18- Paralisado

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Após a "lua de mel", Hoseok voltou para Seul com sua esposa. Seus dias voltaram a ser monótonos como antes. Acordava, ia para a faculdade, voltava e dormia. E assim o ciclo se repetia.

Não tinha vontade de fazer nada, não tinha ânimo, nem se alimentar direito se alimentava. Não sabia quando havia se perdido tanto assim.

Quando se encontrava com Yoongi coincidentemente, não sentia nada, não conseguia sentir. Mas ainda sentia que o amava.

Confuso não? Pois é, era assim que o maior estava por dentro. Uma bagunça.

Seu subconsciente gritava para que ele fizesse alguma coisa, para que ele fugisse com seu amor, agisse. Porém era muito covarde para fazer tal coisa.

E o que ele fazia a respeito disso? Nada.
Apenas assistia com as mãos nos bolsos Yoongi ficar cada vez mais distante de si.

Não sentia mais nada. Parecia estar dormente. Estar perdido, e isso o matava por dentro.

Estava paralisado.

Estava debaixo da água, mas sentia como se estivesse no topo.

Estava numa caixa. Mas foi ele mesmo que se trancou lá. Sufocando e ficando sem oxigênio.

Sabia que deveria sentir. Mas estava paralisado.

E mais uma vez se encontrava indo para um boteco beber, sem se importar se eram quase dez horas da noite, ou se poderia ser assaltado por conta de não ter quase nenhum movimento nas ruas, tampouco se importou com Ryujin que provavelmente iria ficar brava consigo. Apenas foi. E só parou de beber quando o bar já estava fechando, sendo obrigado a se retirar do estabelecimento.

Começou a andar cambaleando pelas ruas de Seul novamente, apenas com um lugar em mente. E era para lá que estava indo.
...

Mais uma vez Yoongi se encontrava jogado no sofá, embolado em uma manta, parecendo uma bolinha. Estava assistindo Dorama, pois mais uma vez seu sono havia ido embora.

Após o acontecimento daquele dia, nunca mais quis tocar na bebida novamente. Por mais que Taehyung tivesse cuidado bem de si, se arrependia das coisas que pedira para o maior, além de que passou muito mal, vomitou quase todas suas tripas e ficou com enxaqueca o dia todo.

Descobriu que havia outras maneiras de se distrair além da bebida, e estava fazendo uma delas agora.

No entanto, sua distração é interrompida pelo barulho da campainha tocando.

Franziu as sobrancelhas olhando para o relógio pendurado na parede, vendo que eram quase meia noite.

Quem poderia ser a essas horas?

Se perguntava enquanto ia em direção a porta. Tentou verificar pelo olho mágico, mas estranhamente parecia que algo estava impedindo de enxergar claramente, como se alguém houvesse colocado a mão na frente.

Ainda confuso, resolveu pegar um taco de beisebol, que por algum motivo tinha ali na sua casa, ouvindo a campainha soar mais uma vez.

Respirando fundo e contando até três, abriu a porta.

— Vai embora! – Sua primeira reação fora bater com o taco na cabeça do sujeito.

— Aí porra. – Esbraveja uma voz meio embolada e familiar.

— Hoseok? O que faz aqui?

— Posso entrar?

— Não. – Tenta fechar a porta, porém Hoseok é mais rápido e o impede segurando a mesma.

 An irritated omega ²versãoOnde histórias criam vida. Descubra agora