realmente havia dormido com ela... Só que está pessoa era um cara, mas ele não precisava saber desta parte.

- Você gostou?

Abaixei os olhos para as minhas mãos que ainda seguravam aquele guarda-chuva. E com um sorriso respondi:

- Sim, eu gostei.

Me Leve Para CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora