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07 | o livro da morte.
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Polina Dusev acordou no dia seguinte conseguindo pensar apenas em como teria beijado a conjuradora do sol quando estariam escondidas na biblioteca, e pensou que após vinte anos estaria enfim enlouquecendo. Ou chegando em um estágio considerável para uma internação em um hospital psiquiátrico. Não era de sua índole possuir certos sentimentos — incluindo especialmente os que demonstrou para Alina Starkov. Se levantou de sua cama e caminhou para o banheiro, abrindo a torneira de sua pia de porcelana e lavando o seu rosto para conferir se em algum momento deixaria de aquecer.
Secou suas pálpebras com uma toalha macia de algodão e as abriu outra vez para enxergar o reflexo no espelho, encontrando o livro que teria — não roubado, era uma palavra muito forte — pegado emprestado por um tempo indeterminado na beirada de uma mesa de madeira à lateral da poltrona, quando na verdade, teria deixado-o em sua cama. Franziu o cenho e se aproximou, se sentando no móvel e colocando o exemplar em seu colo antes de abrí-lo com curiosidade.
Eram páginas e páginas de pergaminho infestadas com informações raras e geralmente sombrias, entre opções para cura, controle parcial sobre a mente e corpo, impedimento para outras magias e o que a surpreendeu: furto temporário, um dinâmico ritual com sangue que faria com que o grisha principal usufruísse da ciência de outro durante um dia e uma noite. Um conhecimento que poderia ser muito perigoso se deixado à deriva, e Polina decidiu esconder o livro.
