Para esse vigésimo terceiro capítulo vamos com uma música de tensão e superação!
— Anne, Anne, olhe aqui! Anne! — a amiga olhou para o rosto de Dimítris. Lágrimas borravam a maquiagem da cupido, enaltecendo a dor que sentia — o que aconteceu? Anne? — no momento seguinte, Anne se levantou abraçando Dimítris e apertando seus ombros com força.
— Sabe, eu pedi muito por alguém comigo aqui e... Fico feliz que você tenha aparecido.
— Mas o que foi que aconteceu?
Eles interromperam o abraço, enquanto Anne enxugava as lágrimas com uma das mãos. Ela controlou a respiração, permitindo com que falasse com maior tranquilidade.
— Esse que está vendo na foto é um grande amigo meu. Ele trabalhava aqui com a gente, mas no dia em que você chegou nesse castelo, um pouquinho antes de me encontrar, nós brigamos e depois nunca mais nos vimos. Ele disse que iria para as Oito Prisões encontrar... — Anne não conseguiu se controlar voltando a interromper o que dizia por causa das lágrimas.
— Calma, Anne. Ele deve estar bem. Aqui é tão gigantesco que ele pode ter decidido conhecer melhor as Oito Prisões e...
— Não! Ele não está bem, Dimítris! Ele foi para as Oito Prisões, você não viu como está por lá?
Dimítris se calou. A imagem das prisões em guerra, do amigo de Anne desaparecido e da possibilidade de seu pai estar por lá o assustou. Se ele realmente estava por lá, Dimítris já deveria se preparar para o pior.
Anne pareceu perceber a chateação do amigo, pois no momento seguinte ela se aproximou.
— Me desculpa.
— Se meu pai estiver por lá...
— Fica tranquilo, Dimítris.
— Como posso ficar?
— Não sei, Dimítris, mas temos de acreditar, não temos?
— É verdade. Por falar em Oito Prisões, você conseguiu a autorização?
— Sim, só temos de esperar uma data disponível. Eles informarão assim que for possível.
Dimítris foi interrompido em seguida pelas outras cupidos que consolavam Anne. Aos poucos a moça se recuperava, voltando ao normal. Após diversas mensagens de apoio e preocupações, elas saíram deixando-os novamente a sós.
— Vamos dar uma volta por aí, Dimítris?
— Claro!
— Acho que tem uma pessoa que pode me ajudar com esse momento complicado.
— E quem seria?
— Você verá. É alguém que manipula o elemento da terra, do Deus Tristam.
Dimítris tentou descobrir, porém Anne não estava com humor, ainda afetada pelo desaparecimento do amigo. Eles voaram por um longo tempo, porém Dimítris não se sentiu cansado. Sobrevoaram uma vasta floresta, para depois ingressarem em um grande rio, o maior do Vale dos Anjos conhecido como Rio Branco. Dimítris já se distraia com a imensidão do rio quando Anne gritou.
— Chegamos!
Dimítris olhou à frente avistando uma grande área descampada, onde diversas pessoas voavam. Aparentemente todas manipulavam a terra, já que ao redor delas, pedras e blocos de terra eram encontrados. Ao pousar, um terremoto chamou a atenção de Dimítris que assustado, jogou-se ao chão. Ao fazê-lo, um riso destoou no local, um riso conhecido... Era o riso do seu amigo Obelisco, que caminhava em sua direção.
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O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus (Livro 1) - FINALIZADO!!!!!!!!!!!!!
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