Cap 10: KINDLY CALM ME DOWN - MEGHAN TRAINOR (part 1)

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Kindly Calm Me Down:

Tão frio, sozinho
Você poderia ser meu cobertor?
Envolva meus ossos
Quando meu coração se sentir nu
Sem força, muito fracO
Eu poderia usar um pouco de proteção
E o seu amor, tão forte

Como uma pílula, eu o tomaria
Como uma pílula, o seu amor eu tomaria

Como uma pílula, eu o tomariaComo uma pílula, o seu amor eu tomaria

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Nicolas:

Depois do que eu havia dito a ele, esperava não vê-lo mais na minha frente. Pelo menos, não tão cedo. Mas ele aparecia todos os dias no refeitório do meu bloco com seus amigos. Um deles era da minha turma, o que fazia os nossos encontros serem ainda mais frequentes. No começo achei que estivesse fazendo de propósito, deixando-me irritado, mas com o tempo passando e ele não fazendo nada, entendi que não era o caso. Ele realmente tinha cumprido com sua palavra.

Queria poder esquecer que aquela noite existiu, porém, sempre que meus olhos o encontravam, acontecia exatamente o contrário. Me lembrava de como nos conhecemos e quem eu era. Sua presença me assombrava dia a pós dia.

Tudo nele continua tão atraente quanto aquela noite, tornando tudo ainda mais difícil. Queria poder falar com ele, queria poder provar daquilo mais uma vez, mas precisava manter-me na linha. Precisava fingir, colocar minha mascara e não deixar meu pai irritado. Mas é difícil recusar algo que já se provou...

Enquanto ajeitava minha camisa dentro da calça alguém bateu na porta.

- Entre!

- Sou eu – Minha mãe abriu a porta e olhou para dentro do quarto me procurando.

- Pode entrar, estou quase pronto.

- Filho, queria conversar com você – Sua voz soou melancólica, me dando alerta de que era algum assunto delicado.

- Agora? Estou em cima da hora... – Seu rosto descontente respondia por si – Ok, tudo bem.

Sentei-me na cama e fiz sinal para que ela se sentasse ao meu lado, e assim fez.

- Reparei que não toma mais café da manhã com a gente e prefere comer a caminho da universidade. Se tranca nesse quarto e fica o tempo todo desenhando ou pintando. Olha a bagunça que está o seu quarto... – Mamãe olhou para o canto do cômodo onde estava meu cavalete e as tintas espalhadas com descontentamento – O que seu pai fez foi errado e eu já conversei com ele sobre isso.

Não sabia aonde ela queria chegar com esta conversa, mas só por ter citado papai, já estava apreensivo, temendo o pior.

- Eu e seu pai pensamos que talvez passemos um pouco do limite em relação a sua vida e a suas escolhas.

- Você chegou a esta conclusão sozinha, sem o papai, certo? – Perguntei.

Seu leve sorriso diminuiu até sumir por completo, deixando apenas seus olhos triste sobre mim.

- Olha, se preferir e se for te fazer se sentir melhor, posso arrumar um apartamento para você próximo ao campus, o que acha? Assim evitamos do seu pai tentar controlar tudo sobre sua vida.

- Como se eu precisasse estar aqui dentro para isso acontecer. Ele suborna meus amigos para ficarem de olho em mim, vai saber o que mais ele não pode fazer – Meu tom saiu um pouco mais irritado do que gostaria.

- Eu sei que está irritado, mas pense nisso, talvez seja bom para você – com uma de suas mãos segou a minha, enquanto com a outra ajeitou meu cabelo, colocando uma mecha para trás da orelha.

- Ok, tudo bem... - concordei.

Talvez aquilo fosse uma boa ideia no final. Apenas o fato de não precisar morar na mesma casa que eles já me deixava imensamente satisfeito.

- Ok. Pode terminar de se arrumar, veremos isso mais tarde.

Assenti e a vi deixar meu quarto com um sorriso satisfeito nos lábios.

Sair de casa e morar sozinho? Por quê isso agora? Não sei se deveria ficar feliz ou não, não sabia o que se esperar dos meus pais.

Me Leve Para CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora