Missão Cupido - SwanQueen (FINALIZADA)

Capítulo 19.

Zelena Mills.

Um ano depois.

Um ano, 365 dias se passaram e por mais que eu tente explicar tudo o que vivi, senti e o quanto também me transformei nesse espaço de tempo, é difícil colocar em palavras, mas eu tenho certeza que dia após dia, eu tenho experimentado um sentimento tão belo, tão puro, algo que eu posso dizer quer não havia conhecido até me envolver com Ruby. E pode passar o tempo que for, sempre vou dizer e repetir quantas vezes forem necessárias, eu nunca vou me arrepender de ter me jogado de cabeça nessa relação, que agora, está prestes a dar mais um passo em nossas vidas.

Eu nunca fui o tipo de pessoa que sonhava ou fazia planos para a vida amorosa, não era até embarcar nessa onda de sentimentos que dia após dia eu descubro ao lado de Ruby Lucas, desde então, por vezes eu tenho me pegado sonhando acordada, imaginando um futuro ao seu lado e creio que hoje, após pouco mais de um ano como noivas, esse nosso futuro já não está tão distante. Finalmente, depois de um quase surto de Ruby, um pouco de correria nos últimos dias e muito planejamento, chegou o dia do nosso casamento.

Semana passada eu estava ansiosa, ontem eu estava ansiosa, mas hoje parece que meu coração vai sair pela boca a qualquer momento. E pelo visto, a morena de mechas vermelhas não se encontra muito diferente, já que não são nem seis da manhã e ela não está mais na cama, e todos sabemos o quanto Ruby é uma criatura meio difícil de se tirar do meio dos cobertores.

Uma leve brisa entra no quarto e então, percebo que a porta que dá acesso a sacada do nosso apartamento está aberta e com isso, posso prever que Ruby está lá. Após me esticar preguiçosamente na cama, tomando coragem para me levantar, me coloco de pé e sigo até a área externa do nosso quarto, paro próxima a porta e fico alguns segundos olhando para Ruby que, de costas, parece concentrada em seus pensamentos, enquanto observa o amontoado de prédios a sua frente.

A brisa leve faz a morena cruzar os braços contra o peito, ainda é cedo, mas lá em baixo a cidade já parece a todo vapor, enquanto a calmaria e o silêncio aqui em cima me deixam a capacidade de ouvir as batidas do meu próprio coração. Dou alguns passos e ainda sem dizer nada, abraço sua cintura, provavelmente a assustando um pouco, já que parecia realmente perdida em pensamentos. Deixo um beijo em sua bochecha, logo em seguida apoiando meu rosto em seu ombro, enquanto sinto sua mão ir de encontro a minha.

— Está tudo bem? — pergunto após alguns segundos, me afastando um pouco para olhar seu rosto

— Sim... só perdi o sono. — sorri. — Achei melhor levantar que ficar me revirando na cama e correr o risco de te acordar. — suspira, olhando para a frente novamente. — Estava dormindo tão bonitinha... — brinca e logo em seguida, dá uma pequena risada.

Voltamos ao silêncio. Aperto Ruby um pouco mais em meu abraço, sentindo o cheiro se seus cabelos, enquanto a sinto entrelaçando nossos dedos. Nos perdermos nos minutos seguintes, e é sempre assim, por mais simples que seja, ter a mulher que amo em meus braços, me traz a mais completa sensação de paz, aconchego. Sou desperta de meus devaneios quando Ruby, ainda com nossas mãos entrelaçadas, se desfaz do abraço, ficando de frente para mim.

— Eu estou tão feliz, o nosso dia finalmente chegou... — dessa vez é ela quem envolve minha cintura, me olhando de maneira doce.

— Melhores amigas, namoradas, noivas e daqui algumas horas, casadas. — seu sorriso se alarga. — Não vejo a hora de te ver entrar vestida de noiva, colocar a aliança em seu dedo, ter nossos sobrenomes juntinhos... e dizer pro mundo inteiro que Ruby Lucas é a minha mulher. 

Sorrio também, erguendo uma das minhas mãos até seu rosto, fazendo um leve carinho ali, delineando, e por mais que já conheça perfeitamente, redecorando cada detalhe de sua feição leve com a ponta dos meus dedos, assim como eu tanto gosto de fazer. Não demora muito para que nossos lábios se encontrem num beijo calmo, intenso e cheio de sentimentos. O contato se aprofunda, vai ganhando intensidade, até nossas respirações serem levadas ao limite e aos poucos, vamos desacelerando o beijo, deixando nossas testas coladas e nossos sorrisos espelhados um no outro.