Para esse nono capítulo vamos com uma música que pra mim seria até usada se um dia existir um trailer desse livro
Já se passavam alguns minutos desde que Dimítris esperava por um retorno daquele senhor na Loja de Buscas. Quando estava para se manifestar, o que tanto esperava lhe foi comunicado.
— Garoto, sinto muito, mas não há ninguém com esse nome, você deve ter trocado de ano, não foi?
O choque. Seu pai não estava ali.
— O senhor tem certeza? Esse livro não está desatualizado? Como consegue ler? Não quer que eu mesmo veja?
— O garoto está me ofendendo! Essas bugigangas da sua época só me faziam confusão! Este livro está completo e impecável! Se não acredita em mim veja você mesmo!
Dimítris olhou para o livro e percebeu que era como uma lista telefônica, algo que conheceu e usou apenas na infância. Ela estava ordenada por nomes e ao procurar por Parnasos nada aparecia. Dimítris alternou entre a decepção e a raiva. Não acreditava que não conseguiria ver seu pai. Pensou em procurar por outro parente, porém isso não era possível. Parnasos não tinha filhos ou irmãos e seus avôs já eram falecidos quando nasceu, ou seja, se não o encontrasse não saberia de nenhuma outra pessoa que poderia ajudá-lo. Dimítris demorou quase um minuto até perceber que o senhor da loja o chamava.
— E depois as pessoas ainda dizem que eu sou surdo. Mas, antes que me esqueça, acho que posso te ajudar.
— Ajudar? Então me diga logo!
— Esses jovens de hoje em dia! Querem tudo para hoje!
O velho fechou o livro com força voltando a encarar Dimítris
— Bom, caso seu pai tenha morrido e não tenha desejado ficar aqui, ele pode ter se retirado diretamente para o Olimpo e de lá não ter saído até hoje. Isso é muito comum. Você pode demorar, mas não desista, pois isso é normal aqui no Paraíso.
Dimítris agora entendia o porquê de as pessoas abrirem negócios ou se tornarem anjos para encontrar os parentes. Isso os deixava em evidência. Teria ele que agir da mesma maneira? Agradeceu o senhor correndo até encontrar o aeroporto que o levaria de volta. Para ele, o retorno ao Olimpo seria muito importante, pois além de poder encontrar seu pai, poderia pedir ajuda a Obelisco. Além disso, Anne, a cupido que conhecera, estava para lhe dar a grande esperança para a realização de seu sonho.
Após o pouso do avião, Dimítris se informou com um voluntário descobrindo que para voltar ao Olimpo precisava encontrar um portão parecido com o de onde viera. Ele caminhou por alguns minutos até perceber que havia cometido um engano, já que quando acordou nesta dimensão, estava em uma cama de hospital e não sabia por qual caminho chegara. Sem alternativa, resolveu falar com Janine, esperando que ela lhe dissesse o que precisava ouvir.
No caminho reencontrou os dois senhores que pescavam quando saiu do hospital. Agora pareciam conversar e alegremente jogar cartas. Será que um dia seria tão feliz como aqueles dois?
Chegando ao hospital reparou no alto número de pessoas que ali havia, dentre elas alguns enfermeiros e enfermeiras. O local era também repleto de monitores e aparentava uma tecnologia atual. Decidido, perguntou a algumas pessoas onde encontraria Janine e os mesmos, achando que fosse parente de algum paciente, indicaram o quarto onde ela estava. Chegando ao local indicado uma cena lhe chamou a atenção. Um paciente bastante ferido com cortes profundos nas pernas e braços, além de queimaduras por todo o corpo gritava de dor e isso o preocupou. Lembrou-se da explicação de Obelisco onde se alguma pessoa sofresse um grave acidente, ela poderia se desintegrar e nunca mais voltar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus (Livro 1) - FINALIZADO!!!!!!!!!!!!!
FantasyA morte tem o poder de separar um amor? Para muitas pessoas, a frase "até que a morte os separe" é a afirmação de que morrer é o fim de tudo, inclusive para o amor. Mas se fizermos essa pergunta para o grego Dimitris Saloustros a opinião será bem di...