Capítulo 4

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Corey não acreditava no plano estúpido e, segundo sua opinião, mal arquitetado de Evan

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Corey não acreditava no plano estúpido e, segundo sua opinião, mal arquitetado de Evan. Mas o seguia com bravura, como se algo dentro dele o forçasse a procurar pelo que tanto o atormentava. Talvez desejasse que os pesadelos com Abby fossem, também, magicamente resolvidos.

Se achou estúpido, o que ainda faz aqui?
Evan perguntou, dissimulado.
—  Ah, verdade! Você está tão curioso quanto eu.
Zombou.

Eu não estou curioso, só estou preocupado que faça alguma besteira.
Mentiu.

Evan que por alguns instantes ultrapassou o colega, virou-se duvidoso.
— Você não sabe mentir.

Corey deu de ombros e logo andou com um pouco mais de rapidez.
Então, me conta sobre a noite passada.
Evan pediu, ao que aparentemente necessitava de mais detalhes.

Mas eu já contei tudo que me lembro.
Resmungou.

Deve haver mais algum detalhe, cave mais fundo. — Insistiu Evan.

Corey relatou exatamente todos os seus passos da noite anterior, sem sequer perceber que havia liderado o caminho para o lado oposto da floresta, o qual haviam entrado.

Onde estamos?
Perguntou Corey, após fazer uma parada para descansar.

Não sei, eu estava te seguindo.
Respondeu Evan serenamente.

Eu estava te seguindo. — Retrucou ele, lançando um olhar assustado para o amigo.

Antes que se dessem ao luxo de se atormentarem com a imprudência ao qual tentavam evitar, Evan tomou a iniciativa.

O rapaz analisou a cena com cuidado e persistência, impulsionado pelo seu entusiasmo por livros e filmes de detetive, o que o fez sentir-se como um especialista no assunto. Após examinar todas as "pistas" minuciosamente, o garoto argumentou que, definitivamente, algo havia ocorrido naquele lugar, em algum momento da noite anterior.

— Ou teve alguma briga de esquilos famintos. — Disse ele, zombando.

— Como assim?  Como sabe que estamos no lugar certo?

Não sei. — Murmurou, avançando e apontando para um local. Continuou: — Mas parece que havia alguém deitado aqui. E aquela árvore está estranha. — observou, apontando para a árvore à sua frente.

Como você sabe? — Corey perguntou, curioso.

Quando eu era criança, costumava caçar com meu pai, ele me ensinou a rastrear. Conheço algumas coisas.

— Então, você é o novo Xerife da cidade, hein?
Riu, pela cena faroeste que havia encenado.

— Ninguém ri da própria piada, Corey.
Respondeu voltando atenção para as folhas.
Ou provavelmente, achamos onde o canibal Marcus Santiago dormiu pela última vez.

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