XX •Ela É Excepcional•

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Quando acabou o espetáculo, eu e Chikara saímos do zoo. Já tínhamos visto todos os animais e já estava a ficar tarde, então ele insistiu em me levar a casa.

A cada passo que dávamos parecia que uma brisa de frio se instalava entre nós, era absolutamente estranho...

–Ainda estás chateado?

–Claro que não! Era apenas um pavão.

–Então, porque continuas assim?

–Assim como?

Aponto para o moreno que se encontrava de braços cruzados e beicinho no rosto.

–Ah vá lá! Qual era o mal de querer dar festinhas no animal.

–O mal é que tu não prestaste atenção no que o homem disse. Ele agora como se quisesse acasalar contigo! Tudo bem para ti?

–Pft- hahahahaha estás com ciúmes de um pavão?

–Não! Bem... talvez... mas só um pouco!

–Chikkun~

–O que é?

–Eu não ligo porque só há um alguém por quem eu me interesso – aproximo-me dele e abraço o seu braço para ver o seu rubor aparecer mais de perto.

–E-e quem é...?

–O meu pai! O que achas que ele iria dizer se eu fizesse com um animal? Ao menos teria que admitir que aquele era bem bonito.

Ele olhou-me desapontado com a minha resposta e juro que consegui ouvir os seus pensamentos. Diziam algo como:

"A sério!? Chata..."

–Neste preciso momento descobri que eu sou um iludido de primeira. – abanou a cabeça, separou-se de mim e seguiu reto.

–Ei! Pf- volta aqui!

E assim começamos a correr um atrás do outro feitos loucos pelo passeio.


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–Ai~ – disse ao tropeçar e cair ao chão de frente.

–Hahahaha! S/n, estás bem?

–Estaria melhor se me ajudasses...

–Hai hai, desculpa. Vem, segura aqui.

Ele estendeu a sua mão e de bom grado eu aceitei.

Por um segundo o olhar dele prendeu o meu. Senti que conseguia ver o céu e tudo o que estava a meu redor. Tudo brilhava tanto que os meus olhos voltavam sempre para Chikara e não saiam mais de lá.

Saí de transe com a sua voz grave.


–Vamos andar normalmente agora. Não quero ter chatices com os teus pais por que a filha deles é desastrada.

–Humf! Sendo assim, não preciso da tua companhia! Podes ir embora, xô, xô!

–Ai, minha pequena... tu sabes bem que precisas de mim. Eu sei que precisas de mim – ele puxou a minha bochecha com força fazendo-me ficar com um pouco de dores – Não te consigo deixar sozinha assim por mais que queira. Por isso, terás de me suportar até chegarmos a tua casa.

–Tá...

Ele sorriu docemente e encorajou outro nascer no meu rosto involuntariamente.

𝑬𝒙𝒄𝒆𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍, 𝗘. 𝗖𝗵𝗶𝗸𝗮𝗿𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora