Capítulo 30

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Laura

Contei tudo para a Sofia, tudo o que consegui contar, não parava de soluçar e não estava a conseguir conter o choro...

Eu sentia-me uma criança de 5 anos a chorar por não ter recebido algum brinquedo que pedira...

Limpei as lágrimas com o lenço que a Sofia me ofereceu, encostei a cabeça no banco e fechei os meus olhos por instantes

Massimo

Massimo: acabou tudo! Bárbara sai da minha vida! Nunca mais te atrevas a me procurar para nada!

Bárbara:Massimo...

Massimo: vai te embora por favor

Bárbara: não sei como te atreves a dizer uma coisa dessas, sempre estive ao teu lado e ajudei-te nas melhores formas e fazes-me isto, a culpa é daquela vagabunda

Massimo: se voltares a chamar a Laura de vagabunda irei me chatear a sério contigo agora com calma e sem confusões sai! O Carlos leva-te a casa

***

Bárbara saiu irritada e Carlos acompanhou-a para leva-la a casa

Tentei ligar a Laura 5 vezes mas ela nunca atendeu, não iria insistir... Talvez será melhor para ela a distância, nunca fui e serei uma boa influência para ninguém...

Arrumei tudo e decidi ficar por lá a dormir, comecei a beber... Sem controlo algum...

Só pensava na Laura e na sua incrível presença que tinha perdido, eu não podia acreditar... Sentia-me um mostro ruim e nada sentimental

A minha única maneira de acalmar seria tomar um banho... Relaxar e refrescar as ideias...

***

Estava a preparar as coisas para tomar banho e recebo uma mensagem de Sofia ( a melhor amiga de Laura)

Sofia

On

Massimo eu encontrei o teu número no telemóvel/celular de Laura, só queria te enviar esta mensagem sem obter resposta depois, mas afasta-te dela, não tem perdão usares uma pessoa para nada, lamento Massimo

Off

A minha lágrima apareceu no canto do olho, eu estava cheio de ódio, raiva e fúria, eu queria descarregar em alguém a minha força,  nunca me tinha sentido assim novamente desde o acidente com o meu pai...

Eu descontrolei-me...

A minha mão cortou-se toda, comecei a sangrar o lavatório todo, mas tinha aliviado um pouco o ódio

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A minha mão cortou-se toda, comecei a sangrar o lavatório todo, mas tinha aliviado um pouco o ódio... Em alguns momentos a dor infelizmente é nossa amiga, temos tanta necessidade de pensar na dor que esquecemos os problemas, o que não está certo mas...
Naquele momento foi a decisão que tomei e agora terei de aguentar a dor...

Não só por me magoar mas por perder alguém que eu realmente consegui entender e amar cegamente, alguém que eu quis sempre do meu lado e apoiou-me sempre dando o melhor para mim e para o meu pai...

***

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***

Laura

Acordei e mal conseguia fazer alguma coisa, estava cansada e triste ao mesmo tempo, não tinha vontade de nada, somente ficar em casa... A ver filmes românticos e a chorar por todos os lados, dando a desculpa do filme claro...

Nunca me tinha sentido assim antes, é péssimo sofrer por alguém que não nos merece, só que essa pessoa entrou tão fundo no nosso coração que é difícil ela sair derrepente... Pode levar meses ou anos para a dor passar ou diminuir... Mas de qualquer maneira não posso ficar sempre presa aqui em casa a chorar algo que não tive culpa

Então decidi fazer um bom pequeno almoço como eu gosto e ir caminhar, espairecer um pouco, a natureza acalma-me imenso e faz-me esquecer as coisas negativas, acho que vai ser uma ótima opção para hoje

Preparei comida para um piquenique e decidi ir passear sozinha, tinha lugares muito lindos onde poucas pessoas conheciam e eu adorava ir para lá, não só estava longe da maioria das pessoas como também estava com paz e calma para ler os meus livros preferidos e assim passar uma ótima tarde

***

Massimo

Carlos

On

Massimo: diz!

Carlos: calma Massimo...  Era para fazermos alguma coisa, não podes passar o dia todo aí no Iate a beber

Massimo: como sabes que estou a beber?

Carlos: a tua voz diz tudo

Massimo: estou bem, não me chateies!

Off

***

Carlos percebeu que Massimo não estava nada bem, nunca tinha agido dessa forma antes, pois ele alinhava em tudo

Pegou no carro e dirigiu-se para o Iate de Massimo

Chegou lá... E viu muita desarrumação, só garrafas de bebidas alcoólicas vazias no chão... O Massimo estava sentado no sofá com as mãos na cabeça com dor

Carlos: Massimo não achas que chega? Anda vamos arrumar isto tudo e vamos embora

Massimo: deixa-me!

Massimo deitou-se no sofá e fechou os olhos, então Carlos aproveitou para arrumar o Iate e deixar tudo limpo para poderem voltar para casa.

Passado algum tempo Carlos termina de arrumar tudo e ajuda o Massimo a levantar-te e irem para casa, pois a dona Maria já deveria estar muito preocupada.

Na viagem parámos algumas vezes para Massimo vomitar mas finalmente conseguimos chegar a casa

A dona Maria estava na porta à espera de Massimo muito preocupada, pois Massimo não atendeu nenhum telefonema da dona Maria desde ontem à noite

Assim que ela viu Massimo naquele estado fica aflita e vem me ajudar imediatamente

Levámos o Massimo para o quarto, a dona Maria colocou um pano frio para diminuir a febre do Massimo e deixaram-no a descansar
***

Dona Maria: meu filho, o que ?

Carlos: dona Maria... É uma longa história

Dona Maria: tem razão, sente-se, vou preparar um chá com bolachinhas para o menino comer e uma forma de agradecimento por ter cuidado do meu Massimo

***

Passado algum tempo a dona Maria trás Chá com fruta, bolo de chocolate e bolachas recheadas

Colocou tudo em cima da mesa à minha frente para poder comer à vontade e sentou-se ao meu lado à espera que eu contasse o que tinha acontecido

Coloquei açúcar no chá, parti uma fatia de bolo e comecei a contar tudo o que tivera acontecido até aquele dia...

𝙼á𝚏𝚒𝚊 𝙸𝚝𝚊𝚕𝚒𝚊𝚗𝚊 Onde histórias criam vida. Descubra agora