XI •O Sonho•

42 12 18
                                    

O que eu vou fazer?...

❀♪░▒▓▒░♬░▒▓▒░♫░▒▓▒░♬░▒▓▒░♪❀


Fechei os olhos. Não podia acreditar no que estava a acontecer.

Como assim ele deixou de ser meu amigo? Porque raios ele me deixaria sozinha para ficar com alguém da qual nunca tinha citado a sua existência até agora? E... porque parecia que até ontem sentíamos o mesmo um pelo outro...?

Eu gosto dele. Essa foi a conclusão a que eu cheguei, mas para quê se agora recebo um fora e perdi de vez essa pessoa!? O que eu fiz para merecer isto...?

Para além de que nem tenho o meu pai aqui comigo para me consolar ou fazer companhia. Era a ele que eu recorria sempre que estavaem baixo...

Por sorte, tinha Tanaka ali comigo. O meu melhor amigo, aquele que nunca me abandonou por nada!

~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~

Acabei de comer o jantar com minha mãe e tanto a entrada, como o prato principal, como a sobremesa vieram acompanhados de um silêncio pensador.

Ninguém se atrevia a dizer ou fazer algo.

Fui para a cama deitei-me e adormeci num instante, já que tinha tido um dia BASTANTE cansativo.

...

~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~▪︎~

Acordei, abri os olhos e fui tomar o pequeno almoço, mas para minha surpresa...

–Bom dia filha!

Não era possível...

–Hoje, será aqui o pai a te levar à escola!

–S/p está assim animado desde que recebeu folga depois da missão. Chegou aqui mais ou menos às 2 da manhã e dormiu pouco, não me pergunte comotem tanta energia.

Eu estava... nada descrevia a minha alegria e confusão naquele momento. Ele estava ali, mas como?

–Como? Como você voltou.

–Como assim "voltei"? Era suposto não voltar?

–Não é isso! Mas, o que aconteceu, você não tinha sido morto pelo sequestrador?

Eles me olharem confusos, mas eu não estava muito em posição de me queixar. Estávamos todos iguais.

–Quem lhe disse que seu pai tinha sido sequestrado?

–O amigo dele veio aqui dizê-lo.

–S/n, de certeza que não foi um sonho?

Um... sonho...?

Será que... tudo aquilo não passou de um simples sonho? Não. Um pesadelo?

–Talvez...

–Bem seja como for. Sim, eu fui sequestrado, mas esses homens eram iniciantes na área de sequestros e acabaram por ficar sobre demasiada pressão, por isso entregaram-se e deixaram-me ir.

(Como um sábio ruivo uma vez disse:
Baki baki ni ore
Nani wo?
Kokoro ou daiou.)

Eu corri na sua direção e dei-lhe um grande abraço pendurando-me em seu pescoço.

–Fico feliz que tenhas voltado bem.

O homem que até agora estava a brincar com qualquer palavra se saísse da sua boca mudou completamente a sua expressão facial para uma mais serena, devolvendo o abraço.

𝑬𝒙𝒄𝒆𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍, 𝗘. 𝗖𝗵𝗶𝗸𝗮𝗿𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora