Capítulo IX

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O barulho dos meus saltos é quase inaudível no corredor imenso do prédio do Grupo Moon, não entro ali há séculos e parece que tudo está tão diferente, tecnológico e mostrando o real poder que essa empresa tem. Todas as vezes que estive ali, me vesti da melhor forma possível para tentar passar credibilidade e respeito dos funcionários para não envergonhar minha família, por mais que seja um hábito chulo, continuo o fazendo por mim.

Todos que passaram por mim deixaram seus afazeres para me cumprimentar com respeito, como se eu fosse tão importante como meu pai e isso me enjoa. Eu quero ser médica e não uma ricaça metida e mimada que se quiser tem até quem limpe sua bunda.

— Bom dia, Srta. Moon! Quanto tempo que não a vejo, está tão bonita! — uma das secretárias do meu pai disse calorosa, sorrindo forçando. Sei bem que essa mulher me odeia e que se eu quiser, a tiro dali em segundos, mas tenho certeza de que ela é paga para sorrir até para o vento e tratar todos bem para manter esse emprego de merda.

É a cara do meu pai fazer isso, forçar seus capachos a serem o que não são apenas para passar uma boa imagem da empresa. Mal sabem os poderes que esse lugar tem.

Agradeci minimamente com um sorriso pequeno, ganhando um olhar surpreso. Ela deve pensar que sou uma cavala sem educação como meu pai, nem sabe o quanto somos divergentes um do outro.

Não quero ficar perdendo mais tempo que o necessário ali, abri a enorme porta de madeira do escritório do meu pai sem bater. Lá estava ele, sentado em sua cadeira de couro com um puta sorriso ridículo dos lábios finos no segundo em que me viu. Se levantou vindo em minha direção, me abraçou forte contra minha vontade e me permaneci imóvel, ele se distanciou e me olhou atentamente.

Minha calça pantalona branca, acompanhada por um cropped ombro a ombro, um par de saltos e meus cabelos perfeitamente arrumados o arrancou outro sorriso. Ele é observador demais para notar que nunca perco bons hábitos.

— Como está a mamãe?

— Trabalhando muito como de costume. — Pegou uma chave dentro da gaveta e me jogou, a peguei no ar confusa.

— O que é isso?

— Seu carro novo. Use-o para ver sua mãe depois de sair daqui. — Meu queixo quase caiu.

Abri minha mão vendo a chave com o símbolo da Lamborghini, quase surtei assustada demais para ter outra reação. Quando se trata de persuasão com bens materiais, meu pai é o melhor, ele sabe bem o que usar contra você. Apenas ignorei a chave a largando em cima da mesa, me sentei o encarando, esperando começar a fazer o que realmente vim fazer aqui.

— Então, Yora, me conte tudo sobre a mãe do seu amigo, estou curioso. Espero que tenha se lembrado de trazer o currículo dela. — Apoiou os cotovelos em cima da mesa de madeira escura, coçando o cavanhaque depois de arrumar as mangas da roupa cara.

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