XXI •Em Breve•

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Entrei em casa dos S/s's e fui muito bem recebido por S/m que, como sempre, era um amor de pessoa.

–Chikara, meu querido, que bom ver-te por aqui!

–Obrigado, Sr. S/s.

–S/m, até tu sabias que ele era Chikara!? Não me digas que a S/i também sabe...

–Haha não me parece que saiba, meu amor.

–Enfim, Chikara, meu jovem, senta-te para conversarmos!

–H-hai – mesmo que ele falasse de forma amigável, eu continuava um pouco nervoso. Mas quem não ficaria? Imagina estares no meu lugar: "a falar com os pais da rapariga ou do rapaz que gostas e eles te tratarem como se já fosses parte da família." Se eu dissesse ou fizesse algo de errado a minha sorte iria acabar em questão de segundos.

–Trouxe umas bolachas! – por fim chegou a estrela mais brilhante que o Sol.

–Eu pedi salgadinhos!

–Pois, mas bolachas são melhores. Por isso, pai, se queres salgadinhos... VAI BUSCAR POR CONTA PRÓPRIA E NÃO DEIXES ISSO PARA A TUA FILHA! – disse fazendo uma grande ênfase na palavra "pai". Logo depois de se acalmar, aproximou-se de mim com um belo sorriso – Pega uma, Chikkun!

–Hai, claro! – ela estendeu-me um prato com um monte de bolachas em forma de animais para eu escolher. Olhei com atenção para ver qual me parecia melhor mas toda a animação foi-se à vida quando eu a vi... – a sério?... Uma bolacha de pavão?

–Oh um pavão. Eu quero! – a mãe dela pegou e deu uma trinca na bolacha.

–Ei, eu também quero um pavão!

–Tens aqui outro.

–Ah, que bom! – o Sr. S/p pegou no outro pavão que havia.

Será que se a S/n ficasse com um pavão ele seria, para os pais dela, um genro melhor? Não, claro que não. Eu sou muito melhor que um pavão. Certo...?

–~Ei, pst~ – S/n chamou-me em sussurros.

–~O que foi?~ – respondi num tom um pouco mais irritado que o que eu queria.

–~Não te preocupes.~ – pegou na minha mão – ~Sabes bem que eu gosto mais de ti do que daquele pavão.~

Corei com a fala e com o sorriso mas não muito depois também retribui. Mas, logo, percebi que não estávamos sós.

–Chikara, explica-me, AGORA, que tipo de relação tu tens com a minha filha!

–Pai, não precisas ser tão raivoso.

–Silêncio! Estou a tentar manter a minha postura de pai protetor de que todos têm medo!

–Amor, ninguém tem medo de ti a não ser quando estás de farda.

–Hum... já volto! Vou vestir a farda.

–Não pai- aff. Não é preciso, apenas aje normalmente com todos os dias.

–*Suspiro* se é a minha filha a pedir, então está bem... mas respondam, que tipo de relacionamento vocês têm?

Apesar de estar mais calmo o meu coração estava a bater a mil. Tínhamos acabado de nos confessar e eu já estava a contar os meus sentimentos pela S/n após pais dela! Não é ir depressa demais!?

Okay, calma. Respira fundo. É algo que iria fazer algum dia, então é melhor despachar.

–Chikara – S/a chamou suavemente – não te sintas pressionado a responder. Tu também não minha filha. Seja o que for que tenham, vão ter ou não tenham eu estarei de acordo.

Realmente, se eu vou ter uma sogra, não há nenhuma candidata melhor que a mãe de s/n.

–Por mais que eu não queira ser tão bonzinho assim... *suspiro* tu és um bom rapaz, jovem, e eu sinto que podes ser capaz de cuidar da minha filha.

A mesma coisa para Sr. S/p. Mesmo que se faça de mau, ele éalguém bastante compreensivo e amigável.

–Dizemos? – perguntei para a linha rapariga que tinha se sentado ao meu lado.

–Acho que é melhor.

–Se têm algo para nos contar é melhor que-

–Sim, nós temos.

Okay, respira.















[...]


















–Uaah- mãe, não consigo dormir... – de onde aquela pirralha surgiu. E porquê agora!?




–Ah, S/i. Anda, a mamã vai ficar à tua beira. Vocês continuem a conversa.

–Espera! Mana, quem é esse?

–A- hum...- esse é o Chikara. Meu amig- hum...– ela olhou para mim e pareceu pensar bastante no que iria dizer.

–Teu namorado?

–Não é be-

–Sim, sou o namorado da S/n. Bem... não oficialmente, mas em breve serei. Prazer, Ennoshita Chikara.

E foi assim que estraguei todas as oportunidades de ter a compreensão dos pais da minha amada para com a nossa relação.

Ou melhor. Será?
...

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𝑬𝒙𝒄𝒆𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍, 𝗘. 𝗖𝗵𝗶𝗸𝗮𝗿𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora