Capítulo 3

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O sinal estava soando alto e claro bem acima de sua cabeça

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O sinal estava soando alto e claro bem acima de sua cabeça. Evan o encarava feroz, como se estivesse colado naquele lugar, incapaz de se mover.

Os alunos eram dispensados de mais um dia que, segundo os professores fora produtivo para os estudos. Rapidamente, o corredor tornou-se minúsculo, os adolescentes misturavam-se em grande euforia e animação. Era como um circo de horrores, pelo menos era assim que ele se sentia.

O garoto aguardava seu melhor amigo próximo à sala do diretor, ansioso para ver Alicia e esperando que Corey também se apressasse em aparecer.

Estava procurando por ela inconscientemente em meio àquele ninho de horror e, de repente, avistou-a radiante, com um sorriso de canto a canto — o único que havia chamado sua atenção. Seus cabelos lisos caíam assentados sobre os ombros descobertos da menina, atraindo olhares para aquele pescoço fino e salpicado de pintas, ainda mais realçado pela gargantilha de borboleta que ela costumava usar — sua pele estava bem mais brilhante e excitante. Ela o encarou e de um sorriso delicado retribuiu o aceno de seu bajulador e de repente, Corey o interrompeu do transe emocional que se encontrava.

— Vai assustá-la. — Disse Corey ao lado do rapaz com os braços cruzados e uma expressão insensível.

Cala a boca, Coco! — Exclamou Evan, aborrecido.

— Há quanto tempo estás aí? — Perguntou, confuso e com os olhos arregalados.

Tempo suficiente para perceber o quão patético você é.
Murmurou, provocando o amigo apaixonado.

Em questão de segundos Evan se virou para o amigo afirmando que o mesmo tinha razão; precisava de um plano para conquistá-la e provavelmente, quanto mais a encarasse mais a manteria distante. Mas antes, precisavam descobrir o que havia acontecido na noite anterior. Embora fosse astuto e perspicaz, Evan não era tão cauteloso quanto deveria ser e, naquele momento, sua curiosidade não lhe permitia ser.

Esse é o plano! — Exclamou alvoroçado. — Você acompanha Lindsay, e depois nos encontramos. Eu vou estar te esperando.
Disse e, em seguida, desapareceu no meio daquele ninho de horror.

Corey, que não tinha sequer concordado com " o plano" ou entendido o que 'Vou estar te esperando' significava, permaneceu em pé, ao lado da sala do diretor, imóvel e confuso. Lindsay, que estava passando por ali e indo em direção à saída, viu-o e perguntou se o plano de irem para casa juntos ainda estava de pé, ao que o garoto gentilmente concordou; ainda assim ouvindo a voz de Evan murmurando o quanto não confiava na menina e de seu pai, exigindo seu cavalheirismo.

No caminho de volta, eles passaram pela Avenida St. Augustine. Corey segurava seu skate com tanta força que quase não o balançava, enquanto, espantado, encarava as árvores e estava atento até mesmo aos cantos mais escuros e remotos que sua visão pudesse alcançar.

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